Equipes do Crea-SP e da Autoridade Portuária de Santos -APS
atuaram em conjunto
O Conselho Regional
de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP) realizou na semana passada ume
fiscalização das operações desenvolvidas no Porto de Santos e nos terminais
privados.
Uma força-tarefa, com
o apoio da Autoridade Portuária de Santos (APS), formada por cinco duplas,
entre agentes fiscais do Conselho e da APS, percorreram os locais para
certificar que as atividades técnicas estavam sendo desempenhadas com
acompanhamento de profissionais habilitados e registrados.
“Passaremos a semana
fiscalizando todas as empresas prestadoras de serviços para verificar a
existência de responsáveis técnicos. O significado de ter um profissional à
frente disso é a segurança no atendimento de todas as demandas que existem
aqui”, destacou o vice-presidente do Crea-SP, Eng. Luis Chorilli Neto, durante
a abertura da ação integrada que ocorreu na segunda-feira (25/11), no Parque do
Valongo, às margens do litoral.
O trabalho previa
cerca de 250 diligências nas mais de 100 empresas listadas pela Autoridade
Portuária, em um plano de fiscalização que inclui Engenharia Civil, passando
por obras e manutenções de fundações, dragagem, edificações, infraestrutura e
programas ambientais; Engenharia Mecânica, em gruas, guindastes, pontes
rolantes, embarcações, estruturas metálicas, elevadores, extintores,
compressores e outros equipamentos de vasos de pressão; Engenharia Elétrica,
com iluminação de emergência e instalação, geração e distribuição de energia;
Engenharia Química, devido aos planos e programas de qualidade de ar e de água
e ao tratamento de efluente e de resíduos perigosos; e o cumprimento das normas
técnicas regulamentadoras, com pedido de apresentação do Auto de Vistoria do
Corpo de Bombeiros (AVCB) e do Certificado de Licenciamento do Corpo de
Bombeiros (CLCB).
“Todo o Porto é um
grande exercício de Engenharia. Temos atividades mecânicas, químicas,
ambientais. Temos grãos que são transportados, expurgados e avaliados. A manutenção
de navios, da infraestrutura de drenagem e muito mais. Estamos aqui para
garantir que esses serviços estão sendo executados por profissionais preparados
para isso”, esclareceu o gerente da 7ª Região Administrativa do Conselho, Eng.
Guilherme Del Nero Fiorellini.
Antes mesmo do
trabalho de campo, os agentes fiscais, chefes, gerentes e inspetores do Crea-SP
se debruçaram sobre o planejamento da operação. A iniciativa visa otimizar os
esforços e obter uma melhor e maior cobertura dos objetos da ação. “A
participação da Engenharia nesse complexo do Porto de Santos é essencial.
Estamos tratando de uma das maiores operações de logística, que gera R$ 220
bilhões para o país e que movimenta, economicamente, mais de um terço de tudo
que é produzido no Brasil”, mencionou o inspetor-chefe da autarquia em Santos,
Prof. Dr. Eng. Aureo Emanuel Pasqualeto Figueiredo.
“São seis milhões de
navios por ano, com cerca de 180 milhões de toneladas transportadas. Os
inspetores, que são locais, têm muitas vivências, e é com o olhar em defesa da
sociedade que apoiamos a fiscalização com competência e regularidade”,
acrescentou Pasqualeto, que também é diretor da Universidade Santa Cecília
(UniSanta) no município.
Além de toda a
gestão, administração, controle e execução portuária, outros serviços foram
contemplados na força-tarefa. “Nosso compromisso é com a segurança e proteção
da sociedade. Atuamos em todo o estado de São Paulo e buscamos formas
estratégicas de otimizar essa cobertura. Onde tem a área tecnológica, estamos
com a estrutura de fiscalização”, pontuou a superintendente de Fiscalização
Eng. Maria Edith dos Santos.
A operação passou
pelas obras de construção civil, municipais e estaduais que ocorrem no entorno
do Porto, a exemplo da construção de um boulevard entre o Parque do Valongo e
centro histórico de Santos e do atracadouro de balsas. “Estamos há um mês
atuando com o levantamento de pessoas físicas e jurídicas presentes na região
e, agora, damos andamento na fiscalização para garantir que todos estão
trabalhando de forma correta”, detalhou o Eng. Roberto Cozza, chefe de equipe
da Unidade de Gestão de Inspetoria (UGI) Santos.
“Temos um Porto novo
de 10 anos para cá, é um equipamento de logística vivo que está sempre se
modernizando. É muito importante para nós, como Autoridade Portuária, que é
essencialmente uma empresa de Engenharia, ter essa participação desde a
concepção dos projetos até a fiscalização e entrega das obras”, concluiu o Eng.
Ernesto Henriques da Costa Jr., gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da
APS.
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