Os
trabalhadores estão isolados num hotel em Vitória, no Espírito Santo.
Navio-plataforma
de petróleo FPSO Capixaba, opera entre o Sul do Espírito Santo e a região Norte do Rio de
Janeiro registrou dezenas de casos do novo coronavírus (Covid-19) entre os trabalhadores
que estavam a bordo. A unidade está instalada na Bacia de Campos.
A
Petrobrás informou na quinta-feira (09), à Secretaria de Estado da Saúde do
Espírito Santo (Sesa) que 53 trabalhadores foram infectados com o novo coronavírus (Covid-19).
Isolamento
Dos
trabalhadores infectados, segundo a Sesa, 29 desembarcaram em Anchieta, no Sul
do ES, e foram trazidos para um hotel da Grande Vitória, onde estão em
isolamento. Os pacientes estão sendo monitorados por uma equipe da empresa SBM
Offshore.
Os
demais tripulantes da plataforma, cerca de mais 50 pessoas, também foram
transferidos para o mesmo hotel, onde cumprirão um período de isolamento.
"O serviço de saúde que realizou os testes ainda vai notificar os casos
para os estados de origem de cada paciente", disse a Sesa em nota.
A
vigilância municipal inspecionou o hotel onde os tripulantes foram hospedados.
No local não há outros hóspedes que não sejam os trabalhadores.
Segundo
a Sesa, os outros tripulantes com Covid-19 na plataforma serão transferidos
para o mesmo hotel, onde vão cumprir o período de isolamento.
Pelo
último dado divulgado pela Sesa, o Espírito Santo tem 300 casos do novo
coronavírus. Os casos registrados na plataforma ainda não entraram na conta
oficial do governo do Espírito Santo.
De
acordo com o subsecretário de Atenção à Saúde, Fabiano Ribeiro, essa
contabilização dos doentes por Covid-19 não aconteceu porque apenas os
trabalhadores do Espírito Santo serão notificados no estado.
“Nós
estamos levantando essa informação para que os casos que não são aqui do estado
não sejam contabilizados aqui. Isso é para a gente ter um número real de
quantos casos são do Espírito Santo”, enfatizou Ribeiro.
Isso
porque, de acordo com a Sesa, o serviço de saúde que fez o teste nos
trabalhadores ainda vai notificar a secretaria sobre a origem de cada paciente.
O
Laboratório Central vai receber apenas os laudos com a confirmação dos
pacientes capixabas, onde haverá a conferência da habilitação para realizar o
teste.
SBM Offshore
Em
nota, a SBM confirmou a contaminação na plataforma de um "número
significativo" de tripulantes em "um dos seus FPSOS no Brasil",
sigla para Unidade Flutuante de Produção, Armazenagem e Transferência (FPSO, na
sigla em inglês.
A
empresa SBM Offshore disse que os doentes estão recebendo atenção médica e são
monitorados. Os desembarcados também recebem atendimento médico em terra.
De
acordo com a SBM, as medidas preventivas como distanciamento social e reforço
nas regras de higiene estão sendo aplicadas para a população a bordo.
A
empresa disse ainda que está em contato com as autoridades brasileira e com a
Petrobras para gerenciar a situação.
Petrobrás
A
Petrobrás informou que a SBM é a operadora da plataforma e que nenhum dos
infectados é seu empregado. Em meados de março, a companhia anunciou uma série
de medidas de proteção que seriam tomadas para seus colaboradores, tanto contratados
como terceirizados.
Entre
outras medidas, a Petrobrás reduziu o número de trabalhadores nas plataformas
marítimas, alterou o horário dos turnos e passou a aferir a temperatura antes
dos embarques para as unidades. Todas as viagens para o exterior foram
suspensas e no Brasil apenas as muito essenciais estão sendo realizadas. A
companhia também adotou o trabalho remoto para todo o efetivo que não precisa
estar na operação.
"Reforçando
nosso compromisso com o cuidado e proteção dos nossos colaboradores, incluindo
seus familiares e pessoas próximas, a Petrobras não vai informar quando um
colaborador tiver confirmação ou complicações decorrentes da Covid-19",
disse a Petrobrás em nota ao Estadão/Broadcast. "A companhia entende que,
em linha com nosso valor e respeito às pessoas, a garantia da privacidade e do
sigilo médio se sobrepõe nessas situações", completou.
Abespetro
Em
meados de março, o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços
de Petróleo (Abespetro), Adyr Tourinho, já manifestava a preocupação com o
risco de contágio nas plataformas de petróleo offshore. Ele temia que a
disseminação da doença reduzisse a mão de obra disponível, o que poderia afetar
a produção de petróleo do País.
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