Neste
mês foi realizada uma capacitação dos guardas e dado início ao processo de aluguel
de drones para fiscalização e monitoramento
Os
Portos do Paraná investem constantemente para fortalecer a segurança na região
do Porto de Paranaguá. Além da atuação conjunta com Polícia Militar, Polícias
Rodoviárias Federal e Estadual e Guarda Municipal, na segurança de caminhões e
veículos na entrada da cidade, a Guarda Portuária atua para coibir ações criminosas
dentro do cais público.
Para
ampliar a atuação, a administração dos portos investe em treinamento e
tecnologia. “Realizamos uma capacitação dos guardas neste mês e demos início ao
processo de aluguel de drones para fiscalização e monitoramento”, diz o
responsável pela Gport, major Cesar Kamakawa.
Segundo
ele, o Plano de Segurança do Porto de Paranaguá também passa por uma revisão e
deve ser modernizado. A intenção é ampliar o controle na entrada e saída das
áreas alfandegadas.
Estrutura
Os
Portos do Paraná foram os primeiros terminais públicos do Brasil a receberem a
certificação definitiva do Código Internacional para Segurança de Navios e
Instalações Portuárias (ISPS Code, na sigla em inglês).
Nos
três portões de acesso de veículos (carros e caminhões com mercadorias), além
das 12 balanças e sistemas de câmeras, existe um sistema de reconhecimento e
leitura de placa, cancelas por radiofrequência e circuito fechado de TV. O
acesso do motorista é exclusivamente biométrico, ou seja, pelo reconhecimento
das digitais. Todos os veículos devem ser cadastrados e levar uma etiqueta com
código de barra, para passar pelo gate (portão).
Quem
acessa o cais a pé, como é o caso dos trabalhadores e tripulantes, tem as
bagagens e bolsas vistoriadas pelos escâneres. Eles ainda passam por catracas
de identificação, leitores de biometria e torniquete bidirecional.
A
Administração conta também com um escâner de cargas, no cais comercial, para
inspeção das cargas que desembarcam no Terminal de Contêineres de Paranaguá
(TCP) e entram na área pública do Porto. O equipamento consegue detectar
qualquer tipo de substância, como produtos químicos, armas ou drogas.
As
imagens são enviadas diretamente para o sistema da Receita Federal, que cruza,
em tempo real, com os dados descritos na nota fiscal. Assim, o processo de
fiscalização fica mais rápido e preciso.
Apreensões
O
controle rigoroso no trânsito de pessoas, veículos e cargas nos Portos do
Paraná tem ajudado no trabalho da Receita Federal no combate ao tráfico de
drogas e outras práticas criminosas. Neste ano, as apreensões de drogas
cresceram quase 20%, segundo dados da Alfândega da Receita Federal do Brasil do
Porto de Paranaguá.
Nos
primeiros três meses deste ano, foram apreendidos 5.843 quilos de cocaína no
Terminal de Contêineres. No ano passado, no mesmo período, foram 4.895 quilos.
“Estas
apreensões são resultados de alertas da segurança dos terminais, uso de imagens
de escâner dos contêineres, além das pesquisas feitas pela nossa equipe quanto
à carga, transporte, movimentação e destino final, informações próprias de
inteligência e informações de outros portos nacionais e internacionais”,
explica o auditor-fiscal Gerson Zanetti Faucz.
Segundo
ele, a Receita Federal utiliza amplamente a análise e gerenciamento de riscos,
usando sistemas informatizados de dados para identificar importadores e
exportadores.
“Assim,
conseguimos liberar rapidamente as cargas daqueles que agem corretamente, e
vistoriando e retendo as mercadorias daqueles que tentar burlar a legislação”,
diz.
Contêineres
No
Terminal de Contêineres de Paranaguá, todo o trabalho de investigação é
conduzido pelos servidores da Receita Federal e Polícia Federal, que possuem
acesso aos sistemas de segurança do TCP e podem monitorar em tempo real a
movimentação de pessoas e cargas dentro do terminal, pelos sistemas
informatizados.
Cabe
ao TCP manter o funcionamento adequado de toda a estrutura disponibilizada para
o trabalho de investigação dos órgãos competentes. Isso é feito através de 250
câmeras de vigilância de alta resolução e visão noturna em todo o perímetro,
ruas e armazéns do terminal, bem como dois aparelhos de escâner de última
geração e equipe de avaliação de riscos em regime 24 por 7.
Sobre
as atividades de escaneamento, a empresa ressalta que disponibiliza para a
Receita Federal e Polícia Federal um equipamento adicional à quantidade mínima
prevista nas regras de alfandegamento.
“Para
reforçar a segurança no terminal e garantir um alinhamento com a prática
adotada na grande maioria das alfândegas dos demais portos brasileiros, além do
escaneamento de 100% dos contêineres vazios e de exportação, o TCP faz o
escaneamento de 100% dos contêineres de importação, auxiliando também na
identificação e combate ao crime de contrabando e descaminho”, afirma a empresa,
por meio da assessoria de imprensa.
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