Manobra
inédita ocorreu no Canal entre São Sebastião e Ilhabela e foi coordenada pela
Praticagem.
Uma
manobra inédita aconteceu na última semana, no Canal entre São Sebastião e
Ilhabela. O navio submersível doca Xin Guang Hua, de Hong Kong, com 255 metros,
afundou para depois emergir com outro navio menor em sua plataforma. A ação foi
coordenada pela Praticagem do Estado de São Paulo entre terça (19) e
quarta-feira (20).
A
Marinha do Brasil acompanhou toda a operação, mas previamente já tinha sido
constatado que não haveria nenhum risco ambiental.
A embarcação chegou na terça-feira (19) e logo foi posicionada com precisão em local específico, onde foi submergido parcialmente até uma a profundidade de 27 metros para receber em seu convés-plataforma o navio Chipol TaihuC, de 188 metros de comprimento.
O
Chipol TaihuC estava com os sistemas de propulsão e de geração de energia
avariados, tendo sido rebocado do porto do Rio Grande. As duas embarcações são
da mesma operadora, a Cosco China.
A
empresa resolveu montar esse esquema delicado para garantir que o navio e a
carga, de aproximadamente 40 mil toneladas de toras de madeira, fossem levados
em segurança para a China.
Operação
Toda
a operação foi realizada pela Praticagem do Estado de São Paulo. O prático
Hermes Bastos explica que o serviço começou com um levantamento batimétrico
usando sonda multifeixe.
“(O
procedimento) forneceu dados bastante detalhados das profundidades locais.
Encontramos uma área bem grande, de 34 metros de profundidade, ideal para o que
necessitavam. As condições meteorológicas também estavam favoráveis para a
execução do trabalho”.
Segundo
Hermes, o navio doca entrou na Barra Norte na manhã de terça-feira e foi
fundeado pelos práticos com precisão. “Na quarta-feira, às 4 horas, começou a
operação para submergir parcialmente o Xin Guang Hua, o que só terminou às 8
horas”.
Com
parte do navio submersa e alinhada pelos rebocadores, às 6 da manhã o prático
Flávio Peixoto começou o procedimento para embarcar o Chipol TaihuC, que era
puxado por três rebocadores para dentro do Xin Guang Hua.
“Foram
três horas e meia só para deslocar o navio avariado por cerca de 200 metros,
tudo muito lentamente para evitar um acidente. A outra etapa seria trazer o
navio doca novamente para a profundidade normal, de navegação, após receber a
carga”, disse Bastos.
Ainda
de acordo com Bastos, para emergir o navio Xin Guang Hua, os profissionais
bombearam a água dos tanques de lastro para fora. “Fizeram isso até chegar ao
nível de flutuabilidade necessária, com cerca de 11 metros de calado”.
Por
fim, foram feitas as soldas das estruturas no convés de carga para apoiar o
navio avariado com segurança. “Tudo para garantir estabilidade e sustentar a
embarcação até a viagem à China”, complementou Bastos.
Fonte:
Jornal A Tribuna
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