10 brasileiros, três franceses e três belgas,
sendo oito mulheres e oito homens, todos menores de 30 anos
Na
última quarta-feira (27), foram apreendidos 306 kg de cocaína, distribuídos na
bagagem de 16 passageiros do navio Costa Favolosa, que fazia sua última escala
no Porto de Santos da temporada brasileira de cruzeiros e iniciava a viagem de
travessia do Oceano Atlântico.
A
droga foi localizada já á bordo pelos agentes de segurança do navio por meio de
escâneres, depois que os passageiros envolvidos já tinham despachado as malas e
passado pela segurança do terminal. Em cada bagagem havia entre 16 e 17
tabletes de cocaína no estado mais puro da droga.
Foto: G1 Santos |
A
Polícia Federal foi notificada e após a identificação dos proprietários das
malas, 10 brasileiros, três franceses e três belgas, sendo oito mulheres e oito
homens, todos menores de 30 anos, eles foram localizados pelos funcionários, por
agentes federais, e por guardas portuários, sendo então desembarcados e
conduzidos à delegacia da Polícia Federal, localizada dentro do próprio terminal
de passageiros.
Depois
de ouvidos pelas autoridades, os passageiros foram encaminhados ao Centro de
Detenção Provisória da região para aguardar audiência de custódia na Justiça
Federal. Segundo a Polícia Federal, o destino da droga era a Europa, uma vez
que o navio tem escalas finais previstas na Espanha e na Itália.
Mulas
A
suspeita inicial é que traficantes tenham utilizado os passageiros como
"mulas", uma vez que cada preso também estava com quantia igual ou
superior a U$ 1 mil. O valor seria uma espécie de adiantamento pelo
"trabalho" de transporte do entorpecente.
O
inquérito aberto pela Polícia Federal visa identificar se os passageiros
presos, que também não tinham passagem criminal, foram usados por traficantes
ou se juntos integram uma organização criminosa. Entre eles, havia casais e
pessoas que aparentemente se relacionavam, mas ainda não se pode afirmar que
todos realmente se conheciam.
CESPORTOS
A
Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos (Cesportos), que além da
Polícia Federal, que coordena a comissão, conta com representantes das
autoridades marítima, alfandegária e portuária notificou a empresa Concais,
responsável pela administração do terminal de passageiros Giusfredo Santini, para
além de apresentar o Relatório de Ocorrência de Incidente de Proteção (ROIP),
explicar o porquê de escâneres da instalação não detectarem os 306 kg de
cocaína em bagagens despachadas.
Receita Federal
A
Alfândega da Receita Federal do Porto de Santos informou que a operação e manutenção
dos escâneres são de responsabilidade do terminal, no entanto, não informou se
algum servidor acompanhava a fiscalização das bagagens.
Guarda Portuária
A
Guarda Portuária as operações envolvendo a ação dos cães farejadores do seu
canil só ocorre através de solicitação da Polícia Federal ou da autoridade
alfandegária, e que durante a escala do navio com os passageiros presos em
Santos não utilizou os cães de faro da corporação, que poderiam ter detectado a
presença do entorpecente.
Foto: G1 Santos |
Investigação
As
investigações da Polícia Federal visam agora descobrir quais as reais
circunstâncias do embarque da droga, também quer entender a participação e o
envolvimento de cada preso com o narcotráfico internacional. Entre os
investigados estão 10 brasileiros, três franceses e três belgas. Entre eles,
havia casais e pessoas que aparentemente se relacionavam, mas ainda não se pode
afirmar que todos realmente se conheciam.
Como
os passageiros presos não tinham passagem criminal, a Polícia Federal que
descobrir se foram usados por
traficantes ou se juntos integram uma organização criminosa. Até o momento não
há informações sobre eventual envolvimento de tripulantes do navio ou de
funcionários da instalação na tentativa de ação de tráfico internacional.
Prisão Preventiva
Na
sexta-feira (29), em audiência de custódia, juiz substituto Décio Gabriel
Giminez, da 6ª Vara Federal de Santos, converteu em preventiva (por tempo
indeterminado) a prisão dos 16 passageiros. Ele não acatou o pedido de liberdade provisória
solicitado pelas defesas por considerar que as provas do crime eram claras,
Seguem
presos as oito mulheres e os oito homens, sendo dez brasileiros e seis
estrangeiros.
Brasileiros:
Catrynne
Bida Izidoro
Paula
Nicole Brizola dos Santos
Eduarda
dos Santos de Souza
Odara
Niagara Cardoso
Luma
Cunha Lopes
Amanda
Pimentel Garcia
Priscila
Ariadne Marinho de lima
Cassiano
Murillo Gonçalves do Livramento
Mateus
Volf de Castro
Allyson
Sales de Castro
Estrangeiros:
Amira
Mama Halima Benramdane (francesa)
Mohamed
Amine Jeddy (francês)
Michel
Sebastien Pulisciano (francês)
Morad
El Arrass (belga)
Adan
Abdedrkim Dehmani (belga)
Giuliano
Luigi Cuculo (belga)
Alegação da defesa
A
advogada Karina Rodrigues de Andrade, das sete brasileiras, todas de
Curitiba(PR), alegou que elas foram vítimas de um golpe e que não sabiam que
estavam transportando drogas. “Elas aceitaram uma oferta para trabalhar na
Europa por três meses e, ao chegar em Santos, receberam malas para levar à
viagem”, disse a advogada.
Após
a audiência, a francesa foi encaminhada a um hospital da região para exames,
pois alegou à justiça que tinha problemas de saúde. Os demais foram
encaminhados respectivamente para as alas feminina e masculina para a penitenciária
de São Vicente, onde devem permanecer presos durante as próximas etapas do
processo.
O
defensor público federal Cristiano dos Santos de Messias disse que em um
primeiro momento vai representar os estrangeiros e que prestará assistência
necessária. "Nós vamos informar os [respectivos] consulados para informar
as condições pessoais deles e assim tomar alguma medida cabível", declarou
à imprensa na porta do fórum.
Não é a primeira vez
Entre
2003 e 2005, a Receita Federal registrou três ocorrências semelhantes, que
resultaram na apreensão de 100 kg de cocaína em cada e na prisão de argentinos.
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