Guardas Portuários, ligados à Codesa, temem demissões
com o processo de privatização dos portos.
Um
grupo de 22 guardas portuários capixabas, servidores da Companhia Docas do
Espírito Santo (Codesa), realizaram uma manifestação na última quarta-feira (4)
e na quinta-feira (5) em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. Munidos de
faixa, eles pediram a atenção do Governo Bolsonaro para a situação da categoria
diante da incerteza de manutenção dos postos de trabalho com a privatização dos
portos.
Como
são funcionários públicos da Codesa, os trabalhadores podem estar na mira do
desemprego, caso a estatal que administra os postos seja extinta. O diretor de
Relações Institucionais do Sindicato da Guarda Portuária do Estado, Laudimar
Luciano, explica que ninguém sabe, ao certo, qual será o futuro da categoria e
dos demais trabalhadores da Companhia e o clima é de incertezas. Segundo ele,
50% dos trabalhadores da Codesa são guardas-portuários, alguns com mais de 12
anos de tempo de trabalho.
O
governo federal anunciou, em agosto deste ano, a ampliação do seu programa de
privatizações e concessões. No total, 17 empresas fazem parte da lista de
desestatizações, que inclui novos projetos e outros que já estavam previstos.
Entre eles estão a Codesa e os Correios, o que deve afetar mais de dois mil
servidores no Espírito Santo. A previsão é concluir o processo até março de
2020.
Greve
No
último dia 28 de novembro, os trabalhadores da área administrativa da Codesa
que são representados pelo Sindicato Unificado da Orla Portuária (Suport-ES)
fizeram uma greve por 12 horas. Além de reivindicar uma definição sobre o
Acordo Coletivo de Trabalho, os servidores também querem uma posição da
diretoria da Companhia sobre o destino dos empregados com a ameaça de
privatização das companhias docas.
O
presidente da entidade, Ernani Pereira Pinto, se articula em Brasília com
dirigentes de 27 sindicatos da área de todo o Brasil, para buscar soluções. Os
trabalhadores já pediram a interferência do presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que as cidades portuárias sejam ouvidas e
participem da discussão. Afinal, os municípios serão os primeiros impactados
com a mudança de gestão dos portos.
Ernani
afirma que a Codesa já trabalha num cronograma de modelagem da desestatização.
A gestão atual da empresa pública está pautada numa agenda de reuniões e
viagens internacionais que visam avaliar outros exemplos no exterior para
definir o que será utilizado no Estado. Além disso, especialistas do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), representantes da
Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA) do Ministério
da Infraestrutura, Ministério da Economia, Consultorias PwC e Modal estiveram
na companhia docas nos últimos meses avaliando o cenário capixaba.
Para
ele, com a discussão do projeto de lei que deve flexibilizar a estabilidade dos
servidores públicos, os riscos de demissão são ainda maiores.
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Em 2022 é só votar no Bolsonaro de novo, ou então no Dória ou em qualquer outro de direita. Agora uma coisa é certa, ele não mentiu quanto as privatizações, está lá no plano de governo dele, mas boa parte dos empregados de estatais se alienaram, preferiram colocar o ódio pela esquerda acima da lógica. O que falta pra muitos guardas portuários e entender que antes de tudo são funcionários de uma Companhia Docas, que é empresa estatal federal, e ter "Consciência de Classe", entender a que grupo pertence e que projeto de governo realmente o contempla.
ResponderExcluirGP DANILO - COMPANHIA DOCAS DO PARÁ