Embarcação
navegava com destino à Europa, mas foi identificada por ação policial
Os
cinco tripulantes do veleiro Guruça Cat, apreendido em fevereiro deste ano, a
270 quilômetros do Recife, com 2.260,50 kg de cocaína, receberam, na semana
passada, sentença condenatória proferida pela juíza federal titular da 36ª Vara
da Justiça Federal em Pernambuco (JPFE), Carolina Malta.
As
condenações variaram entre regime fechado e semiaberto, de acordo com a
classificação da culpabilidade, divididas entre intensa, média ou reduzida.
O
réu que promoveu e organizou a cooperação do crime, dirigindo a atividade dos
demais agentes, foi condenado a 23 anos e 4 meses de reclusão. O réu
considerado segundo na hierarquia, braço direito do principal, foi condenado a 16
anos e 8 meses de reclusão.
Já
os outros três tiveram a causa de diminuição de pena do art. 33, parágrafo 4°,
da Lei 11343/06, por não haver indícios de que façam parte de organização
criminosa, obtendo pena, cada um, de 4 anos, 5 meses e 10 dias.
Houve
ainda a condenação ao pagamento de multas considerando a informação de bens e
rendimentos dos réus, em momento anterior à prisão. A sentença considerou
comprovadas a materialidade e a autoria delitivas, bem como a
internacionalidade do tráfico.
Em
relação aos bens apreendidos, a magistrada determinou o perdimento definitivo,
em favor da União, do veleiro, bem como de todos os celulares e equipamentos
eletrônicos (instrumentos do crime) e dos valores apreendidos em poder dos
acusados, diante da origem ilícita. A droga apreendida foi incinerada.
O
caso:
No
dia 14 de fevereiro deste ano, cinco homens foram presos em flagrante durante
abordagem policial que constatou um carregamento de cocaína no veleiro catamarã
Guruça Cat, a 270 quilômetros do Recife.
A
operação identificou o transporte de uma grande quantidade de cocaína em um
veleiro catamarã que teria partido do Brasil com destino a Europa
A
operação foi realizada com ampla coordenação internacional, envolvendo o Centro
de Análise e Operações Marítimas - Narcótico (MAOC-N), sediado em
Lisboa/Portugal, a Drug Enforcement Administration (DEA/EUA) e a National Crime
Agency (NCA/Reino Unido), permitindo a identificação da grande quantidade do
entorpecente.
O
veleiro do tipo catamarã teria partido do Brasil e viajava com destino à
Europa, mas o país que receberia a carga não foi identificado com exatidão.
A
interceptação foi realizada pelo Navio-Patrulha Oceânico Araguari, que
carregava militares da Marinha e policiais federais do Grupo de Pronta
Intervenção.
SAIBA MAIS: APREENSÃO DE VELEIRO COM 2.216,5 KG DE COCAÍNA EXPÕE NOVA ROTA DE TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS
De
acordo com o laudo de perícia criminal federal do Auto de Prisão em Flagrante,
"foram examinados 10 volumes para exames, compreendendo 10 tabletes de
formato retangular e cor branca, com massa total de 10,33kg, cobertos por uma
película de borracha e fita adesiva”.
Este
material foi selecionado a partir de uma quantidade aproximada de 2.190
tabletes que, somados, correspondem a 2.260,50 quilos de todo o material
apreendido.
No
dia 17 de fevereiro, os presos passaram por audiência de custódia e tiveram a
prisão preventiva estabelecida, sendo conduzidos ao Centro de Observação e
Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região
Metropolitana do Recife.
Fonte: Folha de Pernambuco
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