Além
disso, a empresa decidiu, de forma unilateral, mudar a escala de trabalho para
o turno de 6 horas.
Nesse
dia 1 de maio, quando todos deveriam comemorar o “Dia do Trabalho”, os guardas
portuários de Vitória, no Espírito Santo, tiveram todos os seus benefícios,
conquistados com a luta de muitos anos, retirados.
A
Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), que administra os portos de Vitória
e Capuaba, vinha mantendo conversação com o sindicato referente, ainda, a data
base do ano passado, onde havia proposto
manter as cláusulas atuais e dar um aumento, corrigindo no entanto, o
porcentual do plano de saúde e com o pagamento retroativo apenas desde janeiro,
o que havia sido aceito pela categoria. Depois de tudo acordado, a empresa quis
incluir também a alteração da escala de trabalho.
Segundo
alguns guardas, durante a semana o presidente da empresa, Júlio Castiglioni, se
dirigiu aos postos de trabalho, e pressionando os guardas disse que se não
aceitassem o novo acordo, com a nova escala, ele iria suspender o plano de
saúde, dizendo ainda: ”Imagine você e sua família nessa pandemia do Covid-19
sem plano de saúde, Imagine vocês terem que ir para o Sistema Único de Saúde
(SUS)”.
A
Diretoria Executiva (DIREXE), em reunião realizada ontem, decidiu manter o
plano de saúde, mas cumprir apenas a legislação trabalhista, em relação a
direitos e obrigações. Além disso, a empresa decidiu, de forma unilateral,
mudar a escala de trabalho para o turno de 6 horas, a partir das 07:00 horas do dia 04 de maio.
Incrédulos
e revoltados com tamanha falta de humanismo, os guardas portuários se reuniram
ontem, na frente da portaria do Porto de Capuaba, em Vila Velha – ES, e decidiram
não aceitar a proposta da empresa, levando a discussão para dissídio. Em seguida
seguiram em carreta até a sede da empresa onde realizaram uma manifestação.
Nova assembleia será marcada para decidir pela paralização da categoria.
Os
inspetores, Anacleto e Robson, por não concordarem com a proposta da empresa,
foram descomissionados dos seus cargos. Em solidariedade, os inspetores Gonçalves,
Carvalho, João Henrique, Fontes, Lopes e Silvio entregaram os seus cargos.
Em
homenagem a data de hoje, a Codesa publicou nas suas redes sociais uma foto
onde aparecem, entre outros trabalhadores, guardas portuários.
Vários
guardas não se intimidaram e aproveitaram aquele espaço para mostrar todo o seu
desapontamento e indignação com a atitude da empresa, que mesmo na atual
conjuntura, quando o país e o mundo estão passando por essa pandemia do
coronavírus, a empresa não teve nenhuma consideração com os seus trabalhadores.
Depois
de uma enxurrada de comentários criticando a atitude da empresa, a Codesa
resolveu fechar as suas redes sociais.
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Um comandante independente,militar de patente e vivências elevadas não estaria submisso nem submisso à direção.
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