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quinta-feira, 11 de março de 2021

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APREENSÃO DE VELEIRO COM 2.216,5 KG DE COCAÍNA EXPÕE NOVA ROTA DE TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS

 

Na embarcação estavam cinco homens, todos brasileiros, que foram presos e autuados em flagrante por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico

A operação da Polícia Federal (PF), em atuação conjunta com a Marinha do Brasil (MB), que interceptou, na noite do dia 14 de fevereiro, uma embarcação carregada com 2.216,5 kg de cocaína em águas jurisdicionais brasileiras, a 270 quilômetros da costa do Estado de Pernambuco, confirmou a existência de mais uma rota de tráfico internacional de drogas partindo do Brasil.

A ação foi coordenada com agentes de Portugal, dos Estados Unidos e do Reino Unido, que repassaram dados de inteligência às autoridades brasileiras.

Um navio-patrulha oceânico foi utilizado para interceptar a embarcação. Policiais federais participaram da operação e deram voz de prisão aos cinco tripulantes do veleiro, todos brasileiros.

Investigação

A MAOC havia apurado que um veleiro iria transportar a cocaína do Nordeste brasileiro para a Europa. A partir dessa informação, agentes brasileiros realizaram dois dias de buscas no mar, desde o Rio Grande do Norte até Pernambuco.

A operação foi iniciada depois de troca de informações entre autoridades brasileiras e agências internacionais, que identificaram que um veleiro catamarã teria partido do Brasil, com destino à Europa, transportando uma grande quantidade de cocaína.

Como os policiais federais não tinham detalhes do veleiro. O serviço de inteligência da PF passou a monitorar todas as embarcações com capacidade transoceânica, com condições de cruzar o Atlântico.

Abordagem

O Grupo de Pronta Intervenção – GPI, da Polícia Federal solicitou o apoio da Marinha, e com o emprego do Navio-Patrulha Oceânico Araguari, realizou a interceptação e apreensão do veleiro Guruçá Cat a cerca de 270 km da costa de Pernambuco.

Na embarcação estavam cinco homens, todos brasileiros, que foram presos e autuados em flagrante por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico.

A utilização pela Marinha do Brasil de um Navio-Patrulha Oceânico (NPaOc) para ação conjunta com a Polícia Federal na interceptação de embarcações utilizadas para o narcotráfico foi inédita.

A ação reforça diretrizes dos órgãos responsáveis pelo combate a crimes transnacionais no País quanto á mútua cooperação e troca de informações com outras instituições internacionais, visando á identificação de grandes organizações criminosas que atuam no Brasil.

A embarcação foi escoltada pela PF e pela MB até o Porto do Recife, aonde chegou na manhã do dia 16.

Os cinco homens presos foram encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal (PF) no Cais do Apolo, região central da capital.

Rota do Veleiro

Segundo o delegado da Polícia Federal, Elvis Secco, os peritos da PF vão analisar analisam o GPS da embarcação  Guruçá Cat para saber a rota do veleiro. 

Investigações preliminares apontam que a embarcação ficou dois dias em Sirinhaém, a 76 km da capital do estado, Recife, antes de seguir para rota no oceano atlântico que levaria a Europa.

Cooperação Internacional

A ação contou com a coordenação do Centro de Análise e Operações Marítimas – Narcótico (MAOC – N), sediado em Lisboa/Portugal, da Drug Enforcement Administration (DEA/EUA) e da National Crime Agency (NCA/Reino Unido).

A operação foi decorrente da troca de informações entre as agências, com a identificação do transporte de grande quantidade de cocaína em um veleiro catamarã que teria partido do Brasil com destino a Europa.

Segundo a MAOC - criada em 2007 em iniciativa conjunta da França, Irlanda, Itália, Espanha, Holanda, Portugal e Reino Unido - em 12 anos de atuação, 179 embarcações foram interceptadas.

Cerca de 190 toneladas de cocaína apreendidas na Europa, em águas do Atlântico e do Mediterrâneo, com a ajuda de policiais de sete países da Europa, entre os anos de 2007 e 2019, são provenientes da América do Sul, sendo a maior parte do Brasil. Do total de embarcações abordadas (125), a maior parte era de veleiros semelhantes ao Guruçá Cat.

Chegada do veleiro no Porto do Recife ( Foto: O Documento)

Para as autoridades europeias, o PCC (Primeiro Comando da Capital) é um dos principais fornecedores de cocaína para o Velho Continente. Até meados de 2020, a facção exportava ao menos uma tonelada da droga para mafiosos da Europa, na maioria das vezes via Porto de Santos.

K-9

O trabalho dos cães do K9 e do Núcleo Especial de Polícia Marítima (NEPOM) da Polícia Federal em Pernambuco foram fundamentais pra o trabalho de recepção, escolta e buscas no veleiro.

Mesmo após a retirada da droga, os cães BRITTA e FALCON fizeram uma varredura encontrando mais 2 pacotes em um fundo falso no interior da embarcação.

A embarcação foi encaminhada para o Cabanga Iate Clube, que fica próximo ao Porto do Recife. Os cinco tripulantes brasileiros presos foram conduzidos para a Superintendência da Polícia Federal no Estado de Pernambuco.

 

 

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