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sábado, 6 de dezembro de 2025

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PF APREENDE EM BLUMENAU 613 KG DE COCAÍNA OCULTAS EM LIGAS METÁLICAS COM DESTINO AO EXTERIOR


A PF ainda investiga quais portos eram usados pela quadrilha e a rota feita da Bolívia até Santa Catarina, de onde seguia para a Europa

A Polícia Federal (PF) em ação realizada na última terça-feira (02) e quarta-feira (03), com o apoio da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), voltada a repressão ao tráfico internacional de drogas, apreendeu 613 KG de cocaína na cidade de Blumenau, no litoral catarinense.

A operação teve como alvo um galpão localizado no bairro Itoupava Norte, pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas. O homem que estava no local foi preso em flagrante.

Os agentes investigavam o grupo há seis meses e conseguiram um mandado de busca e apreensão para entrar no galpão, depois de identificar movimentações suspeitas.

Bunker

Um cachorro farejador da Polícia Militar foi essencial para a descoberta do bunker no subsolo do imóvel, onde a droga foi localizada.

Durante a busca, os agentes abriram vários buracos no interior do galpão e até na área externa, acreditando que a droga estava enterrada. Quando parecia não haver mais pistas, o cão da PM entrou em ação. Ele farejou e sentou ao lado de um tubo de PVC que saía do piso e levava até o jardim.

Os policiais cavaram, mas encontraram concreto. Então decidiram verificar alguns blocos que estavam sobre galões de combustível e após algumas marretadas, encontraram o bunker escondido, após quase 12 horas de escavações no terreno da empresa. Dentro, estavam pacotes com tabletes de cocaína.

Para chegar até os entorpecentes, foi preciso usar uma máquina para remover um bloqueio de concreto, acessar o subsolo e fazer o flagrante.

O tubo indicado pelo cachorro era, na verdade, parte do sistema de ventilação do esconderijo. A estrutura era pequena, mas comportava até quatro pessoas em pé, com paredes rebocadas e início de pintura.

Prisão

Após as informações colhidas durante a apreensão da droga, a Polícia Federal solicitou a prisão, do dono da empresa, e a autorização de busca e apreensão em um endereço residencial ligado a ele, uma mansão no bairro Lagoa da Conceição, em Florianópolis.

Apreensão de Bens

Na residência onde ele foi preso, que contava com piscina e academia privativa, foram apreendidos vários veículos de luxo — incluindo três motocicletas, com valores estimados entre R$ 80 mil e R$ 200 mil, dois jetskis e um SUV.

Uma das motos era uma BMW R 1250 GS Adventure com rodas raiadas douradas e pintura tricolor típica das versões Rallye/Exclusive); preço estimado entre R$ 130 mil a R$ 150 mil.

Outra moto era uma Ducati Panigale V4 S, que pode custar até R$ 209 mil no Brasil.

Também foram apreendidos bolsas, relógios, joias celulares e documentos.



Investigação

Segundo a Polícia Federal, a investigação teve início em junho, quando uma identificação identificou uma ligação entre britânicos e a empresa de Blumenau, suspeitando do tráfico de drogas.

A presença de outros cidadãos britânicos chamou a atenção da polícia. Com o avanço da investigação, descobriu-se que o dono da empresa de ligas metálicas tinha ligação com esses britânicos, procurados internacionalmente, com histórico criminal relacionado ao tráfico internacional de drogas na Inglaterra.

A PF constatou que a empresa, onde foi localizada a droga, estaria sendo usada como fachada para viabilizar um esquema permanente de remessa de cocaína à Europa, sendo o imóvel utilizado para preparo e armazenamento da droga antes do transporte internacional.

As investigações apontam, ainda, para a existência de uma organização criminosa (ORCRIM), com base operacional em Santa Catarina, que combinava elementos empresariais, apoio logístico de brasileiros e liderança de estrangeiros.

Modus operandi

De acordo com a PF, o esquema ocorria há aproximadamente dois anos. A droga chegava da Bolívia para Santa Catarina, era embalada e colocada em blocos de liga metálica - uma forma de metal com cimento. Tudo isso para dificultar a fiscalização - no galpão da empresa, e depois enviada em cargas de navio para a Europa.

Apesar da base da quadrilha estar em Santa Catarina, a organização contava com apoio logístico de brasileiros residentes no exterior e era liderada por estrangeiros. A PF afirma que novas diligências estão em andamento para identificar outros envolvidos no esquema e mapear a extensão da rede no Brasil e no exterior.

A Polícia Federal ainda investiga quais portos eram usados pela quadrilha e a rota feita da Bolívia até Santa Catarina, de onde seguia para a Europa. O nome da empresa e do proprietário permanece em sigilo.



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