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quarta-feira, 31 de julho de 2024

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RECEITA LISTA 10 PAÍSES COMO POSSÍVEIS NOVAS ROTAS DA COCAÍNA DO PCC


Rússia, Líbano, Hong Kong, e mais sete nações passaram a ter cargas escaneadas pela Receita em contêiners despachados pelo Porto de Santos

A Receita Federal do Brasil (RFB) incluiu dez novos países no escaneamento de contêineres, como já é feito com cargas despachadas por via marítima, do Porto de Santos, no litoral paulista, destinadas à Europa e África – regiões estratégicas para o tráfico internacional de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Como já mostrado pelo Site Metrópoles, as apreensões de cocaína feitas no porto santista, o maior abaixo da linha do Equador, representaram metade da droga localizada pela RFB em território nacional, em um período de cinco anos. Um detalhe que chama a atenção é a queda considerável no volume de droga flagrada oculta em cargas, durante o período. Foram 20 toneladas, em 2020 e, no ano passado, 7 toneladas.

A queda abrupta nos quilos apreendidos indicam que a facção se adaptou, usando outros portos para despachar a droga e, também, eventualmente mudando alguns destinos, antes não monitorados por meio de scanners pela Receita Federal.

Dez novas prováveis rotas

Em 27 de junho, a Receita publicou uma portaria, no Diário Oficial da União (DOU), acrescentando novos países cujas cargas, remetidas por meio do Porto de Santos, precisam ser submetidas ao escaneamento. A medida passou a valer no último dia 1º de julho e vigora até 31 de dezembro, podendo ser renovada.

Os novos países indicados são: Austrália, Indonésia, Hong Kong, Turquia, Rússia, Geórgia, Síria, Líbano, Israel e Arábia Saudita.

A eventual droga que chega até esses países não necessariamente abastece o tráfico local. Ela pode ser escoada, por via terrestre, para a Europa, principal mercado consumidor da cocaína do PCC. Como revelado pelo Site Metrópoles, o PCC mantinha, até o fim do ano passado, 1.545 membros, divididos em 23 países.

O tráfico de cocaína para a Europa, também como relevado pelo Site Metrópoles, rende à facção um faturamento anual superior a R$ 10 bilhões ao PCC apenas no Porto de Santos, segundo estimativa do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

Mais portos usados pela facção

O aumento da fiscalização contra o tráfico internacional de drogas no Porto de Santos, nos últimos anos, também levou o PCC a montar uma ampla rede criminosa para migrar parte do bilionário esquema de envio de cocaína à Europa, por via marítima, para o Porto do Rio de Janeiro, onde impera o Comando Vermelho (CV), rival da facção paulista.

Além do porto fluminense, o Site Metrópoles também mostrou que a maior facção do Brasil passou a usar o Porto do Mucuripe, em Fortaleza (CE). O local é utilizado como uma rota alternativa, um plano B, para o PCC despachar droga ao exterior quando encontra dificuldades em operar o tráfico internacional pelo porto paulista.

Fonte/Autor: Site Metrópolis- Alfredo Henrique



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