A
Autoridade Portuária do Paraná assumiu o papel de promover reuniões com
entidades de segurança e empresas da comunidade portuária
Em
abril, o número de “vazadas” (ação em que os criminosos derramam a carga dos
caminhões para furto) caiu 76% em Paranaguá e os assaltos aos caminhoneiros
diminuíram 54%, na comparação com o mês de março. A queda é resultado de uma
ação conjunta das forças de segurança que atuam na cidade, em parceria com os portos
do Paraná e empresas portuárias.
O
grupo, que reúne Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Ambiental, Marinha do
Brasil, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Polícia Rodoviária Federal e
Guarda Portuária, começou a trabalhar de forma mais integrada em abril. Desde
então, foram registrados cinco assaltos a motoristas de caminhão e cinco
ocorrências de vazadas. “Os números falam por si e mostram que a união de
esforços dá resultado”, destaca o comandante do 9º Batalhão da PM,
tenente-coronel Marcos Rodrigues. Em março, foram 11 assaltos e 21 vazadas.
Segundo
a Polícia Civil, 12 pessoas foram presas no mês passado e cerca de 10 toneladas
de produtos apreendidas. “Estas pessoas já figuram como réus em ação penal e
serão processadas, responsabilizadas por crimes de organização criminosa,
receptação qualificada e furto”, disse o delegado Nilson Santos Diniz.
De
acordo com as investigações, as vazadas envolvem pessoas que já foram
identificadas pela polícia, especializadas em abrir a carroceria dos caminhões.
Os crimes envolvem ainda adolescentes para varrer e ensacar os grãos despejados
nas vias (conhecidos como carretos), que fazem o transporte da carga até os
receptadores.
Integração
A
Autoridade Portuária do Paraná assumiu o papel de promover reuniões com
entidades de segurança e empresas da comunidade portuária. O primeiro encontro
do grupo foi no final de fevereiro, com o início das ações em abril. “O porto
funciona como catalisador. As instituições se integram naturalmente, tanto nas
operações, quanto nas áreas de inteligência”, destaca o delegado da Polícia
Rodoviária Federal (PRF) Valdecir Schuster.
“A
administração portuária trabalha para se integrar às demais autoridades de
segurança. O objetivo desta força de segurança não é discutir quem são os
responsáveis em cada caso, mas partilhar as responsabilidades.”, destaca o chefe
da Guarda Portuária, major César Kamakawa.
A
participação das empresas portuárias também é essencial. “É preciso que as
empresas contribuam com informação, inteligência, foco no trabalho preventivo e
ações internas de segurança”, salienta Edilson Nunes, representante dos
operadores portuários que atuam no Corredor de Exportação e diretor do Conselho
Comunitário de Segurança (Conseg).
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