Grupo
tentou enviar nove toneladas de cocaína à Europa entre 2015 e 2017
Vinte
e seis integrantes de uma quadrilha foram condenados por participar de um
esquema de tráfico internacional de drogas em portos brasileiros,
principalmente o Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Na decisão proferida
pela 9ª Vara Criminal Federal de São Paulo, as penas aplicadas somam quase 400
anos.
De
acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR), os condenados faziam parte
de uma organização criminosa com mais de 150 integrantes. A “Operação Brabo”,
deflagrada em setembro de 2017, levou à apreensão de aproximadamente nove
toneladas de cocaína que seriam enviadas a terminais europeus de 2015 até
aquele ano.
As
investigações identificaram a participação direta de líderes do Primeiro
Comando da Capital (PCC), facção criminosa que deu suporte logístico e financeiro
às atividades do grupo.
As
drogas eram adquiridas em países vizinhos, como Bolívia e Colômbia, para
distribuição na Europa por meio de portos na Itália, na Rússia, na Bélgica, na
Espanha e na Inglaterra. Integrantes da máfia sérvia também estão entre os
réus. Pelo menos dois deles faziam parte da cúpula da organização criminosa e
participavam das decisões, da compra das drogas e de seu direcionamento.
Segundo
as investigações, as ações do grupo seguiam uma extensa divisão de tarefas para
viabilizar a movimentação das cargas desde o fornecimento até a recepção na
Europa. Boa parte dos envolvidos dedicava-se à logística de embarque da droga,
executando tarefas como a cooptação de tripulantes dos navios e a inserção dos
carregamentos em contêineres previamente selecionados.
Funcionários
dos terminais Deicmar e Santos-Brasil, no Porto de Santos, também foram
identificados em atividades vinculadas à organização criminosa, assim como um
agente de segurança portuário.
Todos
os réus condenados já estão presos e não poderão recorrer em liberdade. Embora
a sentença acolha a maioria dos pedidos do Ministério Público Federal (MPF), a
Procuradoria recorrerá para que a ordem judicial contemple outras requisições,
entre elas a condenação de seis pessoas absolvidas.
Além
desta ação, outras três relativas a ” Operação Brabo” tramitam na Justiça. O
desmembramento dos casos foi determinado ainda em 2017 devido ao grande número
de acusados e às diferentes situações processuais em que se encontravam.
O
nome da operação remete a um dos destinos da droga, o porto de Antuérpia
(Bélgica). Brabo seria um soldado romano que teria libertado os habitantes da
região do rio Escalda, onde se localiza Antuérpia, do jugo de um gigante e
jogado sua mão no rio. A lenda deu origem ao nome da cidade.
Fonte:
G1 Santos
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