As
empresas brasileiras certificadas como OEA-Segurança serão reconhecidas como
mais seguras e de menor risco
No último dia 16,
a Receita Federal firmou um Acordo de Reconhecimento Mútuo (ARM) com a Aduana
Americana em Washington-DC, oficializando a parceria entre seus Programas de
Operador Econômico Autorizado.
O evento solene
de assinatura ocorreu no Centro de Comércio Internacional - Edifício Ronald
Reagan, em Washington D.C, e encerrou uma longa jornada de negociações entre as
equipes técnicas da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) e do
Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras do Governo dos Estados Unidos da
América, iniciada em 2015, com a assinatura do Plano de Trabalho Conjunto.
Participaram do
encontro o embaixador Nestor Foster Jr, o secretário especial da Receita
Federal do Brasil (RFB); Julio Cesar Vieira Gomes, o subsecretário de
Administração Aduaneira (RFB); Jackson Aluir Corbari, o adido fiscal e
tributário Décio Rui Pialarissi e o coordenador do Centro Nacional de
Operadores Econômicos Autorizados (RFB); Fabiano Queiroz Diniz.
Pela Aduana
Americana participaram o vice-comissário da Proteção das alfândegas e
fronteiras dos Estados Unidos (CBP), Troy A. Miller, o comissário assistente
executivo do Escritório de Operações de Campo (OFO), Pete Flores, a comissária
assistente do Escritório de Assuntos Internacionais (INA), Debbie W. Seguin, o
diretor executivo do OFO, Thomas Overacker, o diretor da Divisão América Latina
e Caribe da INA, Aaron R. Mitchell e o diretor do CTPAT, Manuel Garza.
Entenda o ARM assinado
Os Acordos de
Reconhecimento Mútuo (ARM) são acordos bilaterais ou multilaterais celebrados
entre Aduanas de países que possuam Programas de OEA compatíveis entre si, com
o intuito de promover facilitação do comércio.
Com a assinatura
do acordo Brasil-EUA, o Programa Brasileiro de OEA passa a demonstrar
compatibilidade com o C-TPAT (Customs Trade Partnership Against Terrorism), um
dos maiores programas de certificação em segurança da cadeia logística do
mundo.
Assim, as
empresas brasileiras certificadas como OEA-Segurança serão reconhecidas como
empresas mais seguras e de menor risco e, em razão dessa maior confiabilidade,
além dos benefícios já usufruídos na Aduana brasileira, haverá redução do
percentual de inspeções das exportações brasileiras para os EUA e prioridade da
análise quando estas cargas forem selecionadas para verificação.
Os Estados Unidos
são o segundo maior parceiro comercial brasileiro, destino de mais de 14% das
exportações do país, e representaram mais de US$ 70,5 bilhões do valor
transacionado em 2021. Nos últimos 3 anos, empresas que fazem parte do Programa
OEA já foram responsáveis por 17% dessas exportações para o EUA e, com a
assinatura desse acordo, há grande expectativa de aumento pela procura da
certificação OEA-Segurança entre as empresas brasileiras.
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