A ação foi
planejada pela Diretoria de Meio Ambiente e também envolveu a Guarda Portuária
(GPort)
Na última terça-feira
(7), foi realizado um simulado de atendimento a emergência no Porto de
Paranaguá, no litoral do Paraná.
O exercício, que integrou
diferentes áreas da empresa, empresas contratadas e órgãos externos, simulou o
vazamento de óleo combustível de uma draga, com dano a fauna.
Objetivo foi
testar todas as áreas de atuação e atendimento da empresa. Os protocolos e os
fluxos que devem ser seguidos estão estabelecidos nos planos de emergência,
nesse caso o plano de emergência individual (PEI). Os equipamentos estão de
prontidão, assim como as equipes, 24 horas em localização privilegiada, na
faixa primária do Porto de Paranaguá.
Uma das metas da
Diretoria de Meio Ambiente é fazer exercícios simulados não só envolvendo o PEI
da empresa pública, mas também envolvendo o Plano de Área e as equipes de
atendimento individual de cada signatário.
O benefício do
exercício, como destaca João Paulo Ribeiro Santana, diretor de Meio Ambiente da
Portos do Paraná, é testar todas as áreas de atuação e atendimento da empresa.
“Isso nos faz estarmos preparados para uma eventual situação em situação real”,
diz.
Exercício
O exercício foi
feito sob condições adversas: com bastante vento e chuva. Visando simular o
atendimento mais próximo possível da realidade a equipe operacional da empresa
de prontidão não estava previamente preparada e os tempos de mobilização e
resposta dos diversos agentes envolvidos – internos e externos – foram
cronometrados.
“A proposta foi
utilizar uma hipótese acidental de responsabilidade direta da empresa Portos do
Paraná, que administra o porto”, disse o gerente de Meio Ambiente, Thales
Schwanka Trevisan. “Foi um simulado completo de resposta, testando toda a
capacidade de atendimento que temos buscado executá-lo no menor tempo possível,
mas dentro do que preconiza a Resolução Conama nº 398/08, referência dessa
área”.
A atividade analisou os fluxos de comunicação interna e externa, além da capacidade e celeridade de atendimento da empresa de prontidão e atuação de todas as entidades envolvidas em um incidente com vazamento de óleo.
Por volta das
7h20, simulando o óleo, bambolês foram lançados ao mar, próximo ao píer de
inflamáveis, na região onde a draga está localizada. Um modelo artificial para
representar o animal atingido pelo combustível foi afixado a uma dessas estruturas.
A partir de
então, começou todo o fluxo de comunicação previsto no Plano de Emergência
Individual (PEI). “Somos acionados, fazemos o acionamento da empresa de
prontidão que faz, inicialmente, uma averiguação para constatar se realmente
houve um vazamento”, explica Trevisan.
Constatado o
vazamento, o plano é efetivamente acionado. Uma pessoa assume o comando e é
feito o trabalho de combate ao incidente, que envolve os diferentes setores.
“Após o combate do vazamento, fazemos uma reunião pós-simulado para
discutirmos, com todos os entes envolvidos, quais foram as falhas e o que
podemos fazer para estarmos melhor preparados”, acrescenta o gerente.
Fluxo
Como lembra o coordenador
de Fiscalização e Controle de Emergências, Rafael Salles Cabreira, comandante
do exercício simulado, o primeiro contato a ser feito, em caso de acidente, é
com a Guarda Portuária, responsável por todas as demais comunicações internas
do Porto. “Qualquer pessoa que avistar, a exemplo do nosso exercício, uma
mancha de óleo deve comunicar imediatamente a Guarda Portuária (GPort) pelo
telefone 3420-1305”.
O PEI, como
também destaca o coordenador, está disponível na página de Meio Ambiente da ad
ministradora do porto, Portos do Paraná.
Participação
A ação, prevista
no cronograma do Plano de Emergência Individual (PEI) do porto, foi planejada
pela Diretoria de Meio Ambiente. Internamente, também envolveu a Guarda
Portuária (GPort), a Diretoria de Operações e a Gerência de Comunicação da
empresa pública durante a execução do simulado.
Ainda
participaram do exercício a AlBriggs, empresa contratada para defesa ambiental
(responsável pelo Centro de Prontidão Ambiental instalado na faixa primária); e
a equipe técnica do convênio técnico, científico, operacional e financeiro com
a Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e a respectiva Fundação de Apoio ao
Desenvolvimento (Funespar) para atendimento à fauna oleada.
Entre os órgãos
externos envolvidos no simulado, estavam a Coordenadoria da Defesa Civil do
Governo do Estado, Capitania dos Portos, além dos órgãos ambientais federal
(Ibama) e estadual (IAT) e da praticagem, que também foram comunicados da ação.
Este foi o primeiro
e único simulado de atendimento a emergência ambiental envolvendo vazamento de
óleo realizado no ano, devido às restrições impostas pela pandemia.
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