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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

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JUSTIÇA CONDENA MAIS CINCO POR TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS EM PROCESSO DA OPERAÇÃO ALBA VÍRUS

 


Além de cumprir o período de reclusão, condenados deverão pagar multa e perderão bens.

Mais cinco pessoas foram condenadas por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico em processo da Operação Alba Vírus, que descobriu um esquema de envio de cocaína à Europa pelo Porto de Santos, no litoral de São Paulo, e por outros complexos brasileiros. Com exceção de um dos réus, todos cumprirão as penas em regime inicial fechado.

A sentença é do juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal de Santos. Os condenados neste processo foram Janone Prado, que atua na logística da droga, segundo o Ministério Público Federal; Damaris de Almeida dos Santos Andrade, que realizou depósitos milionários para os outros envolvidos e Wanderley Almeida Conceição, que atua na logística e distribuição de droga.

Além dos três, outros dois foram identificados nesta etapa da operação e também foram condenados: Rodrigo Alves dos Santos e Mário Márcio da Silva, policial militar reformado, flagrado com 900 kg de cocaína e mais de R$ 1 milhão em 2019 e apontado como responsável por esconder a droga em contêineres e ajudar na logística do tráfico.

Além de cumprir o período de reclusão, eles deverão pagar multa e perderão bens. Com exceção de Wanderley, todos cumprirão as penas em regime inicial fechado. Em setembro, outros cinco réus já haviam sido condenados pela mesma operação, com penas que variavam de 9 a 17 anos de prisão.

Operação Alba Vírus

A operação foi deflagrada em agosto de 2019, contra o uso de portos brasileiros para o tráfico internacional de drogas em navios cargueiros. Durante a ação, comandada pelas delegacias da PF em Itajaí (SC) e Santos, no litoral paulista, 12 pessoas foram presas e foram apreendidos US$ 7,2 milhões e R$ 1,6 milhão em espécie.

Mandados foram cumpridos nos estados de São Paulo (São Paulo, Santos e Guarujá), Santa Catarina (Itajaí e Balneário Camboriú), Mato Grosso do Sul (Campo Grande) e Bahia (Salvador). A 5ª Vara Federal de Santos também determinou o bloqueio de mais de R$ 23 milhões em imóveis como casas, apartamentos e uma fazenda.

Segundo as investigações apontaram naquela época, as organizações criminosas inseriam cocaína em contêineres embarcados nos portos das duas cidades, além do terminal de Paranaguá (PR), utilizando empresas de fachada com atuação na logística portuária. Em geral, a droga era escondida sem que os verdadeiros donos das cargas soubessem, e eram enviadas para diferentes partes do mundo.

Os policiais federais conseguiram apreender 21 celulares. Nos aparelhos, encontraram gravações de operações clandestinas para envio de cocaína ao exterior através da ocultação da droga em cargas. Os vídeos serviam como um comprovante do serviço de venda e transporte da droga aos recebedores na Europa, disse a Polícia.

As investigações conseguiram apontar sete ações de tráfico internacional, sendo que em apenas uma delas os entorpecentes foram apreendidos. Nas demais ações, os entorpecentes foram identificados a partir da análise das provas reunidas no curso da investigação.

O grupo utilizou empresas de transporte, aluguel de galpões, compra de equipamentos náuticos, bolsas impermeáveis, sinalizadores, balões de gás, boias, máquinas de embalar a vácuo e outros equipamentos.

Com a decisão, apenas duas sentenças estão pendentes, uma envolve um suspeito foragido e a outra é sobre o caso de Eduardo Oliveira Cardoso, preso na Espanha. Até a última atualização desta matéria, o G1 não havia conseguido entrar em contato com as defesas dos réus.

Fonte: G1 Santos e Região


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