O Porto
de Santos era uma das rotas. A operação teve o apoio do Centro de Cooperação Policial Internacional do Rio de
Janeiro e da Polícia Federal
A Polícia
Nacional da Colômbia confirmou a prisão, no último domingo (20) em Medellín, na
Colômbia, de Hugo Orlando Sánchez Jiménez, mais conhecido como Romário, apontado
como o principal fornecedor de cocaína da facção criminosa brasileira Primeiro
Comando da Capital (PCC).
O suspeito é
acusado de coordenar a produção de grandes quantidades de cocaína na Bolívia,
Peru e Colômbia. A droga era posteriormente enviada por aeronaves particulares e
por transporte terrestre para depósitos em São Paulo e, de lá, seguia em
contêineres por via marítima a diversas nações da Europa e África. O Porto de
Santos era uma das rotas usadas para o escoamento de drogas.
A operação,
batizada de Arcádia, que envolveu o rastreamento e identificação de novas
expressões do narcotráfico, teve o apoio da Polícia da Colômbia, do
Centro de Cooperação Policial Internacional do Rio de Janeiro e da Polícia
Federal (PF), do Brasil. O êxito da missão se deu graças ao rastreamento e
identificação de novas operações do tráfico de drogas.
Expulso do Brasil
Em 2018 foi
expedido o Termo de Notificação de Instauração de Inquérito Policial de Expulsão.
Em 2019 uma
portaria, editada pelo então ministro da Justiça e atual senador Sergio Moro, determinou
a expulsão do traficante do Brasil. Na época, Moro impediu o reingresso do
criminoso no país pelo período de 37 anos e quatro meses a partir da saída
dele.
Traficante Invisível
Nascido 03/04/1969,
em Ibagué, na Colombia, Hugo Orlando Sánchez Jiménez, de 54 anos, identificado
pelas autoridades como "traficante invisível", constava na lista
vermelha da Interpol em mais de 190 países.
Ligação com o PCC
Ele teria sido
identificado como parceiro da facção brasileira quando a Polícia Federal, na
Operação Semilla, que nasceu em julho de 2010, como um desdobramento da
Operação Niva contra o tráfico internacional de drogas, prendeu 62 pessoas e
apreendeu 4,297,58 kg de cocaína e 5,210,70 kg de maconha, cerca de 48
veículos, uma aeronave e vultosa quantia em dinheiro. Em 2013 um pedido de Habeas Corpus dos detidos foi negado.
Inicialmente, a
investigação identificou quatro células que, embora autônomas, tinham modos de
operação semelhantes: a chefiada por Eurico Augusto Pereira, o Quebrado, a
chefiada por João Alves de Oliveira, o Batista, que mantinha ainda relações com
uma conexão africana, representada pelo nigeriano Daniel Victor Iwuagwu, o
Kalazan, que exportava a coca para a África, e a conexão italiana, grupo
liderado por Emanuelle Savini, preso em flagrante no Rio de Janeiro pela PF, em
outubro de 2010, ao tentar exportar para a Itália 250 kg de cocaína em vasos de
plantas ornamentais, que seriam embarcados no Porto de Itaguaí, no Rio de
Janeiro e já condenado pela Justiça Federal daquele Estado a 14 anos de prisão.
O Ministério Público Federal em São Paulo denunciou 47 pessoas por tráfico internacional de
drogas e/ou associação para o tráfico.
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