A ação
envolveu a participação da Receita Federal, Polícia Federal e Polícia Rodoviária
Federal
Na tarde do
último domingo (14), uma ação conjunta entre Receita Federal do Brasil (RFB), Polícia
Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), culminou na apreensão de 441
kg de cloridrato de cocaína no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, no Pará.
A droga estava
escondida dentro de um contêiner com caixas de garrafa de cerveja da empresa
Cerpa e tinha como destino a cidade de Porto, em Portugal.
Na fiscalização
do contêiner, os agentes verificaram que o lacre estava violado. Esse lacre é
colocado na fábrica, no momento do embarque para a exportação, quando também é
emitido o documento para esse tipo de transporte.
Uma das suspeitas
dos órgãos de segurança é de que tenha ocorrido a prática de
"rip-on", que é quando o lacre original é retirado, algo é inserido
indevidamente e então um novo lacre é feito de maneira irregular.
Investigação
A apreensão teve
início a partir de uma fiscalização realizada pela PRF em conjunto com outros
órgãos, como ANTT, Polícia Federal, Receita Federal, Guarda Portuária e Polícia
Militar, no Porto de Santos, em São Paulo, durante a greve dos caminhoneiros
naquele porto.
Documentos
suspeitos foram compartilhados com a PF e a RFB, que passaram a monitorar a
quadrilha, levando à apreensão da droga no município paraense.
Um dos fatos que
chamou a atenção é a empresa de Belém, que exportou a carga, fez uma compra
maior de cervejas da Cerpa, do tipo Export, qual costumava fazer movimentar.
Outro fato é o envolvimento de duas empresas pequenas e sem histórico na
exportação da cerveja.
Segundo as
autoridades essas duas empresas, a princípio, não possuem ligação direta com a
Cerpasa. O comprador, em Portugal, também não tem históricos de grandes
movimentações.
Nota da Cerpa
Em nota, a Cerpa
informou que colabora com investigações do caso. "A Cerpa – Cervejaria
Paraense S/A, já declarou às autoridades competentes colaboração irrestrita com
as investigações que buscam desmantelar uma associação criminosa para tráfico
internacional de drogas que atua no Estado do Pará. [...] A criatividade dos
criminosos que se dedicam ao tráfico internacional parece mesmo não ter
limites. Por meio de seu advogado, Dr. Roberto Lauria, a Cerpa colocou-se à
disposição das autoridades policiais para o fornecimento das imagens de seus
carregamentos, das notas fiscais da venda e de qualquer outro documento que
possa ajudar nas investigações", diz o comunicado da empresa.
Diversificação
Nas apreensões
anteriores, os órgãos federais de segurança apreenderam drogas em cargas de
madeira e manganês e agora os criminosos visaram outro tipo de carga para
despistar a fiscalização.
Essa foi a
terceira apreensão de drogas em menos de 30 dias no Porto de Vila do Conde. No
total, já são quase duas toneladas apreendidas nos últimos meses.
A droga foi
encaminhada para a sede da Polícia Federal que seguirá com as investigações.
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