A
prisão foi possível graças a troca de informações entre a Polícia Civil e a
Guarda Portuária, ambas integrantes do SUSP - Sistema Único de Segurança
Pública
Na
noite do dia 29 de dezembro, integrantes da Guarda Portuária do Porto do Rio de
Janeiro prenderam mais um foragido da justiça.
Roberto
Pereira Moizinho, conhecido como “Beto Cabeça”, foi preso quando iria acessar
um navio atracado naquele porto, escalado pelo OGMO - Órgão Gestor de Mão de
Obra do Trabalho Portuário dos Portos Organizados do Rio de Janeiro, Itaguaí,
Forno e Niterói, que ele passou a integrar em outubro de 2019.
Após
a prisão na área portuária, em virtude da periculosidade do preso, a Polícia
Civil foi acionada para, em conjunto com a Guarda Portuária, acompanhar no trajeto entre o porto e a Delegacia
de Roubos e Furtos da Polícia Civil (DRF-PC). Posteriormente ele foi levado
para o sistema prisional no Complexo de Gericinó, em Bangu, onde cumprirá a sua
pena.
Segundo
os policiais, foragido há três anos, “Beto Cabeça” faz parte da quadrilha do
traficante Evanilson Marques da Silva, o Dão da Providência. Ele é apontado
como articulador entre o tráfico de drogas e um grupo de assaltantes de
joalherias que atuam naquela região.
Ainda
segundo a polícia, ele comanda crimes como as famosas ‘saidinha de banco’,
quando criminosos abordam clientes nas portas das agências bancárias.
Serviço de inteligência
As
investigações da polícia Civil duraram cerca de três meses, até que os agentes
conseguissem, com o apoio da guarda Portuária, a localização do criminoso.
A
prisão foi possível graças a troca de informações entre a Polícia Civil e a
Guarda Portuária, ambas integrantes do SUSP - Sistema Único de Segurança
Pública (SUSP), implantado pela Lei nº 13.675, sancionada em 11 de junho de
2018, que prevê, além do compartilhamento de dados, operações e colaborações
nas estruturas federal, estadual e municipal.
Outras prisões
Essa não foi a primeira vez, o trabalho conjunto já possibilitou a prisão de outros foragidos da justiça.
Em
04 de dezembro de 2019, depois de troca de informações dos setores de
inteligência das duas autoridades, equipes da Polícia Civil e da Guarda
Portuária se dirigiram até ao bairro do Santo Cristo, onde capturaram Michael
Linhares Rodrigues da Silva, em cumprimento a um mandado de prisão por roubo.
No ano passado, em 9 de setembro, os guardas portuários cumpriram mais um mandado
de prisão. Desta vez os agentes prenderam Carlos Alberto de Menezes. A prisão
ocorreu após o serviço de inteligência levantar que ele estaria escalado pelo
OGMO para trabalhar a bordo do navio Norsul, atracado no terminal da Multirio.
Após
ser detido ele foi encaminhado, junto com viaturas da Polícia Civil, ao 76º
Distrito Policial, onde foi apresentado à autoridade de plantão e
posteriormente foi encaminhado ao sistema prisional.
Em 19 de novembro, a Guarda Portuária também prendeu, no Porto do Caju, área do Porto do Rio de Janeiro, José Welington Florenço da Costa, conhecido como “Toinho da Providência”. Condenado por latrocínio ocorrido em 2009 quando matou um policial militar durante um roubo a lotérica. Ele estava evadido do sistema prisional desde o início daquele ano.
Com uma lista extensa de anotações criminais, com passagens por roubos a banco na década de 80, ainda possui anotações por homicídio e latrocínio. Após ser preso, ele foi conduzido ao 26º Distrito Policial, e posteriormente reconduzido ao sistema prisional.
ISPS Code
A
localização dos foragidos e procurados pela justiça é possível em virtude do Código
Internacional para a Proteção de Navios e Instalações Portuárias (ISPS Code –
International Ship & Port Facility Security Code), ou simplesmente Código
ISPS, implantado no Porto do Rio de Janeiro, que possibilita o controle de
acesso de todos que acessam à área interna do porto.
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