Troca
de informações entre a Brigada Militar e Departamento de Narcóticos da Polícia
Nacional do Uruguai resultou na apreensão de 333 kg de cocaína em Montevidéu
A
suspeita do uso da área portuária de Rio Grande no tráfico internacional de
drogas está sendo cada vez mais comprovada. Uma troca de informações entre a
Brigada Militar e as autoridades uruguaias resultou na apreensão de 333 kg de
cocaína em Montevidéu.
No dia 1
de abril, o Departamento de Narcóticos da Polícia Nacional do Uruguai,
desencadeou a Operação Cleópatra, que resultou no recolhimento do entorpecente,
mais de 40 mil euros, veículos e armas, além da prisão de sete integrantes da
organização criminosa.
As
investigações apontaram que a cocaína oriunda da Colômbia tinha como destino os
portos de Rio Grande e de Montevidéu. Uma parte da droga abastecia o mercado
local, e o restante era destinado para o continente europeu.
A
apreensão da cocaína foi possível a partir das ações da Operação Hórus, quando
diversos criminosos passaram a ter suas atividades monitoradas pelo setor de
inteligência da Brigada Militar nas regiões de fronteira do Rio Grande Sul.
Um
desses criminosos que passou a ser acompanhado seria o responsável pelas
operações logísticas de um grupo criminoso que atuava no tráfico internacional
de drogas. Esse homem seria o encarregado de organizar a rota marítima e
logística entre os portos.
Para
facilitar o monitoramento do traficante, que constantemente acessava o país
vizinho, e de um criminoso uruguaio, que realizava transações com ele, a
Brigada Militar e o Departamento de Narcóticos da Polícia Nacional do Uruguai
começaram a trocar informações. Durante a Operação Golfinho, o traficante
brasileiro acabou sendo preso pela Brigada Militar na praia de Imbé, no Litoral
Norte. Em entrevista à reportagem do Correio do Povo, o subcomandante do 6º
BPM, capitão Fábio Mendonça, declarou que não podia confirmar o envolvimento de
uma facção paulista na região de Rio Grande.
Ele
lembrou, porém, que em setembro do ano passado, o 6º BPM e o Comando Ambiental
da Brigada Militar efetuaram a apreensão de mais de meia tonelada de cocaína em
um barco pesqueiro. Já em junho do ano passado, a Receita Federal do Brasil (RFB) localizou cerca de 1,1 tonelada de cocaína dentro de um contêiner que embarcaria no cais do Porto de Rio Grande, com destino a Bélgica, na Europa.
A cidade
de Rio Grande assiste um conflito entre facções criminosas que já resultou em
33 mortos desde o começo deste ano. Há suspeita de que parte do conflito tenha
relação com o domínio do narcotráfico na área portuária. A Brigada Militar intensificou
as ações através da Operação Lagunar, deflagrada em janeiro deste ano.
Fonte:
Correio do Povo
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