Patrick
Assisi foi alvo da Operação Barão Invisível da Polícia Federal e foi preso após
ser localizado em um apartamento de luxo em Praia Grande (SP).
O
Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou, na última terça-feira (17), a
extradição do italiano Patrick Assisi, condenado a mais de 30 anos de prisão
por tráfico de drogas pela Justiça da Itália. Assisi foi alvo da Operação “Barão
Invisível”, coordenada pela Polícia Federal do Paraná, após investigação
internacional indicar ligação dele com o narcotráfico.
Patrick
foi preso, juntamente com o pai Nicola Assisi, de 60 anos, em julho deste ano.
Eles foram localizados pela Polícia Federal (PF) em Praia Grande, no litoral paulista. Segundo a PF, ambos são cidadãos italianos que integram um braço na
América do Sul do grupo conhecido como Ndrangheta. A Polícia Federal afirma que
o grupo mafioso é de origem da região da Calábria, no sul da Itália, e controla
cerca de 40% dos envios globais de cocaína. A defesa nega as acusações.
Após
a prisão dos familiares, o juiz federal Roberto da Silva Lemos converteu em
preventiva a prisão dos italianos, pai e filho, durante audiência de custódia
no Fórum Federal de Santos, dia 9 de julho. Na terça-feira, por votação
unânime, a Segunda Turma do STF deferiu a extradição de Patrick Assisi. A corte
negou recurso da defesa quanto a decisão anterior.
A
extradição deverá ser efetivada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública,
até que isso aconteça, o italiano continuará preso na penitenciária federal.
Relembre o caso
A
defesa de Nicola e Patrick Assisi tentou levar o caso para a justiça estadual,
pois entendeu que o flagrante de tráfico não configurou crime internacional.
"Pedimos a incompetência do juízo, pois configura tráfico doméstico de
entorpecentes", afirmou o advogado Bruno Galhardo. A droga, segundo ele,
estava em um apartamento vizinho, também de propriedade dos dois.
O
juiz entendeu que o caso deveria permanecer em esfera federal e o advogado,
então, solicitou a liberdade provisória, uma vez que tinha residência fixa. Com
a nova negativa, a Bruno diz que vai recorrer. "Vamos estudar agora o
pedido de revogação da prisão [em instância superior] e até o habeas
corpus", explicou.
O
advogado Bruno Galhardo também afirmou que vai entrar com procuração no STF
para ter acesso aos autos que determinaram as prisões preventivas iniciais e
assim traçar a estratégia da defesa. "Eles negam o tráfico e vão responder
pelas armas encontradas em juízo. Eles também negam envolvimento com a máfia
italiana", disse.
Após
a audiência, Nicola e Patrick retornaram para a carceragem da Superintendência
da Polícia Federal em São Paulo, para onde foram levados após prestarem
depoimentos na Delegacia da PF em Santos na noite de segunda-feira. O
transporte dos dois mobilizou forte esquema de segurança da corporação, mas não
houve incidentes.
Investigação
Segundo
a polícia, Nicola Assisi e Patrick Assisi pertencem ao grupo mafioso
Ndrangheta, da região da Calábria, no sul da Itália. A organização é apontada
como responsável por controlar aproximadamente 40% dos envios globais de
cocaína à Europa, principal mercado consumidor. Eles atuavam em parceria com uma
facção criminosa brasileira.
Pai
e filho estavam em uma cobertura de luxo na orla da Aviação, em Praia Grande.
Policiais do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) cercaram a região pela manhã. No
apartamento, além dos ilícitos, havia um compartimento secreto localizado no
fundo falso de uma parede. O local poderia também ser utilizado como rota de
fuga.
Eles
foram localizados em cobertura de luxo em Praia Grande - Foto: Robyson
Senhoraes/TV Tribuna
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Todo o material foi apreendido e levado junto com os presos a Santos, onde está a delegacia regional da PF. Nicola e Patrick eram alvos de mandados de prisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Representação da Polícia Federal junto à Interpol, em cooperação com a polícia italiana. Também foi feito o flagrante dos ilícitos.
Ainda
de acordo com a polícia italiana, Nicola estava prestes a se aposentar do crime
para aproveitar a vida em algum lugar no Brasil, onde ambos eram procurados
desde 2014. A Interpol também estava atrás deles desde a ocasião. A suspeita é
que pai e filho tenham viajado utilizando documentos falsos pela América Latina
nos últimos anos.
Fonte:
G1 Santos e Região
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