Ação conjunta envolveu Gaeco, PM, PRF e PF
Na terça-feira da
semana passada (7/12), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) dos estados de São Paulo e Espírito Santo, com apoio das Polícias
Militares capixaba e paulista, da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal
(PRF), deflagraram a “Operação Solis” com o objetivo de aprofundar
investigações sobre organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de
dinheiro.
Os alvos são
suspeitos de integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que atua
dentro e fora dos presídios, e de estabelecer intrincada rede de distribuição
de drogas entre os estados de São Paulo e do Espírito Santo.
Foram cumpridos
quatro mandados de busca e apreensão em Vila Velha e em Guarapari com sete
pessoas presas. A operação também cumpriu mandados de busca e apreensão nos
municípios de Araraquara e Guarujá, em São Paulo.
Em um depósito,
na região de Interlagos, em Vila Velha, utilizado pelos investigados como
entreposto do tráfico, foi apreendida meia tonelada de pasta-base de cocaína,
causando prejuízo aos criminosos estimado em R$ 130 milhões.
No local foram
presos em flagrante João Vitor dos Santos, Leonardo de Pádua Barbosa Pulis e
Bruno da Silva Alves, com 507,5 kg de cocaína, além de grande quantidade de
material utilizado para embalar a droga e presos em flagrante.
Também foram
presos temporariamente Amir Jose Leite Ferreira, Paulo Afonso Pereira Alves,
Marcos Vinícius Marcelino Teixeira Silva e Caio Felippe Ferreira Silva. Ainda
foi feita a apreensão de dois veículos e uma moto, usados no tráfico.
Outra etapa
Na quarta-feira
(08/12), ocorreu mais uma etapa operação. Pela manhã, foram apreendidos mais
380 kg de cocaína em uma embarcação nas proximidades da Praia do Ribeiro em
Vila Velha.
A embarcação que
levava as drogas foi interceptado por uma lancha da PF, mas os ocupantes
conseguiram sair do barco e fugir de carro.
A apreensão contou
com o apoio do helicóptero do Notaer, que fez buscas pelos homens que estavam
no barco após eles fugirem na direção do Morro do Moreno.
As drogas e o
barco foram encaminhados para a Superintendência da PF e nenhum suspeito foi
preso.
Tráfico Internacional
De acordo com
policiais que participaram da apreensão, existe a suspeita de que a droga
apreendida seria enviada para Europa. Primeiro ela seria embalada e depois
levada em pequenos barcos até navios que já estão em alto mar.
Toda a droga e os
presos foram levados para a sede da Superintendência da PF no ES, em Vila
Velha.
Operação Solis
A Operação Solis,
tem objetivo desmantelar uma organização criminosa especializada na lavagem de
dinheiro proveniente dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico
de drogas e casas de prostituição.
Em maio deste
ano, cerca de 90 policiais federais cumpriram nove mandados de prisão
preventiva e 17 mandados de busca e apreensão, em três estados: Paraná (Boa Vista
da Aparecida, Cascavel, Colombo, Curitiba, Matinhos e Piraquara); Santa
Catarina (Blumenau, Florianópolis e Massaranduba) e Rio Grande do Sul (Getúlio
Vargas).
Na ocasião oito
suspeitos foram presos. Segundo a PF, durante a operação foram apreendidos
vários veículos de alto valor de mercado, dentre eles um Jaguar. Três armas,
uma calibre 12, 9mm e um rifle calibre 22, também foram localizadas. R$ 5 mil
em espécie, celulares, documentos de imóveis e um jet ski.
Além disso, foi
pedido à Justiça o sequestro de vários bens e imóveis, pois as casas de
prostituição foram compradas pela quadrilha com o dinheiro do crime.
Para efetuar a
lavagem de dinheiro, os criminosos utilizavam empresas, uma delas fictícia, com
o objetivo de dar aparência de legalidade aos negócios e à ostentação de bens e
valores, frutos dos crimes praticados.
Uma das formas
utilizadas na lavagem de dinheiro é o recebimento de valores nas casas de
prostituição, mediante uso de máquinas de cartão de crédito vinculadas a
empresas do ramo de cosméticos e energia solar. Durante o período investigado,
o líder da organização criminosa movimentou mais de R$ 1,6 milhão no sistema
bancário, ostentando, assim, carros de luxo, jets ski, casas na praia, entre
outros.
Nome da Operação
A operação foi
batizada de “Solis” em alusão ao Sol, que é a estrela central do Sistema Solar,
pois é dessa forma que se comporta o principal investigado desse procedimento,
buscando todos os holofotes, ostentando veículo de alto padrão para ser o centro
das atenções na pequena Cidade de Boa Vista da Aparecida/PR. Além disso, o
crime de lavagem de dinheiro é realizado valendo-se da empresa do ramo de
energia solar.
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