Organização Criminosa, ligada à máfia montenegrina,
enviava cocaína à Europa por meio de portos brasileiros
A Polícia Federal deflagrou,
na manhã da última quarta-feira (26/11), a Operação Balcãs, com o objetivo de desarticular
uma Organização Criminosa (ORCRIM), ligada à máfia montenegrina, responsável por
todo o ciclo logístico de remessa de cocaína, desde a sua origem nos países
andinos até seu destino na Europa, por meio de portos brasileiros.
A operação,
realizada simultaneamente no Brasil, Paraguai e Holanda, cumpriu 14 mandados de
busca e apreensão, três prisões preventivas e apreendeu 27 veículos e 43
imóveis no Brasil e no Paraguai, avaliados em cerca de R$ 300 milhões, de
propriedade dos investigados e de empresas envolvidas nos crimes, além de
determinado o bloqueio judicial de valores e ativos em instituições
financeiras.
Em Mato Grosso do Sul,
as equipes cumpriram mandados em Campo Grande, Dourados e Ponta Porã. Em Campo
Grande, foi executada uma busca e apreensão. Em Dourados, além de cinco buscas,
houve uma prisão preventiva. Em Ponta Porã, foram seis buscas em endereços
ligados aos investigados.
No campo
internacional, houve uma prisão no Paraguai e quatro difusões vermelhas da
Interpol foram expedidas para localização de alvos no exterior.
As medidas reforçam
o caráter transnacional da organização, que operava com capacidade logística
para transportar cocaína desde países andinos até portos europeus onde detinha
atuação consolidada.
Colaboração
A operação foi
realizada pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal, com
ajuda de forças policiais internacionais: a Europol (Polícia da União
Europeia), a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY) e a Polícia
Nacional da Holanda (National Police/HOL).
No MPF, a
investigação foi coordenada pelo Gaeco Nacional – um grupo especializado no
combate ao crime organizado.
Modus Operandi
A ORCRIM, de origem
montenegrina, controlava toda a logística do tráfico, desde sua produção da
cocaína nos países andinos (como Colômbia, Peru e Bolívia) até a chegada na Europa.
A droga, produzida
em países andinos, passava pelo Paraguai, onde havia uma célula do grupo. Entrava
no Brasil pela fronteira, e era enviada à Europa pelos portos de Santa Catarina
e Rio Grande do Sul
Dois brasileiros
ajudavam a trazer a droga do Paraguai para dentro do Brasil. Do lado europeu,
um integrante de uma das principais máfias da região dos Balcãs era o grande
comprador.
Operação Hinterland
As investigações,
realizadas em conjunto com o GAECO Nacional/ MPF, representam a 3ª fase da
Operação Hinterland, deflagrada em 2023, e teve apoio do Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal
(MPF).
O foco foi a
identificação dos compradores das drogas remetidas pela ORCRIM por intermédio
de portos brasileiros, em especial decorrentes do aprofundamento dos fatos
relacionados à apreensão de três toneladas de cocaína realizada na cidade de
Pelotas, a maior da história do Rio Grande do Sul.
Comprador era Integrante da Máfia dos Balcãs
Nesta nova fase, foi
identificado que o comprador da droga era um integrante de uma das máfias mais
atuantes na região dos Balcãs, além de ter sido constatado que os investigados
atuaram no envio de aproximadamente 12 toneladas de droga à Europa.
O traficante europeu
mantinha contato direto com uma célula da quadrilha no Paraguai, responsável
por toda a logística da rota: da compra da droga nos países andinos ao embarque
para portos europeus.
Operação Balcãs
A PF explica que o
termo se refere a grupos de crime organizado originários da região dos Balcãs,
especialmente de Montenegro, conhecidos por atuar no tráfico internacional com
forte capacidade logística e presença em vários países europeus.
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