Guardas
portuários deverão utilizar máscaras de proteção respiratória em tempo
integral.
Desde
janeiro, a empresa Portos do Paraná, que administra os portos de Paranaguá e
Antonina, vem adotando medidas preventivas, principalmente de informação e
orientação em relação ao novo vírus. Cartazes em três idiomas (Português,
Inglês e Chinês) foram espalhados por todas as áreas do porto e compartilhados
com a comunidade pelas mídias digitais, com informações básicas de saúde e
higiene.
Os
portos de Paranaguá e Antonina também adotam, desde o início do ano, medidas de
limpeza e higienização dos acessos. Ficou estabelecido ainda um protocolo
diferenciado para embarcações e tripulantes.
Na
última quarta-feira (18), a empresa publicou a Ordem de Serviço 064/2020, com as
recomendações que seguem o decreto 4230, do Governo do Estado, e demais
orientações do Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Adotamos
ações importantes de enfrentamento dessa emergência de saúde pública, de
importância internacional, decorrente do novo coronavírus. Entendemos que a
prevenção, neste momento, principalmente com o distanciamento social, é
fundamental para este combate”, afirma o diretor-presidente da empresa pública,
Luiz Fernando Garcia.
Ele
acrescenta que as operações serão mantidas e não haverá alterações nas
atividades de embarque e desembarque de cargas. “Nestes casos, as equipes
envolvidas trabalharão em regime de escala, sem prejuízos à movimentação dos
produtos”, destaca. Tanto as operações no mar, quanto a descarga por caminhões,
seguem normalmente.
Funcionários
do setor administrativo, ou cujas atividades sejam possíveis de trabalho
remoto, terão a possibilidade de trabalhar em sistema de home office, seguindo
a determinação da diretoria executiva. Os serviços considerados essenciais
deverão manter quantitativo mínimo de servidores em sistema de rodízio, através
de escalas diferenciadas e adoção de horários alternativos, estabelecidos por
cada diretoria e comunicado ao diretor-presidente.
Foi
criado um comitê multissetorial que ficará responsável em acompanhar a evolução
da doença no País e no mundo. Formado por uma equipe representada por todas as
diretorias, o grupo também vai analisar e propor, permanentemente, novas
medidas de proteção que se façam necessárias nos portos do Paraná.
Trabalhadores
Todas
as viagens estão suspensas, assim como os eventos, treinamentos, reuniões
presenciais e simulados de emergência com mais de dez pessoas. Auditorias,
visitas técnicas e quaisquer outras visitas à faixa portuária e instalações de
empresas também estão suspensas.
Dentro
da viabilidade técnica e operacional de cada setor, os atendimentos presenciais
ficam interrompidos. Protocolos de documentos, cadastramento de empresas, funcionários
e serviços, assim como quaisquer outras consultas ligadas às atividades
portuárias, deverão ser feitas prioritariamente via e-mail e/ou telefone. Os
responsáveis pelas empresas devem comparecer nos setores somente quando
solicitados.
Viajantes
Os
colaboradores que retornaram de viagens ao Exterior, em férias ou a trabalho,
deverão atuar em trabalho remoto (conforme escala de trabalho), para
observação, por no mínimo 14 dias. O mesmo vale para colaboradores que convivem
diretamente, na mesma residência, com pessoas nessa situação.
Trabalhadores
da mesma equipe que tiveram contato com pessoas que se enquadram como caso
suspeito deverão ser direcionados para trabalho remoto até a apresentação de
atestado médico no prazo de 48 horas, via e-mail à Seção de Assistência Médica
e Social (Seames).
Acesso
O
controle de acesso biométrico as áreas alfandegadas estarão dispensados,
temporariamente, conforme autorização dos órgãos da Delegacia da Receita
Federal e Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos (Cesportos).
Permanece, porém, a obrigatoriedade da apresentação de crachá, validação no
sistema de controle de acesso e, ainda, documento de identidade pessoal válido
no território nacional para o controle de acesso físico, sujeito a conferência
pessoal pela Guarda Portuária, a qualquer momento.
A
Portos do Paraná também vai flexibilizar os horários de entrada e saída das
jornadas de trabalho, analisando a possibilidade de antecipar ou prorrogar
estes horários, com objetivo de evitar aglomerações de pessoas nos locais de
acesso às dependências do porto, ficando a critério de cada diretoria.
Todas
essas ações são recomendados às empresas terceirizadas, operadoras, prestadoras
de serviço e demais que atuam nos portos do Paraná.
Exceções
às determinações desta Ordem de Serviço são submetidas ao Comitê de
Contingências Covid-19 para avaliação. Dúvidas, consultas e contribuições devem
ser encaminhadas para a Ouvidoria nos seguintes canais: 0800 41 1133 e
ouvidoria.appa@appa.pr.gov.br.
Cuidados
A
empresa reforça as medidas importantes que os trabalhadores devem seguir para
prevenir qualquer a infecção: lavar as mãos da maneira correta e com
frequência; evitar tocar no nariz, olhos e boca; manter as janelas e portas dos
ambientes abertas para circulação de ar; e tomar os devidos cuidados para
evitar contágio em ambientes públicos.
Uma
das novas medidas é aplicada aos trabalhadores responsáveis pelo
credenciamento, scanner de bagagens, portaria e vigilância, incluindo os
integrantes da Guarda Portuária. Esses deverão utilizar máscaras de proteção
respiratória em tempo integral. Aos demais trabalhadores que acessam as áreas
alfandegadas o uso da máscara segue recomendado.
A
necessidade de higienização intensa das mãos, após contato, continua reforçada.
