Ele era
procurado por tráfico internacional de drogas e homicídio, entre outros crimes.
Uma
equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu, no dia 21 de julho, o
croata Luka Maric, 28 anos, procurado pela Interpol (International Criminal
Police Organization). Ele era é procurado por diversos crimes, como tráfico
internacional de drogas e homicídio.
A
prisão ocorreu na praça de pedágio do km 426 da Rodovia BR 116, na altura da
cidade Juquiá, no interior de São Paulo, durante a “Operação Tamoio III”.
Abordagem
Na
praça de pedágio os policiais abordaram um veículo da marca Nissan, modelo
Versa, de cor prata, com placas de Guarujá (SP). Ao procederem a revista foram
encontradas duas mochilas. Dentro de uma delas, a do croata, havia um
compartimento secreto com R$ 9.420,00 em espécie.
O motorista alegou que foi contratado pelo irmão para transportar Luka Maric de Balneário Camboriú (SC), para a cidade de Santos (SP).
Ao
efetuarem consulta a Central, os policiais foram informados que Luka era
natural da Croácia e estava sendo procurado pela Interpol, sendo suspeito por
vários crimes, dentre eles, tráfico internacional de drogas e homicídio, além
de integrar uma organização criminosa internacional, recebendo então de
imediato a voz de prisão.
Ele
foi encaminhado para o Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) da
Polícia Civil, em Curitiba, no Paraná.
Organização Criminosa
O
croata é acusado de gerenciar uma organização criminosa, cujo líder seria o
brasileiro Hernandes Oliveira da Silva, conhecido como “Mike” ou “Baixinho”, que
está foragido. Ele e o croata Luka Maric possuem mandado de prisão preventiva e
são procurados internacionalmente.
Assassinato de ex-policial
Maric
e “Mike” são acusados pelo assassinato do ex-policial civil Samir Skandar e do seu
funcionário, o porteiro Avalri de Paula, ocorrido no dia 9 de novembro do ano
passado, em um barracão, na Linha Verde, no Bairro Alto, em Curitiba (PR).
Eles
também são investigados pela morte do sérvio Marjan Jocic, que fazia parte da mesma
organização criminosa. Seu corpo foi encontrado no dia 4 de maio deste ano, em
um lago em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba. Um terceiro
suspeito pelos crimes foi preso no dia 14 em Balneário Camboriú, no litoral de
Santa Catarina.
As
investigações apontam que o Marjan teria envolvimento no duplo assassinato, a
mando de Mike e Maric. Ele e um amigo esloveno, que está desaparecido, se
mudaram de Camboriú para Curitiba dias antes da morte de Samir. As autoridades
acreditam que Marjan assumiu o lugar do Samir na organização sendo o
responsável pela remessa de 240 quilos de cocaína.
Esta
droga, vinda da Bolívia e de altíssima qualidade, inserida em uma carga de
sulfeto metálico no Porto de Paranaguá (PR), com destino ao Porto da Antuérpia,
na Bélgica, foi interceptada pela polícia.
Outros
dois homens suspeitos de envolvimento no assassinato de Jocic, foram presos
temporariamente dias após o fato. Por decisão da justiça, foram soltos no
início de junho deste ano e irão responder pelo crime em liberdade. As
investigações apontam que eles fazem parte do grupo criminoso comandado por
“Mike”.
Motivo do crime
O
crime ocorreu após 1.420 kg de cocaína, com destino a Lisboa, em Portugal ser
interceptado no aeroporto de Curitiba deixando os chefões irritados, fazendo
com que começasse a caçar quem poderia ter entregado o esquema. Foi então que
descobriram que Samir foi policial e nunca havia contado para a organização,
acabando morto.
As
investigações apontaram que Samir não tinha a intenção de mandar a cocaína,
como queria a organização “Ele planejava aplicar um golpe no grupo ficando com os
valores", afirmou a delegada Tathiana Guzella, da Polícia Civil do Paraná
(PCPR).
Prisão e soltura de “Mike”
“Mike”
chegou a ser preso em Camboriú (SC) por dois mandados. Um pela morte de Samir e
Alvari, em Curitiba, e outro por uma tentativa de feminicídio contra a própria
esposa. Ele conseguiu a revogação do mandado deste crime, mas havia o duplo
homicídio, no entanto, foi colocado em liberdade por um erro do sistema
penitenciário catarinense.
No
momento da prisão ele admitiu ser integrante do grupo e de ter entregado em um
hotel na Avenida Paulista, em São Paulo, dois pacotes com drogas e dinheiro
para que o piloto que iria comandar um jato G550, de grande autonomia de voo,
de Curitiba até a Bélgica, carregado de droga.
"Um
dos pacotes tinha quatro pacotes de cocaína, avaliada em 90 mil dólares. O
outro tinha R$ 150 mil em dinheiro. Era o pagamento ao piloto. Este jato foi
locado por R$ 1,3 milhão. Mas a ideia da quadrilha era experimentar o avião
para comprar ou um novo por R$ 65 milhões, ou um usado por R$ 35 milhões. Mas
esta remessa não aconteceu porque a droga foi interceptada pela polícia".
Portos e aeroportos
Segundo
a delegada Tathiana Guzella, da Polícia Civil do Paraná (PCPR) os dois fazem
parte de uma organização criminosa de tráfico internacional que traz a droga da
Bolívia, passando pelo Paraná e seguindo para a Europa, tendo todas as
vertentes de uma trama com policiais infiltrados.
“O
esquema é muito complexo, com muito dinheiro, muita tecnologia envolvida. Ele
estava sendo investigado por outros crimes, por outros órgãos da polícia e hoje
conseguimos uma vitória com a retirada dessa pessoa da comunidade”, disse a
delegada.
As autoridades acreditam que essa célula criminosa pode estar envolvida no envio de cocaína para o exterior através dos portos de Paranaguá, Santos, além de portos do estado de Santa Catarina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários publicados não representam a opinião do Portal Segurança Portuária Em Foco. A responsabilidade é do autor da mensagem. Não serão aceitos comentários anônimos. Caso não tenha conta no Google, entre como anônimo mas se identique no final do seu comentário e insira o seu e-mail.