Grupo
possuía patrimônio milionário, fruto de atividades criminosas
A
Polícia Federal deflagrou na última terça-feira (02) a “Operação Jóias do
Oceano”, visando à descapitalização de um grupo de traficantes que vinha
atuando em ações de exportação de drogas para a Europa e outros países, através
dos portos de Itajaí e Navegantes, em Santa Catarina.
A
deflagração é um desdobramento da Operação Oceano Branco e é resultante da
continuidade das apurações por parte do MPF, da PF e da Receita Federal (RF),
quando cerca de 35 integrantes da organização criminosa foram presos no final de 2017. Na época foram identificadas remessas de mais de oito toneladas de
cocaína para países como Bélgica, Holanda, Itália, Espanha, Turquia e México.
Em
continuidade às apurações, identificou-se que os principais investigados
possuíam patrimônios milionários em seus nomes e nos de terceiros (parentes,
empresas e outros ‘laranjas’), passando então as ações policiais a se
concentrar na licitude da aquisição dos bens e nos mecanismos usados para a lavagem
do dinheiro do tráfico.
Porshe apreendido durante a operação (Foto: Divulgação da PF) |
Como
fruto dessas novas investigações, por determinação do Juízo da 1ª Vara Federal
Criminal de Itajaí, foram sequestrados, apreendidos e bloqueados 25 imóveis, 23
automóveis e caminhões e 5 embarcações, além de maquinário pesado utilizado na
logística retroportuária, cujos indícios revelaram ter sido adquirido com o
dinheiro ilegal do tráfico de drogas.
Um dos apartamentos foi nesse prédio de alto padrão (Foto: Reprodução NSCTV) |
Vários
imóveis são de alto luxo, incluindo apartamentos nos condomínios mais renomados
de Balneário Camboriú, Joinville e São Francisco do Sul, casa de campo e salas
comerciais. Já entre os carros estão modelos de Porsche, Ferrari, Lamborghini e
outros. Os bens somam mais de R$ 75 milhões.
Além
disso, 140 policiais cumpriram 32 mandados de busca e apreensão nas cidades de
Balneário Camboriú, Barra Velha, São Francisco do Sul, Joinville e Araquari
para maior aprofundamento das investigações. Em Joinville duas pessoas foram
presas por porte ilegal de arma de fogo, sendo que uma das armas tinha
silenciador.
Uma das armas apreendidas tinha um silenciador (Foto: divulgação da PF) |
Um
dos principais líderes do grupo foi preso em cumprimento a um mandado de prisão
preventiva. Ele estava em liberdade condicional desde dezembro de 2017 e foi
preso em um apartamento em Balneário Camboriú, no Litoral Norte catarinense.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a prisão teve como objetivo cessar
atos de "branqueamento de capitais atualmente em curso". O nome dele
não foi divulgado.
Por
suas condutas, os investigados responderão, ainda, pelo crime previsto na Lei
9.613/98 (lei de lavagem de dinheiro), que prevê pena de 3 a 10 anos de prisão,
com aumento de um a dois terços por se tratar de reiteração criminosa.
Segundo
a PF, os bens vão ser leiloados e o valor fica em uma conta até que tenha o
julgamento dos suspeitos. Se forem condenados pela Justiça, o dinheiro vai para
a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad).
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