Canal
de Contunduba foi varrido pela Guarda Portuária antes da entrada do navio
mercante Rio Barrow.
Após
diversos testes diurnos, foram iniciadas nesta segunda-feira (20) as manobras
experimentais noturnas de entrada e saída de navios conteineiros pelo Canal de
Cotunduba, principal acesso aquaviário ao Porto do Rio de Janeiro.
O
“ramp up”, que é o processo de transição para receber navios de maior porte de
forma progressiva, prosseguirá até a conclusão de quatro manobras, sendo duas
de entrada e duas de saída, o que deverá ocorrer até a 1ª quinzena de maio. A
previsão é de que o canal esteja operacional para navegação noturna com segurança
ainda neste semestre.
Segundo
o Diretor-Presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), Francisco
Antonio de Magalhães Laranjeira, com uma navegação segura no período noturno,
serão viabilizadas as operações de carga e descarga durante a noite, o que vai
proporcionar maior competitividade para os terminais do Porto: “Estimamos uma
redução do tempo de espera em aproximadamente 8 horas para cerca de 50% das
escalas do Porto do Rio de Janeiro, o que representará uma diminuição do Custo
Brasil, dada a otimização do carregamento dos navios, com uma menor estadia e a
maximização das janelas de entrada e saída”.
Dada
a importância das manobras noturnas para a maior eficiência do Porto do Rio de
Janeiro, para a intensificação da segurança do tráfego aquaviário na Baía de
Guanabara e para alavancar a economia do Estado, prestigiaram pessoalmente a
primeira etapa do “ramp up” diversas autoridades marítimas do Rio de Janeiro,
dentre elas, o Comandante do 1º Distrito Naval (Com1ºDN), Vice-Almirante Arthur
Fernando Bettega Corrêa, e o Capitão dos Portos do Rio de Janeiro, Capitão de
Mar e Guerra Ricardo Jaques Ferreira.
Por
parte da CDRJ, o “ramp up” mobilizou equipes da Superintendência de Gestão
Portuária do Rio de Janeiro e Niterói, bem como da Superintendência da Guarda
Portuária. Também participaram do processo militares da Capitania dos Portos do
Rio de Janeiro (CPRJ) e profissionais da Praticagem e dos terminais arrendados,
cuja colaboração foi fundamental para assegurar que o Canal de Contunduba fosse
varrido pela Guarda Portuária antes da entrada do navio mercante Rio Barrow,
estando assim, livre de quaisquer embarcações que pudessem pôr em risco a
navegação em águas restritas, como é o caso do principal canal de acesso ao
Porto.
Os
testes estão sendo possíveis porque o Canal de Cotunbuba, também conhecido como
“Canal Varrido”, recebeu recentemente, com o concurso da empresa capixaba UMI
SAN, uma moderna sinalização náutica, com três novas boias articuladas
semissubmersíveis (BAS) dotadas da tecnologia de transceptores com AIS AtoN,
que promovem maior precisão na delimitação do canal, a fim de reduzir o risco
de acidentes.
Imagem
do Canal de Cotunduba pelo Sistema de Tráfego Aquaviário durante as manobras |
Essa melhoria no balizamento foi possibilitada por uma parceria da CDRJ com as empresas arrendatárias ICTSI Rio, MultiRio e Triunfo Logística, que operam terminais no Porto do Rio de Janeiro.
Todo o projeto foi desenvolvido por um Grupo de Trabalho (GT) liderado pela Autoridade Portuária, por meio do Gestor de VTMIS (Sistema de Gerenciamento e Informação do Tráfego de Embarcações), Marcelo Villas-Bôas, e que conta com a participação de representantes das empresas arrendatárias, da Marinha do Brasil (MB) e da Praticagem, além de consultoria da empresa Precursore, que elaborou o projeto de sinalização náutica para esse canal de acesso.
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