Por isso, a Portos do Paraná disponibiliza álcool 70% nesses acessos e
recomenda às demais empresas que também o façam, assim como forneçam as
máscaras para os seus.
As
embarcações que tenham passado por países onde estejam noticiadas epidemias,
com casos confirmados e notificados de Covid-2019, países que venham a ser
definidos pela OMS como locais de risco, deverão apresentar o certificado de
livre prática emitido pela Anvisa, além de cumprir um prazo mínimo de 14 dias
do local de partida até a atracação nos Portos do Paraná.
As
embarcações com tripulantes com suspeita do vírus deverão seguir rigorosamente
as recomendações dos Boletins Epidemiológicos publicados pelo Ministério da
Saúde e demais publicações que venham a compor os protocolos de atendimento
estabelecidos pelos órgãos estaduais e federais de saúde e vigilância
sanitária, seguindo suas orientações, bem como os respectivos Planos de Controle
e Contingência vigentes.
No
caso de haver alguma manifestação de sintomas suspeitos e necessidade de
remoção para atendimento médico, o agente responsável, antes de proceder com
qualquer medida, deverá comunicar o fato formalmente a Anvisa para que esta
determine quais os protocolos de atendimento adequados deverão ser adotados.
Quanto
ao asseio das áreas de acesso, a equipe de limpeza segue com os procedimentos
de assepsia com álcool 70%.
Normalidade
O
diretor de operações da administradora do porto, Luiz Teixeira da Silva Júnior,
reforça que, até o momento, a movimentação segue normalmente. “Não vejo, hoje,
diferença nenhuma na operação ou na movimentação dos portos. Continuamos
operando normalmente. Temos aí um grande número de navios programados e esperados
para carregar”, garante.
Novos equipamentos
reforçam a higiene dos trabalhadores
Desde
a última sexta-feira (20) os trabalhadores que entram no Porto de Paranaguá
contam com novos equipamentos para higienizar as mãos. Pias com sabão
antisséptico foram instaladas na entrada da faixa portuária. Já no cais, está
montada uma estação de higienização, com o sabão que é o mesmo usado em
ambientes hospitalares e álcool em gel.
Em
caráter emergencial, a Portos do Paraná contratou cinco estruturas extras de
banheiros químicos – cada um com pia e torneira internas – que foram instalados
ao lado dos quiosques já existentes, com dois banheiros cada ponto, de ponta a
ponta, na faixa primária.
“A
limpeza e higienização serão realizadas todos os dias, pela própria empresa
responsável pelos banheiros. Esta vai permanecer o dia todo prestando
assistência necessária. Além disso, vamos disponibilizar uma estrutura
exclusiva para o uso do público feminino, durante este período”, afirma o chefe
da Guarda Portuária, César Kamakawa, que acompanhou as instalações na noite de
sexta.
Conscientização
A
empresa pública Portos do Paraná comprou 4 mil litros de álcool em gel 70%, o
produto deve chegar na próxima semana. Além disso, foram adquiridas milhares de
máscaras e luvas. A parceria com comunidade portuária e a conscientização dos
colaboradores é essencial para que os materiais sejam usados de forma correta e
responsável.
“Lavar
as mãos é tão eficiente quanto usar álcool em gel. Em todo o país, empresas e
consumidores encontram dificuldade para comprar o produto, que é uma
alternativa, mas não é a única forma de higiene”, lembra o diretor-presidente
da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Parceria
A
comunidade portuária se uniu para garantir a segurança dos trabalhadores. O
Órgão Gestor de Mão de Obra Avulsa do Porto de Paranaguá (OGMO) instalou três
pias móveis no prédio Dom Pedro II, no início da noite de sexta-feira.
“Em
um momento como o que estamos vivendo, diante da ameaça desse novo vírus, a
união é fundamental. Contamos com o envolvimento de cada integrante da
comunidade portuária e com as atitudes individuais. É cada um fazendo a sua
parte, todos pelo bem comum”, destacou Garcia.
As
pias móveis foram disponibilizadas pelo OGMO e pela Frente Intersindical. “É
muito importante estarmos juntos. Prevenção é a palavra. Cada um deve fazer sua
parte e com todos unidos, fica melhor ainda”, afirma o presidente da Frente
Intersindical, João Lozano.
Segundo
Shana Bertol, diretora executiva do OGMO de Paranaguá, o órgão vem
disponibilizando o álcool em gel para ser utilizado na entrada e saída dos
trabalhadores, desde o dia 1º de março. “A falta do produto é notória. Por
isso, fomos na busca das alternativas para garantir essa higienização aos
trabalhadores”, explica.
Saúde
Segundo
o médico do trabalho e responsável pelo atendimento emergencial do OGMO, na
faixa portuária do Porto de Paranaguá, Heriberto Westphalen, tudo está sendo
feito para minimizar os efeitos da crise na saúde pública.
“Todas
as medidas estão sendo tomadas aqui no porto. Lavar as mãos, de maneira
adequada, tem mais efetividade na não transmissão dos vírus. Então, teremos
profissionais disponíveis para auxiliar sobre a maneira correta de lavar as
mãos”, comenta.
Segundo
o médico, os hábitos de higiene e saúde devem permanecer em casa e mesmo depois
do pico da doença. “É um hábito que deve ser levado para toda a vida. Só tem
benefícios”, completa.
Fiscalização
A
equipe de segurança dos Portos do Paraná tem reforçado a orientação aos
trabalhadores para os cuidados necessários. “Os guardas portuários orientam
para o uso de máscaras e higiene das mãos. Outra preocupação é evitar
aglomerações na entrada e saída dos turnos”, conta Romeu Canedo, sub-chefe da
Guarda Portuária.
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