O entorpecente estava escondido em meio a uma carga de
sacaria de amendoim que iria ser exportada para o Porto de Rotterdam, na Holanda
Na
quinta-feira (04,) a Alfândega da Receita Federal de Paranaguá apreendeu 223 kg
de cocaína no terminal de contêineres do Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná.
Segundo
o delegado da Receita Federal, Gerson Zanetti Faucz, a droga foi localizada
após uma análise diária de risco de possíveis cargas contaminadas, onde é
levada em consideração o exportador, destino da carga e o tipo do contêiner.
“Ontem,
pelo sistema, os fiscais desconfiaram de um contêiner que estava sem o lacre de
origem. Ao passarem no scanner, perceberam que tinha um volume diferente e
decidiram fazer a conferência física. Ao abrir localizaram a droga, que estava
embalada com papel filme e dentro de bolsas”, explicou,
O
método utilizado para despachar a droga para o exterior é conhecido como
"rip-on/rip-off", quando a cocaína é colocada clandestinamente dentro
do contêiner, sem o conhecimento do agente marítimo e do proprietário da carga.
O entorpecente estava escondido em meio a uma carga de sacaria de amendoim que
iria ser exportada para o Porto de Rotterdam, na Holanda.
Todo
caminhão que chega ao porto passa por um scanner para verificar o que há na
carga, e no terminal de contêineres há 400 câmeras de monitoramento. A Receita
Federal tem acesso a todos os sistemas informatizados, controle da entrada de
veículos, pessoas e mercadorias de todos os recintos.
“Temos
um scanner de alta resolução, que com alta penetração e com o contraste
consegue ver a mercadoria que está dentro do contêiner, além de mantermos uma parceria
com o terminal de contêineres que vem surtindo bastante efeito. As informações
que eles nos trazem são muito importantes", afirma Faucz. Ainda segundo
ele, dependendo do tipo de operação da Receita Federal em Paranaguá, são
solicitados cães farejadores de Curitiba e de Itajaí.
Segundo
o delegado, até o momento nenhum envolvido foi preso, mas as investigações
foram iniciadas para punir os responsáveis por crime de tráfico internacional
de drogas. "Todos os detalhes que temos da movimentação do próprio
contêiner passamos para a Polícia Federal para que seja dado prosseguimento à
investigação", explica Faucz.
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