A
logística do narcotráfico internacional era realizada em Guarujá. Um homem foi preso.
A
Polícia Civil evitou o embarque de 51,8 quilos de cocaína em um navio com
destino à Bélgica e prendeu um homem em flagrante. Outros marginais conseguiram
fugir, mas as investigações prosseguem para identificá-los. A logística do
narcotráfico internacional era realizada em Guarujá, no final da tarde de
quarta-feira (9). Ela revelou um esquema dos criminosos, até então,
desconhecido pelos policiais.
Com
a sua família ameaçada de morte, um caminhoneiro foi obrigado a desviar a rota
do veículo que dirigia e ingressou em uma oficina indicada pela quadrilha de
narcotraficantes. O bando pretendia ocultar a cocaína em uma carga de açúcar
para exportação.
Com
muros e portão altos, a oficina funciona em um galpão na Rua Professor Idalino
Pinez, mais conhecida por Rua do Adubo, no Jardim Boa Esperança, em Vicente de
Carvalho.
Policiais
da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos foram ao local após
denúncia de que ali acontecia uma transação de drogas. Através de uma fresta do
portão, os agentes viram vários homens ao lado de um caminhão com o motor
ligado.
Ao
perceberam que havia policiais na parte externa, os homens fugiram pelos fundos
do galpão, escalando um muro. Um deles subiu no telhado de uma casa vizinha à
oficina, caiu e fraturou uma das pernas.
A
equipe do delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior e do investigador Paulo
Carvalhal apenas conseguiu entrar no galpão após o caminhoneiro abrir o portão
por dentro.
Droga foi localizada em um galpão, na Rua do Adubo, em Guarujá (Foto: Divulgação) |
A iniciativa do motorista possibilitou a prisão do técnico em informática Jean Nabih Raad, de 33 anos, que ainda tentava escapar, apesar da queda do telhado e de ter quebrado a perna. Internado sob escolta policial no Hospital Santo Amaro, este acusado precisará passar por cirurgia.
Ameaças por WhatsApp
De
acordo com o motorista, ele transportava no caminhão 27,5 toneladas de açúcar
com destino a um terminal na Margem Esquerda do Porto de Santos, em Guarujá.
Porém, desviou a rota até a oficina, localizada nas imediações, por exigência
dos traficantes.
A
equipe da DIG considerou verdadeira a versão do motorista, porque ele não tentou
escapar e ainda abriu o portão. Além disso, os investigadores examinaram o
celular do caminhoneiro e verificaram mensagens que lhe foram enviadas pelo
WhatsApp.
Nos
diálogos pelo aplicativo, marginais ameaçam a família do caminhoneiro, caso ele
não se dirija com o veículo ao galpão da Rua do Adubo para ser escondida na carga
transportada o entorpecente.
Com
elevado teor de pureza, a cocaína estava embalada em 47 tijolos. Não fosse
aprendida, a droga seria embarcada junto com as 27,5 toneladas de açúcar no
navio Cap San Lorenzo, que zarpará de Santos com destino ao porto belga de
Antuérpia. O cargueiro está atracado no cais do terminal de Guarujá.
Investigação
O
delegado Lara autuou Jean Raad pelos crimes de tráfico e associação para o
tráfico. Morador no Brás, na região central de São Paulo, o técnico em
informática possui antecedentes por tráfico e porte de arma na Justiça do
Paraná.
Raad
ainda não pôde ser interrogado, porque foi hospitalizado. De modo informal,
apenas negou aos policiais ligação com a cocaína apreendida, mas não soube
explicar o que fazia na oficina e nem por que tentou fugir. Para o delegado, “é
impossível desvencilhá-lo da cena do crime”.
Dois
celulares que estavam com Raad foram apreendidos. Outro aparelho, achado no
contêiner no qual estava a carga de açúcar, deve ter sido perdido por um dos
homens que fugiram. Um quarto aparelho foi encontrado em um quartinho da
oficina.
Perícia
será realizada nos quatro celulares. O objetivo é verificar os arquivos dos
aparelhos para saber se eles contêm informações sobre os demais envolvidos na
operação de tráfico internacional de drogas. Também foram apreendidos um Fiat
Uno, pertencente a Raad, e um Fiat Punto de outro suposto membro do bando.
Fonte:
Jornal A Tribuna - Santos
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