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terça-feira, 23 de novembro de 2021

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POLÍCIA FEDERAL APREENDE 2,7 TONELADAS DE COCAÍNA QUE SERIAM ENVIADAS PARA A EUROPA PELO PORTO DE RIO GRANDE

 

Segundo as autoridades a investigação, até o momento, indica que grupo dono da droga não é do estado

A droga foi encontrada pela Polícia Federal (PF) na noite da última terça-feira (16), em uma casa no centro da cidade de Pelotas, que funcionava como um depósito. Vinte agentes participaram da ação.

Investigação

A apreensão ocorreu após cerca de dois meses de monitoramento da residência, na Rua Barão de Santa Tecla, próximo à Avenida Bento Gonçalves, no Centro.

Os agentes observaram que não tinha movimentação de crianças e a casa, que estava locada, não era utilizada para comércio e nem para moradia, e também não possuía móveis no interior, o que acabou levantando suspeita.

Os criminosos não tinham familiares, empregos ou mesmo contatos na cidade. Eles também saiam da casa apenas para comer, e logo retornavam.

— Não havia um comportamento de residência, de quem mora ali, nem de quem trabalha na região. Então aumentou a suspeita de que ali dentro poderia estar ocorrendo algum delito e a vigilância foi intensificada. Na terça, observamos que eles se preparavam para retirar a droga do local. Quando entramos na casa, não tinha um móvel, uma vassoura velha, nada. Apenas as drogas — descreveu o delegado.

Abordagem

Após a expedição de mandato, os agentes entraram na residência e constataram que a casa funcionava como um depósito. No momento da ação, cincos homens foram presos em flagrante.

No local foram localizadas 2,7 toneladas de cocaína pura, dividida em tabletes, além de 125 kg de lidocaína e 250 kg de cafeína, substâncias utilizadas no refino da droga, além de 52 sacolas de nylon que seriam utilizadas, possivelmente, para transportar a droga.

Tráfico Internacional

Segundo o delegado da PF, Robson Robin, como os pacotes de cocaína estavam embalados com material que tem quatro camadas de proteção, que evita a entrada de água e dificulta que o odor seja percebido pelo faro de cães, indica que a droga seria enviada para a Europa. Outro fato que evidencia isto é que a movimentação do grupo indica que os criminosos não tinham relações no município. Eles têm endereços declarados no Vale do Sinos.

Há também a questão da proximidade com o porto. É todo um cuidado, uma série de fatores que indicam que a droga muito provavelmente seria destinada para exportação, possivelmente para América do Norte e Europa — explica Robin.

Como a droga estava acondicionada em bolsas de borracha, se acredita que seria utilizado o método rip-on, rip-off, no qual ela  é colocada dentro de contêineres de exportadores que não têm conexão com o tráfico.

Dono da droga

Segundo as autoridades a investigação, até o momento, indica que grupo o dono da droga não é do estado.

“Pelotas é um município desenvolvido. Tem bons hotéis, restaurantes, é próximo do porto. São pontos positivos, uma estrutura da qual o crime também quer se beneficiar. O que observamos é que eles não se conectaram com ninguém daqui. Não visitavam ninguém, não interagiam. Seguramente não é um grupo criminoso aqui do Sul” disse Robin.

Os elementos presos e o material apreendido foram encaminhados para a sede da Polícia Federal em Pelotas.


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