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quarta-feira, 17 de julho de 2024

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POLÍCIA FEDERAL PRENDE TRAFICANTE ITALIANO PROCURADO PELA INTERPOL

Foto: SBT News

A prisão ocorreu na sua residência, em um condomínio de luxo na cidade de Camboriú/SC

A Polícia Federal (PF) deflagrou, no dia 26 de junho, a Operação Toppare, que investiga o crime de lavagem de dinheiro promovido por um homem, oriundo da Itália, condenado naquele país pelos crimes de associação criminosa e tráfico transnacional de drogas. A prisão ocorreu na residência do estrangeiro, em um condomínio de luxo na cidade de Camboriú, no litoral de Santa Catarina.

As investigações foram iniciadas a partir da inclusão do cidadão italiano na Difusão Vermelha (Red Notice) da Interpol. Durante as diligências, a PF o localizou e apurou que atuava na região do litoral catarinense promovendo a lavagem de dinheiro oriundo do tráfico. Foi constatado, ainda, que o fugitivo internacional possui expressivo patrimônio sem origem legal, como imóveis, veículos de luxo e embarcações.

Na ação, a PF cumpriu o mandado de prisão internacional, ratificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e dois mandados de busca e apreensão em imóveis localizados nas cidades catarinenses de Itajaí e Camboriú.

Foto: Divulgação PF

A Justiça também decretou a arrecadação e o sequestro de bens, veículos e imóveis, avaliados em mais de R$ 35 milhões.

Balanço parcial das apreensões divulgado na Operação Toppare:

  • Veículos: Porsche, Audi A4, Volvo Elétrico e uma Moto de Corrida Super Bike;
  • Dinheiro em espécie: cerca de R$ 318 mil;
  • Uma dezena de relógios, joias, celulares, computadores, além de documentos de viagem;
  • Imóveis sequestrados em Santa Catarina, nas cidade de Balneário Camboriú, Itajaí e Camboriú;
  • Bloqueio de contas bancárias de seis pessoas, com valores a serem apurados;
  • Patrimônio identificado até o momento entre veículos, bens e imóveis: aproximadamente R$ 30 milhões.



Italiano é acusado de integrar rota do tráfico para a Europa via Marrocos

Segundo o site SBT News, Marco Cadeddu, de 43 anos, que morava no Brasil, era foragido da Justiça da Itália, por crimes de tráfico internacional de drogas. Foi preso na Operação Toppare, da PF, suspeito de lavagem de dinheiro do tráfico.

Foto: SBT News

A ação foi fruto de cooperação internacional e contou com a Interpol. Cadeddu é de Cagliari, na Sardenha, ilha italiana no Mar Mediterrâneo. Foi preso em 2013, com 110 kg de droga. Em 2015 e 2016, ele e seu grupo foram alvos na Itália de duas operações da polícia local, os carabinieri. O grupo traficava drogas, em especial haxixe, do Marrocos, na África, para Espanha e Itália.

Cadeddu vivia em uma mansão em Camboriú (SC), ao lado da badalada "praia dois famosos", Balneário Camboriú (SC). Houve buscas da PF nas duas cidades e em Itajaí (SC), onde fica o porto.

Ele tinha vida de luxo, surfava, postava nas redes sociais. As apurações da PF apontaram que a ostentação do italiano era bancada com dinheiro do tráfico de drogas para a Europa.

Mais de R$ 35 milhões em bens do acusado foram alvos de sequestro e buscas e apreensões na Toppare. Na mansão onde morava ao lado da "praia dos famosos", a PF localizou um fundo falso no chão onde estavam pacotes de dinheiro vivo.

"Em razão do mercado propício que há na região, criminosos aproveitam e vêm fazer a lavagem do dinheiro aqui, o branqueamento dos bens adquiridos com os crimes. No último ano, estamos focando no combate a essa prática", disse a superintendente da PF em Santa Catarina, delegada Aletea Vega Marona Kunde.

No Brasil, também deve responder pelos crimes. A reportagem não localizou a defesa de Marco Cadeddu. O espaço está aberto para manifestação.

Interpol

O paradeiro dele foi descoberto pelo escritório de inteligência da Interpol em Brasília. Um pedido de prisão cautelar para extradição foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em abril deste ano. Em ofício enviado à Corte, a Interpol fez um alerta sobre a possibilidade de nova fuga de Marco Cadeddu.

“Por sua vez, considerando tratar-se de foragido internacionalmente buscado, que, em tese, fugiu para o Brasil a fim de evadir-se da persecução penal em seu país de origem, a praxe tem demonstrado que pessoas nessas situações empregam modus operandi de não se fixar em determinada cidade por período prolongado, justamente visando evitar serem encontrados, presos e extraditados. Levam, em regra, uma vida nômade a fim de dificultar as diligências, localização e encarceramento, motivo pelo qual a urgência se faz necessária”, diz o documento.

O preso foi conduzido à Delegacia de Polícia Federal de Itajaí, onde foram adotadas as providências de polícia judiciária. Em seguida ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá até a extradição para a Itália.

O pedido de extradição de Marco Cadeddu será analisado pelo ministro Gilmar Mendes, do STF.

Nome da Operação

A escolha do nome "Operação Toppare" pode estar relacionada ao significado da palavra em italiano, que significa "prender" ou "bloquear" a quem estava foragido, na gíria. Este nome pode simbolizar a ação decisiva das autoridades em capturar e interromper as atividades criminosas relacionadas à lavagem de dinheiro, especialmente no contexto internacional envolvendo o cidadão italiano.


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