Além de
cumprir o período de reclusão, condenados deverão pagar multa e perderão bens.
Mais
cinco pessoas foram condenadas por tráfico internacional de drogas e associação
para o tráfico em processo da Operação Alba Vírus, que descobriu um esquema de
envio de cocaína à Europa pelo Porto de Santos, no litoral de São Paulo, e por
outros complexos brasileiros. Com exceção de um dos réus, todos cumprirão as
penas em regime inicial fechado.
A
sentença é do juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal de
Santos. Os condenados neste processo foram Janone
Prado, que atua na logística da droga, segundo o Ministério Público
Federal; Damaris de Almeida dos Santos
Andrade, que realizou depósitos milionários para os outros envolvidos e Wanderley Almeida Conceição, que atua
na logística e distribuição de droga.
Além
dos três, outros dois foram identificados nesta etapa da operação e também
foram condenados: Rodrigo Alves dos
Santos e Mário Márcio da Silva,
policial militar reformado, flagrado com 900 kg de cocaína e mais de R$ 1 milhão em 2019 e apontado como responsável por esconder a droga em contêineres
e ajudar na logística do tráfico.
Além
de cumprir o período de reclusão, eles deverão pagar multa e perderão bens. Com
exceção de Wanderley, todos cumprirão as penas em regime inicial fechado. Em setembro, outros cinco réus já haviam sido condenados pela mesma operação, com
penas que variavam de 9 a 17 anos de prisão.
Operação Alba Vírus
A
operação foi deflagrada em agosto de 2019, contra o uso de portos brasileiros
para o tráfico internacional de drogas em navios cargueiros. Durante a ação, comandada
pelas delegacias da PF em Itajaí (SC) e Santos, no litoral paulista, 12 pessoas
foram presas e foram apreendidos US$ 7,2 milhões e R$ 1,6 milhão em espécie.
Mandados
foram cumpridos nos estados de São Paulo (São Paulo, Santos e Guarujá), Santa
Catarina (Itajaí e Balneário Camboriú), Mato Grosso do Sul (Campo Grande) e
Bahia (Salvador). A 5ª Vara Federal de Santos também determinou o bloqueio de
mais de R$ 23 milhões em imóveis como casas, apartamentos e uma fazenda.
Segundo
as investigações apontaram naquela época, as organizações criminosas inseriam
cocaína em contêineres embarcados nos portos das duas cidades, além do terminal
de Paranaguá (PR), utilizando empresas de fachada com atuação na logística
portuária. Em geral, a droga era escondida sem que os verdadeiros donos das
cargas soubessem, e eram enviadas para diferentes partes do mundo.
Os
policiais federais conseguiram apreender 21 celulares. Nos aparelhos,
encontraram gravações de operações clandestinas para envio de cocaína ao
exterior através da ocultação da droga em cargas. Os vídeos serviam como um
comprovante do serviço de venda e transporte da droga aos recebedores na
Europa, disse a Polícia.
As
investigações conseguiram apontar sete ações de tráfico internacional, sendo
que em apenas uma delas os entorpecentes foram apreendidos. Nas demais ações,
os entorpecentes foram identificados a partir da análise das provas reunidas no
curso da investigação.
O
grupo utilizou empresas de transporte, aluguel de galpões, compra de
equipamentos náuticos, bolsas impermeáveis, sinalizadores, balões de gás,
boias, máquinas de embalar a vácuo e outros equipamentos.
Com a decisão, apenas duas sentenças estão pendentes, uma envolve um suspeito foragido e a outra é sobre o caso de Eduardo Oliveira Cardoso, preso na Espanha. Até a última atualização desta matéria, o G1 não havia conseguido entrar em contato com as defesas dos réus.
Fonte: G1 Santos e Região
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