Segundo
as autoridades a investigação, até o momento, indica que grupo dono da droga
não é do estado
A droga foi
encontrada pela Polícia Federal (PF) na noite da última terça-feira (16), em
uma casa no centro da cidade de Pelotas, que funcionava como um depósito. Vinte
agentes participaram da ação.
Investigação
A apreensão
ocorreu após cerca de dois meses de monitoramento da residência, na Rua Barão
de Santa Tecla, próximo à Avenida Bento Gonçalves, no Centro.
Os agentes
observaram que não tinha movimentação de crianças e a casa, que estava locada, não
era utilizada para comércio e nem para moradia, e também não possuía móveis no
interior, o que acabou levantando suspeita.
Os criminosos não
tinham familiares, empregos ou mesmo contatos na cidade. Eles também saiam da
casa apenas para comer, e logo retornavam.
— Não havia um
comportamento de residência, de quem mora ali, nem de quem trabalha na região.
Então aumentou a suspeita de que ali dentro poderia estar ocorrendo algum
delito e a vigilância foi intensificada. Na terça, observamos que eles se
preparavam para retirar a droga do local. Quando entramos na casa, não tinha um
móvel, uma vassoura velha, nada. Apenas as drogas — descreveu o delegado.
Abordagem
Após a expedição
de mandato, os agentes entraram na residência e constataram que a casa
funcionava como um depósito. No momento da ação, cincos homens foram presos em
flagrante.
No local foram localizadas
2,7 toneladas de cocaína pura, dividida em tabletes, além de 125 kg de
lidocaína e 250 kg de cafeína, substâncias utilizadas no refino da droga, além
de 52 sacolas de nylon que seriam utilizadas, possivelmente, para transportar a
droga.
Tráfico Internacional
Segundo o delegado
da PF, Robson Robin, como os pacotes de cocaína estavam embalados com material
que tem quatro camadas de proteção, que evita a entrada de água e dificulta que
o odor seja percebido pelo faro de cães, indica que a droga seria enviada para
a Europa. Outro fato que evidencia isto é que a movimentação do grupo indica
que os criminosos não tinham relações no município. Eles têm endereços
declarados no Vale do Sinos.
Há também a
questão da proximidade com o porto. É todo um cuidado, uma série de fatores que
indicam que a droga muito provavelmente seria destinada para exportação, possivelmente
para América do Norte e Europa — explica Robin.
Como a droga
estava acondicionada em bolsas de borracha, se acredita que seria utilizado o método
rip-on, rip-off, no qual ela é colocada dentro
de contêineres de exportadores que não têm conexão com o tráfico.
Dono da droga
Segundo as
autoridades a investigação, até o momento, indica que grupo o dono da droga não
é do estado.
“Pelotas é um
município desenvolvido. Tem bons hotéis, restaurantes, é próximo do porto. São
pontos positivos, uma estrutura da qual o crime também quer se beneficiar. O
que observamos é que eles não se conectaram com ninguém daqui. Não visitavam
ninguém, não interagiam. Seguramente não é um grupo criminoso aqui do Sul”
disse Robin.
Os elementos
presos e o material apreendido foram encaminhados para a sede da Polícia
Federal em Pelotas.
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