Novo
diretor de Operações da Codesp pretende ampliar ações da Guarda Portuária,
reduzir tempo de espera de navios e implantar VTMIS
Sob
novo comando, a Diretoria de Operações da Companhia Docas do Estado de São
Paulo (Codesp) já traçou seus objetivos: ampliar as ações de inteligência e
contrainteligência da Guarda Portuária, reduzir o tempo de fila dos navios,
concluir o projeto do Sistema de Gerenciamento e Informação do Tráfego de
Embarcações (VTMIS) e implantar de um calado dinâmico no Porto.
Agora
responsável pelo setor, Marcelo Ribeiro de Souza assumiu, na última
segunda-feira (25), o posto então ocupado por Carlos Henrique de Oliveira Poço,
que foi exonerado. Aos 51 anos, ele foi eleito por unanimidade pelo Conselho de
Administração (Consad) da autorida de portuária.
Em
seus primeiros dias no cargo, Ribeiro, que é oficial superior da Marinha do
Brasil (capitão de mar-e-guerra da reserva) e já esteve à frente da Capitania
dos Portos de São Paulo (CPSP), informou de que forma pretende direcionar seus
esforços.
A
equipe atuará em duas frentes. Uma voltada aos acessos terrestres e aquaviários
e às movimentações nos berços públicos. Já a outra no comando da Guarda
Portuária, que deve zelar pela segurança da operação das atividades.
“Nossas
prioridades de gestão estão focadas na eficiência, redução de custos e concessões
de serviços”, diz Ribeiro.
VTMIS
O
diretor diz que a autoridade portuária tem que “retomar o controle do tráfego
marítimo com a conclusão do projeto VTMIS”, o que, segundo ele, trará aumento
da produtividade.
Em
fevereiro, o diretor-presidente da Codesp, Casemiro Tércio Carvalho, informou à
A Tribuna que uma das metas da nova diretoria é implantar o sistema. A
implantação estava prevista para fim do ano passado, mas o contrato com o
consórcio Indra VTMIS Santos foi encerrado.
Desde
2014, foram gastos R$ 12,4 milhões no projeto. Foram adquiridos os radares e
concluída a instalação da antena e do radar na Ilha Barnabé, na Margem
Esquerda, na Área Continental de Santos. Porém, ainda está prevista a implantação
de três outras torres.
Ribeiro
diz que as próximas etapas são concluir a construção das torres com a
instalação de antenas e o comissionamento dos radares. O diretor ressalta que
esses ativos serão aportados na concessão do canal de navegação.
Segundo
ele, a concessionária é que escolherá o software, “com as qualificações mínimas
exigidas”, a ser utilizado.
Demais projetos
Ribeiro
prevê a implantação do calado dinâmico a partir do uso de tecnologia,
permitindo o melhor aproveitamento das janelas de operação dos navios e o
aumento do número de embarcações no Porto.
A
redução do tempo de fila dos navios na entrada do canal de navegação está na
pauta, bem como a ampliação das ações de inteligência da Guarda Portuária, que
passou a ser vinculada à Diretoria de Operações por delegação da presidência da
estatal.
“Vamos
atuar sem ferir as competências. Entrar, de fato, na questão de inteligência e
contra inteligência a fim de mitigar, entre outras coisas, a possibilidade de
ilícitos ocorrerem no porto”, destacou o diretor de Operações da autoridade
portuária.
Fonte:
Jornal A Tribuna
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