O
objetivo foi abordar caminhões de operações diferentes
Dois pastores
alemães e duas pastoras belga malinois foram utilizados em uma ação integrada
entre a Guarda Portuária (GPort) e a Diretoria de Meio Ambiente e a Gerência de
Saúde e Segurança do Trabalho, no Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná.
A blitz, realizada
no dia 23 de dezembro, durou cerca de duas horas e concentrou-se próxima aos
berços 201 e 209, na faixa do cais. O objetivo foi abordar caminhões de
operações diferentes.
Os cães fazem o
seu trabalho, cheirando o interior, ao redor dos veículos e nas partes internas
inferiores. Segundo Eduardo Domanski dos Santos, coordenador da GPort, “a ideia
é fiscalizar e coibir tanto a questão do uso de entorpecentes, quanto até mesmo
o tráfico internacional de drogas”.
“Caso seja
encontrado algum tipo de entorpecente, o procedimento é o encaminhamento para
autoridade policial. Se for quantidade constatada para uso, o encaminhamento é
feito para a Polícia Militar, para elaboração de termo circunstanciado; caso se
configure tráfico internacional, acionamos a Polícia e Receita Federal, por se
tratar de área alfandegada”, conta Domanski.
Segurança no trânsito
Na abordagem, os
motoristas também foram orientados a dar preferência ao pedestre, respeitar o
limite de 30 km/h, utilizar o cinto de segurança, manter os faróis acesos, não
usar celular ao volante e não dirigir sob o efeito do álcool.
Na visão do
gerente de Saúde e Segurança do Trabalho, José Sbravatti, as primeiras reações
dos motoristas abordados foram positivas. “O pessoal recepcionou bem as
abordagens e a nossa ideia é dar continuidade efetiva nessas ações. A tendência
é que, ao longo das semanas, a gente consiga aumentar a frequência e reforçar
para todos que acessam a faixa portuária que o radar vai estar diariamente
sendo aplicado, verificando a velocidade dos veículos de maneira constante”,
avisa.
Meio Ambiente
“Nós da área
ambiental estamos verificando documentação dos caminhões, aferindo velocidade
de trânsito na faixa portuária, aplicando teste do etilômetro e também checando
questões de segurança da carga e dos veículos. Assim como observando se a carga
está bem acondicionada e se os itens básicos de segurança, como pisca alerta e
sinais sonoros dos caminhões, estão funcionando”, explica João Paulo Santana,
diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná.
Cães Terceirizados
Como a Guarda
Portuária do Porto de Paranaguá não possui canil próprio, a blitz utilizou cães
de um canil particular. Letícia
Pedrotti, sócia-proprietária da empresa Deteccion Brazil K9, empresa
responsável pelos cães, explicou que a parceria se tornou necessária porque a
GPort observou a demanda e necessidade do emprego de cães de detecção na faixa
primária.
“Os quatro cães
foram treinados para detectar todos os tipos de entorpecentes: ecstasy, LSD,
haxixe, maconha, crack e cocaína, que são os narcóticos mais comuns,
principalmente a cocaína, que é a droga mais utilizada na questão do tráfico de
droga internacional”, falou Letícia.
Utilização de cães pela Guarda Portuária
A utilização de cães de faro não é novidade nos portos brasileiros, no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, os cães são utilizados pela GPort em blitz, abordagens, busca em navios e vistoria de bagagens no Terminal de Passageiros de Santos.
A atuação foi elogiada pela Receita Federal e Polícia Federal. Além de combater o crime e o tráfico de drogas, o Canil participa de ações sociais com crianças e idosos.
Phelps, o cão mais
premiado da Guarda Portuária
Phelps
(nome dado em homenagem a Michael Phelps, nadador norte-americano), um pastor
belga malinois, do Canil da Guarda Portuária do Porto de Santos, premiado em
vários concursos pelo seu faro apurado,
faleceu em 2019.
Ele
era considerado um cão completo, pois dominava as funções de abordagem, faro e
ainda participava de eventos de dogshow – em que o cão mostra as habilidades
como saltar, por exemplo, e divertindo a plateia, especialmente crianças e
idosos.
Em
um simples comando do seu condutor, o guarda portuário Soares, o animal se
transformava totalmente, de um dócil cão capaz de ficar uma hora parado, para
após uma ordem, em uma feroz arma, que abocanhava sem pestanejar o alvo do ataque.
Phelps
participou de várias operações em apoio à Polícia Federal e Receita Federal.
Bastava um comando que ele começava a farejar sem parar em busca de
drogas. “Ele era capaz de decifrar mais
de 20 odores ao mesmo tempo, inclusive de nossas emoções”, afirma Soares.
Escapou da morte duas
vezes
Em
duas ocasiões Phelps esteve muito próximo da morte. Em dezembro de 2013 os cães farejadores do Canil da Guarda Portuária do Porto de Santos ajudaram a PolíciaFederal encontrar 325 Kg de cocaína escondida em fundos falsos de dois veículos
apreendidos. As viaturas que participaram da perseguição foram atingidos por
tiros.
Em janeiro de 2016 ele e os demais cães do canil foram salvos pelo seu instrutor
após um vazamento de gás na área da empresa Localfrio. Os guardas portuários
tiveram que evacuar de emergência a base. Soares retornou ao local e resgatou
os animais.
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