Segundo
a polícia, eles pertencem ao grupo mafioso Ndrangheta, da região da Calábria,
no Sul da Itália.
Os
italianos Nicola Assisi e Patrick Assisi, pai e filho, foram condenados à
prisão pela apreensão em flagrante de armas, drogas e dinheiro em Praia Grande,
no litoral de São Paulo. Eles foram detidos em julho de 2019, em cumprimento a
mandado de prisão expedido após investigações internacionais apontarem os dois
como integrantes de um grupo que controla 40% dos envios globais de cocaína. O
filho deve ser extraditado para a Itália, de acordo com decisão do Supremo
Tribunal Federal.
Pai e filho foram localizados em um apartamento em Praia Grande. Ambos haviam sido
condenados na Itália por tráfico internacional de drogas, por serem
identificados como membros de uma organização criminosa italiana.
Eles
foram condenados pela Justiça brasileira pelos crimes de posse de documentos
falsos, posse ilegal de armas, associação e tráfico de drogas. Na residência,
foram encontrados, em espécie, € 6,1 mil, US$ 24,4 mil e R$ 770,7 mil, além de
diversas cédulas rasgadas pela metade, três armas, 28 celulares, notebooks, radiocomunicadores
e dois carros.
Além
disso, um bloqueador de celular com cinco antenas também foi encontrado no
apartamento, assim com um aparelho telefônico por satélite, rastreadores GPS
portáteis e documentos falsos com a foto de Nicola.
A
decisão pela condenação em primeira instância foi da juíza federal Anita
Villani, da Justiça Federal de São Vicente, publicada no fim de abril. Para
Patrick, foi fixada a pena de 14 anos e 7 meses de prisão e mais dois anos de
detenção; para Nicola, 16 anos e 11 meses de prisão. Ambas as penas devem ser
cumpridas em regime inicial fechado. Cabe recurso.
Os
dois estão detidos no Presídio Federal em Brasília, após terem tido a prisão
temporária convertida em preventiva durante uma audiência de custódia em julho
do ano passado.
Extradição
Pai
e filho também respondem a pedido de prisão preventiva e extradição para fins
de execução de pena imposta pela justiça italiana, após investigação
internacional indicar ligação deles com o narcotráfico. A extradição já foi indicada pelo STF. Antes de decidir, a juíza determinou que as partes se
manifestem.
Anita
Villani deu prazo de cinco dias para manifestação das partes sobre a liberação
antecipada de Patrick, o filho, às autoridades italianas, após consulta ao
Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Procurada
pelo G1, a defesa dos dois afirma que irá se manifestar a favor que Patrick
cumpra a pena no Brasil e, após isso, seja extraditado para a Itália, se o STF
assim determinar.
Investigação
Segundo
a polícia, Nicola Assisi e Patrick Assisi pertencem ao grupo mafioso
Ndrangheta, da região da Calábria, no Sul da Itália. A organização é apontada
como responsável por controlar aproximadamente 40% dos envios globais de
cocaína à Europa, principal mercado consumidor. Eles atuavam em parceria com uma
facção criminosa brasileira.
Pai
e filho estavam em uma cobertura de luxo na orla do bairro Aviação, em Praia
Grande. Policiais do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) cercaram a região. No
apartamento, além dos ilícitos, havia um compartimento secreto localizado no
fundo falso de uma parede. O local poderia também ser utilizado como rota de
fuga.
Todo
o material foi apreendido e levado junto com os presos a Santos, para a
delegacia regional da Polícia Federal. Ainda de acordo com a polícia italiana,
Nicola estava prestes a se aposentar do crime para aproveitar a vida em algum
lugar no Brasil, onde ambos eram procurados desde 2014. A Interpol também
estava atrás deles desde a ocasião. A suspeita é que pai e filho tenham viajado
utilizando documentos falsos pela América Latina nos últimos anos.
No
local, de acordo com os laudos periciais, os dois montaram um grande esquema de
segurança, com câmeras de longo alcance na fachada do edifício para monitorar a
região e identificar aproximações policiais. As portas eram reforçadas, havia
paredes falsas e a comunicação com os funcionários do prédio era feita por
rádio comunicador, ao invés de utilizarem o interfone.
Fonte:
G1 Santos e Região
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