Mulher
de procurado pela Interpol posta no 'stories' do Instagram onde estavam — Foto:
Reprodução
|
Ronald Roland era foragido da Operação Flak, da PF em Tocantins, que investiga uma quadrilha que usava aeronaves e um submarino no tráfico internacional de cocaína.
A
Polícia Federal prendeu na tarde de terça-feira (9), em São Paulo, Ronald
Roland, procurado pela Interpol e apontado como responsável por lavar dinheiro
de uma organização que fazia tráfico de drogas. Ele era foragido da Operação Flak, da PF em Tocantins, que investiga uma quadrilha que usava aeronaves e um
submarino no tráfico internacional de cocaína.
Ronald
Roland (Foto: Reprodução JN/TV GLOBO)
|
Roland foi localizado após sua mulher colocar no Instagram o local onde almoçavam, o restaurante Uru Mar y Parrilla, na Zona Leste de São Paulo. Ele foi levado para a carceragem da Polícia Federal, na Lapa, Zona Oeste. Ele está com hematomas no rosto porque se recupera de uma cirurgia plástica.
Em
março, a Justiça Federal do Tocantins ordenou a inclusão dos nomes de 11
foragidos da Operação Flak, da Polícia Federal, na lista da Interpol. A medida
foi determinada pelo juiz Pedro Felipe de Oliveira após os suspeitos não serem
localizados pela PF. Roland era um dos nomes.
O
advogado de Ronald Roland, Rafael Moura, disse que vai entrar com habeas corpus
nos próximos dias para pedir a liberdade de seu cliente.
Roland
também foi citado nas operações Dona Bárbara (SP) e Veraneio (MT). Em todas era
citado como responsável pela aquisição e preparação das aeronaves para o
transporte de cocaína, além de lavar o dinheiro.
A
relação de Roland com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e os
cartéis mexicanos de Sinaloa e Los Zetas é mencionada no relatório final da
Operação Dona Bárbara.
Flak
A
Polícia Federal acredita que a quadrilha atua há pelo menos 20 anos. Os
primeiros indícios de atividade são de novembro de 1999. Naquele ano, João
Soares Rocha, apontado como chefe do grupo, fechou uma parceria com Leonardo
Dias de Mendonça para administrar a Fazenda Paranaíba, no Pará.
Três
anos depois, a propriedade rural foi sequestrada pela Justiça. A acusação era
de que Mendonça, então considerado um dos maiores traficantes do país,
utilizava pistas de pouso clandestinas na região para o transporte das drogas.
Uma das pistas seria na fazenda. O caso foi durante a operação Diamante, também
da PF.
A
mulher de João Soares Rocha conseguiu reaver a fazenda na Justiça em 2006 e o
imóvel é utilizado pela família até hoje. Na época ela alegou ser a real
proprietária da terra e desconhecer as atividades ilícitas.
Para
a PF, a negociação entre Rocha e Mendonça em 1999 é um indício de que o grupo
desarticulado nesta quinta já atuava no narcotráfico desde então.
A organização
As
investigações da Polícia Federal apontam que o grupo agia dividido em quatro
núcleos. O primeiro era comandado por João Soares Rocha e tinha a função de
gerenciar as operações de transporte e de distribuição de cocaína. Eles eram
responsáveis pela comunicação com produtores e varejistas do tráfico,
organização do transporte aéreo, recrutamento de pilotos e mecânicos para
tarefas operacionais, definição das estratégias de fuga, seleção das pistas de
pouso e pontos de apoio, além de outras funções gerenciais.
O
segundo núcleo era composto de pilotos e ajudantes que prestam serviços
regulares ao núcleo empresarial. Eles eram responsáveis pela condução das
aeronaves adulteradas com drogas e dinheiro, além da elaboração de planos de
voos irregulares, mapeando rotas para escapar do controle aeronáutico.
Mecânicos
que adulteravam a estrutura dos aviões para prolongar a autonomia do voo
integravam o terceiro núcleo. Eles também faziam manutenção das aeronaves e
adulteravam os prefixos.
Os
produtores ou compradores de cocaína, que contratam os serviços do núcleo
logístico para o transporte e a distribuição da droga, são apontados pela PF
como quarto núcleo.
Fonte:
G1
Esta publicação é de inteira responsabilidade do autor e do veículo que a divulgou. A nossa missão é manter informado àqueles que nos acompanham, de todos os fatos, que de alguma forma, estejam relacionados com a Guarda Portuária e a Segurança Portuária em todo o seu contexto. A matéria veiculada apresenta cunho jornalístico e informativo, inexistindo qualquer crítica política ou juízo de valor.
* Direitos Autorais: Os artigos e notícias, originais deste Portal, tem a reprodução autorizada pelo autor, desde que, seja mencionada a fonte e um link seja posto para o mesmo. O mínimo que se espera é o respeito com quem se dedica para obter a informação, a fim de poder retransmitir aos outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários publicados não representam a opinião do Portal Segurança Portuária Em Foco. A responsabilidade é do autor da mensagem. Não serão aceitos comentários anônimos. Caso não tenha conta no Google, entre como anônimo mas se identique no final do seu comentário e insira o seu e-mail.