Investigação
da Polícia Federal identificou um operador de empilhadeira e dois mecânicos
como os responsáveis pela tentativa de enviar carga de cocaína à Europa pelo
Porto de Santos
Um
operador de empilhadeira e dois mecânicos foram condenados a sete anos e seis
meses de prisão pela Justiça Federal em Santos, no litoral de São Paulo, por
participarem de um esquema criminoso que visava enviar 319 kg de cocaína à
Europa. Eles foram identificados após investigação da Polícia Federal, mas dois
ainda permanecem foragidos.
A
droga foi localizada por equipes da Receita Federal em maio de 2018 durante
fiscalização rotineira em um terminal na margem direita do Porto de Santos,
após alerta de imagens de escâneres. Os tabletes de cocaína estavam escondidos
em meio a uma carga de açúcar, que tinha como destino o porto de Antuérpia, na
Bélgica.
Na
ocasião da apreensão ninguém foi preso, mas a investigação da Polícia Federal
nos meses seguintes identificou que houve a abertura ilícita do contêiner, que
transportava a carga declarada, em um Recinto Especial para Despacho Aduaneiro
de Exportação (Redex), localizado na região da Alemoa. A empresa colaborou com
as autoridades.
Os
policiais identificaram o operador de empilhadeira José Ivo Silva de Lima e os
mecânicos Bruno Soares de Carvalho e Rosemberg do Nascimento como os
responsáveis pela ação criminosa. Eles tentaram driblar o sistema de segurança
da firma bloqueando câmeras de monitoramento e até mesmo apagando as luzes do
armazém de cargas.
Ainda
segundo a Polícia Federal, a inserção da droga no contêiner de açúcar ocorreu
ao menos quatro dias antes da apreensão no cais e durou cerca de seis horas sem
que ninguém na empresa desconfiasse, já que a ação ocorreu à noite, quando o
expediente é reduzido. O trio, inclusive, não estava escalado para trabalhar
naquela ocasião.
Com
base nas provas, a Justiça Federal determinou a prisão preventiva dos três
envolvidos em agosto do mesmo ano, mas somente José Ivo foi localizado. O
operador de empilhadeira foi preso durante uma operação da Polícia Militar em
Cubatão (SP) em outubro seguinte e, desde então, permanece detido na
penitenciária em São Vicente (SP).
Apesar
dos outros dois comparsas permanecerem foragidos, o processo seguiu e o juiz
substituto da 5ª Vara Federal de Santos, Mateus Castelo Branco Firmino da
Silva, condenou os três este mês. O cálculo da pena levou em consideração a
grande quantidade da droga, mas também a falta de provas deles integrarem uma
organização criminosa.
Os
advogados Alex Roberto da Silva e Andrea de Campos Gonçalves, que defendem José
Ivo, afirmam que o cliente alega inocência desde o início do processo. Em nota
conjunta, os defensores alegam que não há provas que relacionem diretamente o
cliente ao crime e afirmam que vão apresentar recurso para tentar inocentar o
operador no caso.
A
advogada Luciene Santos Jaquim, que defende os mecânicos Bruno e de Rosemberg,
afirmou que os clientes são trabalhadores, estão cientes da sentença, mas não
pretendem se apresentar à Justiça Federal. Ela considerou alta a pena, levando
em consideração que não houve flagrante, e informou que vai pedir habeas corpus
de ambos.
Fonte:
G1 Santos
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