Preso desde março de
2023, Rodrigo Alvarenga Paredes é acusado de comandar um esquema internacional
de envio de cocaína para a Europa
Educado, discreto e
de fala mansa, Rodrigo Alvarenga Paredes se apresentava como empresário,
fazendeiro e herdeiro. A aparência de "bom moço", segundo as
autoridades, escondia um dos maiores traficantes de drogas da América do Sul.
Preso desde março de
2023, ele é acusado de comandar um esquema internacional de envio de cocaína
para a Europa. Segundo a polícia, o grupo enviou ao menos 11 toneladas da droga
para o continente entre 2020 e 2022. A carga está avaliada em cerca de R$ 2,8
bilhões.
Em depoimento à
Justiça em maio deste ano, Alvarenga pediu desculpas pela emoção, agradeceu a
oportunidade de falar e destacou a origem familiar. Disse ter nascido em uma
"família abençoada" e afirmou que sempre manteve um padrão de vida
confortável, mas sem ostentação.
Em audiência, negou
ser líder e financiador de qualquer organização criminosa. "Nego
categoricamente [...] Não sei, para mim é como se fosse um filme de terror
isso", afirmou.
Para a Polícia
Federal e o Ministério Público Federal, porém, o perfil discreto fazia parte da
estratégia. As investigações apontam que Alvarenga tinha capacidade de
organização e controle de todas as etapas do tráfico, desde a negociação da
cocaína em países produtores até a logística de envio para portos do Sul do
Brasil e, depois, para a Europa, Ásia e África, além da lavagem do dinheiro.
Para a
Procuradoria-Geral da República, tratava-se de uma organização transnacional
com estrutura empresarial, que atuava de forma profissional em todas as fases
da operação.
Homem com estampa de
empresário é considerado pela polícia chefe de esquema internacional
Educado, discreto e
de fala mansa, Rodrigo Alvarenga Paredes se apresentava como empresário,
fazendeiro e herdeiro. A aparência de "bom moço", segundo as
autoridades, escondia um dos maiores traficantes de drogas da América do Sul.
Preso desde março de
2023, ele é acusado de comandar um esquema internacional de envio de cocaína
para a Europa. Segundo a polícia, o grupo enviou ao menos 11 toneladas da droga
para o continente entre 2020 e 2022. A carga está avaliada em cerca de R$ 2,8
bilhões.
Em depoimento à
Justiça em maio deste ano, Alvarenga pediu desculpas pela emoção, agradeceu a
oportunidade de falar e destacou a origem familiar. Disse ter nascido em uma
"família abençoada" e afirmou que sempre manteve um padrão de vida confortável,
mas sem ostentação.
Em audiência, negou
ser líder e financiador de qualquer organização criminosa. "Nego
categoricamente [...] Não sei, para mim é como se fosse um filme de terror
isso", afirmou.
Para a Polícia
Federal e o Ministério Público Federal, porém, o perfil discreto fazia parte da
estratégia. As investigações apontam que Alvarenga tinha capacidade de
organização e controle de todas as etapas do tráfico, desde a negociação da
cocaína em países produtores até a logística de envio para portos do Sul do
Brasil e, depois, para a Europa, Ásia e África, além da lavagem do dinheiro.
Para a
Procuradoria-Geral da República, tratava-se de uma organização transnacional
com estrutura empresarial, que atuava de forma profissional em todas as fases
da operação.
A investigação
indica que a cocaína era produzida na Bolívia, transportada por carro ou avião
pelo Paraguai e introduzida no Brasil pela região Sul. A droga seguia então
para portos brasileiros, de onde era enviada ao exterior escondida em cargas
legais.
Após a prisão de
Alvarenga, em março de 2023, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal
intensificaram as operações para localizar comparsas e compradores da droga na
Europa. A ação mais recente ocorreu no fim do mês passado, com operações
simultâneas no Brasil, no Paraguai e na Holanda.
Um dos episódios que
chamou a atenção dos investigadores envolve uma carga de 1,7 tonelada de
cocaína enviada para Hamburgo, na Alemanha.
Mensagens
interceptadas mostram o albanês Armando Pacani, apontado como um dos principais
compradores, avisando sobre o sumiço do contêiner. Parte da droga foi
recuperada pelos traficantes, e o restante apreendido pela polícia alemã.
As investigações
também levaram ao porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, apontado como a
principal base logística do grupo.
Segundo as
autoridades, a organização tinha acesso a áreas restritas do porto com a ajuda
de empresários locais. Um deles, César de Oliveira Júnior, é apontado como
responsável por organizar exportações usadas para esconder a droga em meio a
cargas legais.
César nega
envolvimento com o tráfico. Seus advogados afirmam que ele nunca participou de
práticas ilícitas e que mantém reputação íntegra ao longo de 30 anos de
carreira. Já Pacani está em Dubai, e o Brasil pediu a extradição dele. A defesa
diz que ele é um cidadão comum, sem antecedentes criminais e sem patrimônio
bloqueado.
A defesa de
Alvarenga também contesta as acusações. Os advogados afirmam que não há provas
suficientes para sustentar uma condenação criminal e que o acusado não
participou dos atos descritos na denúncia. Desde o início das operações, a
polícia já prendeu 21 pessoas e bloqueou bens avaliados em quase R$ 500
milhões.
Fonte: Redação g1,Fantástico
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