Eles
atuavam no Terminal Portuário de Paranaguá-TCP, no Porto de Paranaguá
A Polícia Federal
(PF) e a Receita Federal do Brasil (RFB) deflagraram no sexta-dia 28 de janeiro
a Operação Reach Stackers, que teve como objetivo desarticular grupos
criminosos que atuam dentro do Terminal Portuário de Paranaguá-TCP, no litoral do
Paraná.
A ação é foi
desdobramento da Operação Enterprise, deflagrada no dia 23 novembro de 2020 e
que resultou no cumprimento de mais de 60 mandados de prisão e no sequestro de
R$ 400 milhões em imóveis, de quadrilhas que atuam com o narcotráfico.
Os investigados
são responsáveis por fornecer informações privilegiadas sobre posições, rotas e
cargas dos contêineres para subsidiar organizações criminosas. Com esses dados a
quadrilha, além de movimentarem os contêineres de forma a possibilitar a
inserção dos carregamentos de cocaína dentro do pátio do terminal portuário, inseria
a droga nas cargas sem o conhecimento do exportador, através do método
conhecido como rip-on/rip-off.
As ações
criminosas ocorriam de forma dissimulada e sem o consentimento da administração
do TCP - Terminal de Contêineres de Paranaguá, que auxiliou no desenvolvimento
das investigações.
O método é um dos
mais praticados nos portos brasileiros. Apenas em Paranaguá, a RFB já apreendeu
mais de 26 toneladas de cocaína desde 2019, com a maioria das tentativas de
remessa ilícita utilizando este método.
Foram expedidos 8
mandados de prisão temporária e 9 mandados de busca e apreensão para cumprimento
nas cidades de Paranaguá, Matinhos e Piraquara. Também foram decretadas medidas
patrimoniais de sequestro de imóveis e bloqueio de valores existentes em contas
bancárias e de aplicações financeiras.
Segundo a PF, os
investigados responderão pelos crimes de tráfico transnacional de
entorpecentes, com penas que podem chegar até 25 anos de reclusão para cada
ação perpetrada, bem como pelos crimes de organização criminosa e de associação
para o tráfico, que podem chegar a 24 anos de reclusão.
Presos
Os alvos presos
pela PF foram identificados como Márcio Ribeiro Santos, Luiz Gustavo Moraes,
Rodrigo Batista, Maycon de Araujo Carneiro, Ruan Alex Soarers Artigas, Fernando
da Silva Colodel, Ediney Viana de Souza e bruno Henrique Urbick.
De acordo com a
PF, Marcio Ribeiro Santos, apesar de não ser mais vinculado ao TCP, ele
coordena os funcionários do terminal nas ações de contaminação dos contêineres.
Ediney Viana de Souza
é funcionário do TCP desde 15/06/2009, onde exercia o cargo de planner, com salário
em torno de R$ 8.000,00. Ele era encarregado de fornecer informações sobre as
cargas; posição no pátio, destino das cargas, movimentação no pátio,
viabilizando a colocação e, posteriormente, a exportação da droga.
Nome da operação
A operação foi
batizada Reach Stackers em alusão ao equipamento de mesmo nome utilizado em
terminais portuários para o deslocamento de contêineres.
Veja abaixo a reportagem da TVCI:
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