Segundo
informações a única viatura que é usada em patrulhamentos e atendimento de
ocorrências pela Guarda Portuária do Porto de São Francisco do Sul está a uma
semana parada. O problema já vem se arrastando há tempos.
A
Guarda Portuária é responsável por realizar o policiamento ostensivo dos portos
organizados segundo o Plano Nacional de Segurança Publica dos Portos. Nessa
condição ela realiza todo o tipo de fiscalização dentro do porto público, prevenindo
e repelindo crimes como o tráfico internacional de drogas, contrabando e outras
infrações administrativas e inclusive tem o dever de atuar no trânsito interno
do porto.
A
Guarda Portuária é o órgão responsável por fiscalizar se os caminhões estão em
condições de rodagem ao entrar ou sair do porto. Porém, com o descaso dos
governantes e efetivo reduzido, fica cada vez mais difícil exercer a mínima
fiscalização. Quem perde é a sociedade, principalmente o povo francisquense,
que fica exposto aos riscos de acidentes por causa de caminhões em péssimas
condições de circulação.
Os
guardas reclamam que apesar das mudanças na política do Estado, nada muda com
relação a segurança pública dos portos. Entra ano e sai ano. Troca-se de presidentes
e diretores, mas a situação de descaso é sempre a mesma. Fontes dizem que não
faltam documentos que comprovem as comunicações às chefias, e até mesmo
denúncias no Ministério Público já foram feitas por causa das más condições de
trabalho dos guardas.
Mas
nada acontece. "A população muitas vezes não compreende a importância do
nosso trabalho. Pensa que não fazemos nada. Mas a verdade é que estamos de mãos
atadas na mão dos dirigentes que têm outros interesses", desabafa um
agente.
Guardas
que fizeram denúncias de irregularidades estão sendo perseguidos com processos
internos. Segundo nos informaram, o porto nunca teve interesse em abrir
concurso e contratar guardas portuários. Só o fizeram porque foram obrigados
pela justiça. Segundo essas fontes, os administradores não gostam de lidar com
os guardas porque eles têm autonomia legal para agir e fiscalizar inclusive os
políticos e poderosos.
"Para
eles era muito mais cômodo quando eram os vigilantes terceirizados aqui. Porque
se o vigilante fizesse seu trabalho de fiscalizar, era logo demitido",
declara uma fonte. A questão da viatura seria apenas a ponta do iceberg do
descaso e da queda de braços que envolvem a administração do porto e a Guarda
Portuária.
Segundo
informações, essa viatura já foi recebida pela Guarda com alta quilometragem e
baixou várias vezes para oficina. Muitas vezes ela teria ficado sem rodar por
vários dias por falta de combustível. "Pedimos que a população nos ajude.
É para o bem de todos”.
Uma
bobina que caia de um caminhão pode matar um inocente nas ruas da cidade. Não
estamos pedindo nada para nós. Não estamos reivindicando aumento de salário nem
fazendo greve ou baderna. “Queremos trabalhar com dignidade e legalidade"
desabafa um informante. Aguardemos o desfecho dessa história.
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