O
exercício simulou um vazamento de cerca de 8 mil litros de óleo bunker,
combustível utilizado por draga
A empresa pública
Portos do Paraná, que administra o Porto de Antonina, no litoral do Paraná,
promoveu na semana passada um simulado de acidente com óleo. O treinamento faz
parte do Plano de Emergência Individual (PEI) e testa a capacidade de resposta
rápida a crises, tanto na contenção, quanto na proteção da fauna local.
O exercício
simulou um vazamento de cerca de 8 mil litros de óleo bunker, combustível
utilizado pela maior draga que já operou na região. Para “imitar” o material
vazado, foram usados laranjas e animais de pelúcia, que substituíram os reais.
“Este tipo de
simulado testa e antecipa ações em casos de emergências. Tudo que não dá certo
ou precisa ser melhorado vai para um plano de ação e é trabalhado de forma
conjunta”, explica o coordenador da ação, Felipe Zacharias.
Segundo ele, outros
dois simulados serão realizados ainda este ano. “No final de novembro teremos
uma atividade voltada para mobilização de recursos e, em dezembro, um simulado
geral que vai trazer um cenário complexo de operação de cargas”, completa.
Emergência
Um dos principais
desafios do atendimento à emergência foi a comunicação entre o que acontecia em
Antonina e a sala de crise estabelecida no Porto de Paranaguá, onde fica a sede
da empresa. “Ficamos surpresos com os bons resultados que tivemos com testes de
rádio, entre as duas cidades. Outra novidade é que testamos uma fórmula de
observação externa, muito proveitosa, que também nos trouxe pontos de
melhorias. Na avaliação geral o simulado foi muito positivo para o
aperfeiçoamento do atendimento de emergência”, afirma Andréa Almeida, bióloga e
analista portuária da Portos do Paraná.
Giacomo Gustavo
Wosniacki, coordenador de gestão de riscos da CIA Ambiental, foi o responsável
pelo início do processo. Foi ele que lançou as laranjas ao mar e ligou para a
Guarda Portuária (GPort), informando sobre o vazamento de aproximadamente 8 mil
litros de óleo bunker, em frente aos Terminais Portuários da Ponta do Félix.
“A escolha pelo
lançamento de laranjas se deu pelas frutas, por conta de seu peso, se
comportarem de modo semelhante ao óleo, quando se dispersa”, explica.
Depois de
avisada, a GPort foi responsável por entrar em contato com a empresa de
atendimento a emergências ambientais, Albriggs, que se dirigiu ao local por mar
e terra. Quando as equipes se encontraram, elas retiraram de um contêiner
localizado no Porto Barão de Teffé, todo o equipamento necessário para a
imediata colocação de mais de 200 metros de boias de contenção no local do
acidente.
Paralelamente, a
equipe de proteção à fauna, da Fundação da Universidade Estadual do Paraná
(Funespar), já estava trabalhando na área para localização de animais atingidos
pelo óleo, que necessitassem de cuidados imediatos.
“Conseguimos
testar a resposta completa das equipes de atendimento à emergência, tanto para
contenção de óleo quanto para proteção da fauna, seja no afugentamento ou,
eventualmente, no resgate e recuperação de fauna atingida pelo óleo”, diz
Wosniacki.
Participação
Participaram
ativamente do simulado a GPort, a diretoria de Meio Ambiente da Autoridade
Portuária, a empresa de atendimento a emergências Albriggs Defesa Ambiental, a
Fundação da Universidade Estadual do Paraná (Funespar) e a CIA Ambiental.
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