O
Programa Fantástico, da Rede Globo teve acesso à investigação descobriu como a
máfia italiana mandava esconder cocaína em cascos de navios no Brasil
A Polícia Federal
(PF) desvendou um esquema de tráfico internacional de drogas que tem conexões
com a máfia da Calábria, na Itália. Mergulhadores colombianos a serviço da
organização criminosa esconderam meia tonelada de cocaína dentro do casco de
navios de carga que iam do Paraná para a Europa.
O repórter Wilson
Kirsche teve acesso exclusivo à investigação, com imagens do momento em que a
cocaína é encontrada debaixo d'água.
Na reportagem em vídeo você vai ver:
O mergulhador da
PF vistoriando três compartimentos submersos de um navio e, em um deles,
encontra quase 300 kg de cocaína;
Como funciona o
compartimento chamado de “caixa de mar”, que capta água do mar para fazer
refrigeração das máquinas;
Outros esquemas
para exportar a droga a partir de Paranaguá: cocaína escondida em bolsas dentro
de contêineres; ou em pacotes em cargas de grãos; ou em tonéis de suco de
laranja.
Como as câmeras
de segurança monitoram os corredores e que há “pontos cegos” nas passagens
estreitas entre as pilhas de contêineres — e que os pacotes de cocaína são descarregados
nesses corredores.
A PF identificou
pelo menos duas quadrilhas - uma delas comandada por Jefferson Barcelos de
Oliveira, que era guarda municipal em Paranaguá. Entre os clientes das
quadrilhas, estava uma das famílias mafiosas da Itália. Em uma das imagens
obtidas pelo Fantástico, é possível ver Jefferson saindo do apartamento do
italiano Nicola Assizi, em Praia Grande (SP).
Segundo as
investigações, Nicola e o filho, Patrick, são associados da 'Ndrangheta. Eles
foram presos numa operação conjunta com a polícia italiana em 2019. No
apartamento, os agentes apreenderam cocaína, dinheiro e máquinas para
falsificar lacres de contêineres. Os advogados de Nicola e Patrick afirmam que
"não há nada nesta investigação da Polícia Federal que vincule os seus
clientes com Jefferson Barcelos".
Em Paranaguá,
Jefferson manteve o esquema até ser assassinado a drtiros, em maio de 2020. O
crime foi registrado por câmeras de segurança. A prefeitura de Paranaguá afirma
que, na época dos fatos, Jefferson estava afastado da Guarda Municipal.
A administração
do Terminal de Contêineres de Paranaguá – TCP diz que está colaborando com as
investigações e que dois scanners de última geração ficam à disposição da
Receita Federal 24 horas por dia. A empresa diz também que tem mais de 400
equipamentos que suportam vigilância sob orientação da Receita.
Com a morte de
Jefferson, segundo a Polícia Federal, a quadrilha passou a ser chefiada pelo
tio dele, Zacarias Barcelo - que é policial civil em Curitiba. Na semana
passada, a PF prendeu Zacarias e outros 16 suspeitos de envolvimento com o
tráfico de drogas. Os agentes também aprenderam armas dinheiro, carros de luxo
e até um jatinho.
Em nota, a
Polícia Civil do Paraná informou que deu apoio à Polícia Federal para prender
Zacarias e que vai abrir procedimento administrativo para apurar o caso. A
defesa do policial informou que os esclarecimentos serão apresentados exclusivamente
às autoridades competentes.
Clique aqui para ter acesso ao vídeo do Programa Fantástico.
Fonte: Por Fantástico/g1/globo
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