A
quadrilha tentou exportar o entorpecente para a Europa, pelo Porto de Suape, em
Pernambuco
A Polícia Federal
(PF) deflagrou na última quarta-feira (15) a Operação Corona, com objetivo de
combater organizações criminosas dedicadas à lavagem de dinheiro do
narcotráfico internacional.
Foram cumpridos
16 mandados de busca e apreensão e 9 mandados de prisão preventiva, expedidos
pela Justiça Federal em Pernambuco, assim distribuídos:
- Praia Grande (SP): um de prisão e dois de busca e apreensão;
- Paulínia (SP): um de prisão e um de busca e apreensão;
- Ribeirão Preto (SP): dois de prisão e quatro de busca e apreensão;
- Serrana (SP): um de prisão e dois de busca e apreensão;
- Guatapará (SP): um de prisão e um de busca e apreensão;
- Itaquaquecetuba (SP): dois de busca e apreensão;
- Poá (SP): um de busca e apreensão;
- Campo Grande (MS): um de prisão e um de busca e apreensão
- Recife (PE): um de prisão e um de busca e apreensão;
- Manaus (AM): um de prisão;
- Coari (AM): um de busca e apreensão.
No total, 80
policiais federais foram mobilizados para atuar nos Estados de Pernambuco
(RMR), São Paulo (regiões de Santos, Capital, Campinas e Ribeirão Preto), Mato
Grosso do Sul (capital) e Amazonas (interior).
A investigação
foi iniciada em 22/4/2020 após a apreensão de cerca de 650 kg de cocaína no
Aeródromo da Coroa do Avião em Igarassu, cidade localizada na Região
Metropolitana de Recife/PE (RMR).
Segundo a Polícia
Federal, a quadrilha tentava exportar o entorpecente para a Europa, pelo Porto
de Suape, no Litoral Sul de Pernambuco, em meio a uma exportação de sucata.
A apreensão
resultou de um esforço operacional da PF com o apoio da Polícia Militar de
Pernambuco. Na ocasião, piloto, copiloto e outros criminosos engajados no
descarregamento da droga da aeronave foram presos em flagrante por tráfico de
drogas. O plano do grupo criminoso visava ocultar a cocaína numa exportação de
sucata destinada à Europa pelo Porto de Suape.
Após o flagrante,
a PF aprofundou a investigação, a fim de identificar outros responsáveis pela
operação ilícita, assim como descobrir o esquema criado para financiar esse
plano. Foi revelada, então, uma grande estrutura criminosa de empresas de
fachada criadas com a finalidade de movimentar dinheiro para o crime organizado
transnacional. As empresas estão espalhadas pelo país, mas se concentram,
especialmente, no Estado de São Paulo. Só nos primeiros quatro meses de 2020,
no período em que o grupo preso na RMR arquitetava a exportação de cocaína
frustrada pela PF, essas empresas movimentaram juntas mais de R$ 116 milhões.
De acordo com o
assessor de comunicação da Polícia Federal, Giovani Santoro, a sede da
organização criminosa era em São Paulo, mas Pernambuco tinha localização estratégica
para os traficantes.
“O Porto de Suape
tem uma localização estratégica para escoar essa cocaína para a Europa, então,
eles utilizam contêineres. No caso, aqui, foi um contêiner de sucata, para
poder esconder a droga e tentar despistar principalmente o trabalho daquelas
pessoas que estão envolvidas ali no Porto de Suape”, disse.
Os crimes
investigados são tráfico internacional de drogas, financiamento do
narcotráfico, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro. As
penas podem chegar, isoladamente, a mais de 20 anos de reclusão.
O nome da
operação, Corona, se deve ao fato de a palavra, que é espanhola, significar
"coroa", em português. Trata-se de uma referência à Coroa do Avião,
local em que a droga foi apreendida, além da pandemia da Covid-19.
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