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segunda-feira, 30 de maio de 2022

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PORTO DE ROTTERDAM APREENDEU 70 TONELADAS DE COCAÍNA EM UM ANO

 

O Porto de Rotterdam, na Holanda, é o maior da Europa. A droga na rua tem um valor de 5.000 milhões de euros

O Porto de Roterdã interceptou mais de 70.000 kg de cocaína em um ano, que na rua valem 5.000 milhões de euros, e luta diariamente contra a corrupção e a criminalidade que narcotraficantes de drogas da Europa e da América Latina protagonizam na maior parte da Europa.

Centenas de olhos observam cada contêiner que chega do outro lado do Atlântico, o escrutínio dos funcionários é cada vez maior para evitar a corrupção, e quem circula pelo porto é vigiado de perto.

As autoridades acreditam que a droga interceptada é a ponta do iceberg, por isso planejam controlar todos os contêineres que chegam dos países de origem dos entorpecentes, aqueles que transportam frutas tropicais da América do Sul e Central, pois a fiscalização atual é aleatória e só permite verificar 1% do total.

“Estamos constantemente tratando de melhorar os nossos procedimentos. É uma batalha constante com os criminosos: se encontrarmos uma boa maneira de combatê-la, eles encontram maneiras de evitá-la”, disse à Agência Efe Boudewijn Siemons, diretor de operações da Autoridade Portuária, em sua visita ao cais.

Espanha, Bélgica e Holanda são responsáveis ​​por três quartos das apreensões de cocaína. Foto EFE

No ano passado, localizaram 70.570 kg de cocaína no porto, com a maior descoberta de 4.180 kg em um contêiner de bananas, o que representa um aumento de 74% em relação a 2020, segundo dados do Hit and Run Cargo (HARC), equipe formada por alfândegas autoridades, polícia, acusação e crimes financeiros.

Falta infraestrutura

Mas o aumento das convulsões não aproxima o fim do problema. A Autoridade Portuária tem dado apoio para o registo de mais contêineres, mas admite que ainda não há infraestrutura suficiente e sugerem que podem existir alternativas “inteligentes” para verificar tudo fisicamente.

Estamos trabalhando muito duro, assim como fizemos com relação a pandemia ou o Brexit. É um problema tão complicado que não há uma única pessoa que tenha a bala de prata, acrescenta.

Além das autoridades locais, a Autoridade Portuária do Porto de Roterdam trabalha com a do porto belga de Antuérpia porque os navios podem ser desviados para lá se os controles forem mais rígidos, aproveitando as fronteiras abertas.

A Siemons compartilha da visão que a América Latina também insiste: conter o consumo.

As apreensões de cocaína em Roterdã aumentaram 74% em relação a 2020

A cocaína é a segunda droga ilícita mais consumida na União Europeia depois da cannabis, com cerca de 3,5 milhões de pessoas entre os 15 e os 64 anos que admitiram tê-la consumido no ano passado e cerca de 14 milhões que o fizeram em algum momento da vida. De acordo com a Europol e o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.

Espanha, Bélgica e Holanda respondem por três quartos das apreensões de cocaína, que em 2020 atingiram o recorde de 214,6 toneladas em toda a Europa para uma droga que é fabricada principalmente na Colômbia, Bolívia e Peru, mas que é cada vez mais processada dentro da Europa.

“Há uma responsabilidade com a sociedade de discutir abertamente a demanda: as pessoas na Europa consomem cocaína, e se não estivessem consumindo, não teriam que entrar. É uma guerra que temos que lutar em várias frentes”, pediu Siemons.

A expansão do mercado de cocaína na Europa trouxe consigo um aumento de homicídios; sequestros e intimidações, e a violência se espalhou também para aqueles que estão fora do mercado de drogas, incluindo advogados, funcionários e jornalistas.

Fonte: Clarin/Agência EFE


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