O
transporte da carga nuclear foi monitorado pelo GSI/PR desde a origem do navio,
no Porto de Rotterdam
No intuito de
coibir possíveis incidentes durante o desembarque de uma carga de urânio que
chegou ao Porto do Rio de Janeiro, no dia 2 de fevereiro, foi realizada uma
série de ações integradas, sob a coordenação da Comissão Estadual de Segurança
Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis no Estado do Rio de Janeiro
(CESPORTOS – RJ).
A Guarda
Portuária da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) participou do plano
operacional de descarga do navio BBC Aquamarine, que envolveu também equipes da
Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ), Polícia Federal (PF), Polícia
Militar (PM), além da empresa ICTSI – Rio, arrendatária do terminal de
contêineres, onde a embarcação atracou.
O transporte da
carga nuclear foi monitorado pelo Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República (GSI/PR) desde a origem do navio, no Porto de
Rotterdam, até o Porto do Rio de Janeiro. Já na fase portuária da operação, a
CESPORTOS – RJ assumiu a coordenação e acompanhou as ações integradas das
diversas instituições envolvidas, diretamente do Centro de Comando e Controle
de Segurança Portuária (CCCSP) do Porto do Rio de Janeiro. A unidade de
segurança, operada pela Guarda Portuária (GPort), monitora imagens de câmeras
em todo o perímetro do porto, incluindo a área marítima da poligonal portuária,
permitindo acompanhar a chegada do navio desde a entrada pelo canal de acesso,
na entrada da Baía de Guanabara.
Segundo o superintendente
da GPort, José Tadeu Diniz, o Nível de Proteção – MARSEC (Maritime Security)
foi elevado para o Nível 2, nos termos do ISPS-Code (sigla inglesa para Código
Internacional de Proteção a Navios e Instalações Portuárias) e da Resolução
nº53/2020-CONPORTOS. “Além do monitoramento da operação e do perímetro, foram
adotadas outras medidas adicionais de segurança importantes para o sucesso da
operação como incremento no efetivo de vigilantes do terminal privado,
implementação de barreiras até o costado, reforço no controle de acesso ao
terminal, restrição do acesso de embarcações não autorizadas e estabelecimento
de um canal de comunicação entre o CCCSP e as instituições envolvidas”,
ressaltou.
Após a descarga
bem-sucedida, o superintendente Diniz informou que o Grupamento de Ações
Extraordinárias da Guarda Portuária (GAEX/SUPGUA) foi responsável pela escolta
e segurança do comboio de transporte dos dois contêineres de material
radioativo no interior do porto organizado até o acesso do portão 24, no Caju.
A partir desse ponto, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar
assumiram a escolta do comboio até o destino – a Fábrica de Combustível Nuclear
das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), localizada em Resende/RJ.
Dentre as ações
executadas pelas demais instituições que participaram da operação integrada, o
deslocamento do navio desde o embarque do prático até a atracação, foi
acompanhado por embarcações da CPRJ, fazendo a varredura do canal, e do Núcleo
Especial de Polícia Marítima (NEPOM/PF), que fez a escolta e segurança
aproximada. Já o Comando de Operações Táticas (COT/PF) atuou como polícia
especializada em combate à emergência envolvendo material nuclear. O Grupo
Especializado em Bombas e Explosivos (GBE/PF), por sua vez, fez a inspeção
prévia e varredura das carretas responsáveis pelo transporte da carga.
Fonte: ASSCOM-CDRJ
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