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quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

GUARDA PORTUÁRIA PRENDE FORAGIDO DA JUSTIÇA NO PORTO DO RIO

 

A prisão foi possível graças a troca de informações entre a Polícia Civil e a Guarda Portuária, ambas integrantes do SUSP - Sistema Único de Segurança Pública

Na noite do dia 29 de dezembro, integrantes da Guarda Portuária do Porto do Rio de Janeiro prenderam mais um foragido da justiça.

Roberto Pereira Moizinho, conhecido como “Beto Cabeça”, foi preso quando iria acessar um navio atracado naquele porto, escalado pelo OGMO - Órgão Gestor de Mão de Obra do Trabalho Portuário dos Portos Organizados do Rio de Janeiro, Itaguaí, Forno e Niterói, que ele passou a integrar em outubro de 2019.

Após a prisão na área portuária, em virtude da periculosidade do preso, a Polícia Civil foi acionada para, em conjunto com a Guarda Portuária, acompanhar no trajeto entre o porto e a Delegacia de Roubos e Furtos da Polícia Civil (DRF-PC). Posteriormente ele foi levado para o sistema prisional no Complexo de Gericinó, em Bangu, onde cumprirá a sua pena.

Segundo os policiais, foragido há três anos, “Beto Cabeça” faz parte da quadrilha do traficante Evanilson Marques da Silva, o Dão da Providência. Ele é apontado como articulador entre o tráfico de drogas e um grupo de assaltantes de joalherias que atuam naquela região.

Ainda segundo a polícia, ele comanda crimes como as famosas ‘saidinha de banco’, quando criminosos abordam clientes nas portas das agências bancárias.

Serviço de inteligência

As investigações da polícia Civil duraram cerca de três meses, até que os agentes conseguissem, com o apoio da guarda Portuária, a localização do criminoso.

A prisão foi possível graças a troca de informações entre a Polícia Civil e a Guarda Portuária, ambas integrantes do SUSP - Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), implantado pela Lei nº 13.675, sancionada em 11 de junho de 2018, que prevê, além do compartilhamento de dados, operações e colaborações nas estruturas federal, estadual e municipal.

Outras prisões

Essa não foi a primeira vez, o trabalho conjunto já possibilitou a prisão de outros foragidos da justiça.

Em 04 de dezembro de 2019, depois de troca de informações dos setores de inteligência das duas autoridades, equipes da Polícia Civil e da Guarda Portuária se dirigiram até ao bairro do Santo Cristo, onde capturaram Michael Linhares Rodrigues da Silva, em cumprimento a um mandado de prisão por roubo.

No ano passado, em 9 de setembro, os guardas portuários cumpriram mais um mandado de prisão. Desta vez os agentes prenderam Carlos Alberto de Menezes. A prisão ocorreu após o serviço de inteligência levantar que ele estaria escalado pelo OGMO para trabalhar a bordo do navio Norsul, atracado no terminal da Multirio.

Após ser detido ele foi encaminhado, junto com viaturas da Polícia Civil, ao 76º Distrito Policial, onde foi apresentado à autoridade de plantão e posteriormente foi encaminhado ao sistema prisional.

Em 19 de novembro, a Guarda Portuária também prendeu, no Porto do Caju, área do Porto do Rio de Janeiro, José Welington Florenço da Costa, conhecido como “Toinho da Providência”. Condenado por latrocínio ocorrido em 2009 quando matou um policial militar durante um roubo a lotérica. Ele estava evadido do sistema prisional desde o início daquele ano.

Com uma lista extensa de anotações criminais, com passagens por roubos a banco na década de 80, ainda possui anotações por homicídio e latrocínio. Após ser preso, ele foi conduzido ao 26º Distrito Policial, e posteriormente reconduzido ao sistema prisional.

ISPS Code

A localização dos foragidos e procurados pela justiça é possível em virtude do Código Internacional para a Proteção de Navios e Instalações Portuárias (ISPS Code – International Ship & Port Facility Security Code), ou simplesmente Código ISPS, implantado no Porto do Rio de Janeiro, que possibilita o controle de acesso de todos que acessam à área interna do porto.


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