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terça-feira, 20 de agosto de 2019

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PM PEGO COM 1,3 TONELADA DE COCAÍNA É CONDENADO A 14 ANOS DE PRISÃO EM SP



Mario Márcio da Silva, de 44 anos, foi flagrado durante ação da Polícia Federal em Guarujá, no litoral paulista. Ele também estava com mais de R$ 1 milhão em espécie, fuzil e pistolas.
O policial militar reformado Mario Márcio da Silva, de 44 anos, foi condenado pela Justiça Federal a 14 anos e sete meses de prisão por tráfico internacional de drogas. Ele foi flagrado pela Polícia Federal com 1,3 tonelada de cocaína, armamento e mais de R$ 1 milhão em espécie em Guarujá, no litoral de São Paulo.
Mario foi preso enquanto chegava com um caminhão-baú em uma casa de alto padrão próximo à orla da Enseada, em fevereiro. Parte da droga estava escondida no veículo e o imóvel seria utilizado como um entreposto para o narcotráfico, pois nele foi encontrada uma sala oculta e segura (bunker) em construção para guardar ilícitos.
Em continuidade ao flagrante, as equipes da Polícia Federal de Santos estiveram em outro endereço atribuído ao investigado, também em Guarujá. Nesse local, foram encontrados mais droga, pistolas, fuzil, munição e carregadores. Um caseiro, designado a entregar um pacote com dinheiro a Mario, chegou a ser preso na ocasião.
O juiz substituto da 5ª Vara Federal de Santos, Mateus Castelo Branco Firmino da Silva, determinou que o réu cumpra a pena em regime inicial fechado e que pague ainda o equivalente a 2 mil dias-multa, calculados a partir de um trigésimo do salário mínimo. O policial permanece no presídio militar Romão Gomes, na capital paulista.
"No que tange à autoria, compreendo que esta se encontra plenamente comprovada pelos depoimentos das testemunhas, pela Carteira Nacional de Habilitação apreendida na segunda diligência, juntamente com 21 celulares que armazenavam vídeos que registraram o manuseio de tabletes em meio à carga de contêineres", escreveu o juiz.
Ao longo do processo, Mario Márcio da Silva exerceu o direito de permanecer calado. Ao G1, o advogado dele, Bruno Fernando Rodrigues de Melo, afirmou que ainda analisa a sentença e não vai comentar o caso. Anteriormente, a defesa havia alegado a inocência do réu ao garantir que ele era motorista do caminhão e que não sabia da carga.
Flagrante

A prisão de Mario Márcio ocorreu após denúncia à PF sobre grande quantidade de cocaína destinada à exportação que seria entregue em uma casa em Guarujá, onde localiza-se uma das margens do Porto de Santos. O flagrante aconteceu depois que ele foi abordado em frente ao imóvel, localizado na rua Professor Noé de Azevedo.
Para os federais, a residência era usada por narcotraficantes para guardar droga antes dela ser embarcada em um navio no cais. A localização de sinalizadores marítimos, sacos estanque, boias e balões reforçaram as suspeitas. A cocaína apreendida no veículo e no imóvel somou 968,69 kg. No local ainda havia R$ 1.020.650,00 em espécie.
No mesmo dia, os policiais foram a outra casa atribuída ao então suspeito, na rua Florença, bairro Jardim Virgínia. Ali estavam mais 375 kg de cocaína, cinco pistolas, um fuzil, munição e carregadores. Vinte e um celulares localizados nos endereços também foram apreendidos: neles existiam vídeos mostrando a cocaína sendo escondida em contêineres.
O caseiro da primeira residência chegou a ser preso em flagrante, teve a prisão convertida em temporária (válida por 30 dias), mas não foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) no processo. Ele foi solto e, em depoimento, disse que foi orientado pelo patrão a entregar um pacote a Mario. No embrulho havia R$ 80 mil, segundo a PF.
Mario Márcio da Silva foi policial militar durante uma década no Mato Grosso do Sul, onde alcançou a patente de sargento. Em 2013, conforme informações públicas disponíveis no site oficial daquele estado, ele entrou para a reserva - o motivo não foi divulgado. Antes de conseguir transferência para o Romão Gomes, ele ficou preso em São Vicente (SP).


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