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quarta-feira, 9 de março de 2022

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PF DESCOBRE ESQUEMA DE COCAÍNA ESCONDIDA EM CAMINHÕES DE GRÃOS

Entorpecentes saiam de MS para regiões portuárias do país escondidos em meio a soja e milho

Investigadores da Polícia Federal (PF) cumpriram na manhã do dia 16 de fevereiro, três mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão por meio da Operação Carga Oculta, contra integrantes de uma organização criminosa que havia se especializado em mandar cargas de cocaína de Ponta Porã, cidade de Mato Grosso do Sul, região de fronteira com o Paraguai, para países estrangeiros.

De acordo com a PF, o bando era investigado há quase dois anos. O grupo montava empresas de transporte de grãos e tinha uma frota com 20 caminhões que eram usados no tráfico de drogas.

A cocaína saia da fronteira e seguia para regiões portuárias e, de lá, para outros países.

As empresas em questão, todas de fachada, eram as responsáveis pela logística de escoamento "de grandes quantidades de drogas", informou a PF que, no entanto, não revelou nomes dos implicados, nem da pessoa que foi capturada.

Segundo a PF, a investigação teve início em setembro de 2020 a partir da apreensão de um caminhão, em Antônio João, também cidade de fronteira, carregado com 126 kg de cocaína.

Semanas depois, outro caminhão foi apreendido em Aral Moreira, município sul-mato-grossense, carregado com 107 kg de cocaína.

Em ambos os casos, "as drogas estavam ocultas em compartimentos preparados", disse a PF.

A PF adiantou, apenas, que os investigados já possuíam antecedentes por tráfico de drogas, sendo que, em dezembro do ano passado, um integrante da quadrilha foi morto em Ponta Porã, "num possível desacerto por conta de cargas de drogas apreendidas", contou a PF.

Para não levantar suspeitas das atividades ilícitas, os motoristas buscavam fretes para as regiões portuárias do país. As cargas de grão, geralmente milho e soja, eram lícitas, o que dificultou a ação dos policiais.

Ainda conforme a nota da PF, a empresa investigada possuía diversas matrizes nas cidades de Ponta Porã e Inocência, em MS, sendo todos os endereços declarados inexistentes.

Carga Oculta

O nome de batismo, diz a PF, da operação é uma alusão ao esquema empregado pela organização criminosa, que utilizava uma pessoa jurídica de fachada para o registro de caminhões que posteriormente eram utilizados no transporte de entorpecentes que ficavam acomodados em compartimentos ocultos.

Fonte: DiárioDigital


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