Policial que atua na área diz que o método de lavagem de
dinheiro e ocultação de patrimônio usado pelos traficantes é o mesmo que o de
políticos corruptos
O
sérvio Miroslav Jevtic, de 28 anos, conhecido como Felipe, atuava como braço
direito de B. K., o Judô. Morador do Campo Belo, bairro de classe
média alta em São Paulo, Felipe também foi preso na Operação Brabo.
Mas
Felipe já estava na mira dos policiais civis que investigavam o crime
organizado.
Tudo
indicava alguma conexão entre o sérvio com outro grande fornecedor de cocaína
do crime organizado: Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, preso pela Polícia Federal em julho do ano passado. Após sua prisão, os policiais perderam
o rastro de Felipe.
Cabeça
Branca apareceu na lista de procurados da Interpol e chegou a ser o procurado
número um da Polícia Federal brasileira. Para passar despercebido, ele fez
diversas plásticas e mudou diversas vezes a aparência ao longo dos últimos 30
anos.
Na
prisão do "Embaixador", como era ele conhecido, a polícia também
encontrou e apreendeu mais de dois milhões de dólares e uma tonelada e meia de
cocaína. Parte dela teria como destino a Itália.
Um
policial que atua na área e não quer ser identificado explica que é normal as
quadrilhas terem grandes fornecedores em comum ou até mesmo usar o mesmo
esquema de lavagem de dinheiro.
Devido
ao grande volume financeiro que movimentam, o crime organizado optou pelo uso
de doleiros para receber o pagamento pelas drogas no exterior e, quando
necessário, sacar o dinheiro em reais ou dólares no Brasil.
O
método é o mesmo usado para lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio de
políticos corruptos e grandes sonegadores. Um doleiro inclusive foi preso na
Operação Brabo, acusado de lavar dinheiro diariamente para Judô, o sérvio da
Baixada.
Em
junho deste ano, a polícia prendeu o doleiro Carlos Alexandre de Souza Rocha na
Operação Efeito Dominó. Rocha é delator da Lava Jato e trabalhava com o doleiro
Alberto Youssef.
A
prisão do doleiro foi desdobramento da prisão de Cabeça Branca. Os policiais
federais descobriram que ele era o responsável pela movimentação de grandes
quantias de dinheiro do traficante no exterior e no país.
A
polícia identificou um dos métodos que o doleiro usava para providenciar notas
de reais para o traficante: a entrega de um carro com chave e tudo carregado
com mochilas no porta-malas contendo R$ 500 mil em espécie.
O
carro foi entregue para um auxiliar de Cabeça Branca em um shopping de alto
padrão na região oeste de São Paulo
A
presença rotineira dos doleiros na lavagem e ocultação do dinheiro do PCC
também foi detectada pelo Denarc que recentemente apreendeu a contabilidade da
facção na Baixada Santista.
Nas
planilhas, a polícia encontrou dados deste ano e do ano passado, com valores
mensais sendo repassados aos doleiros. Há informações detalhadas: gastos com
carro, combustível e malas para levar o dinheiro até o doleiro.
No
documento, ainda consta que foram enviados cerca de R$ 40 milhões para o
doleiro entre junho e dezembro do ano passado. O dinheiro seria proveniente da
receita da venda de drogas em “biqueiras” no litoral sul e São Paulo.
Outro lado
Em
nota, a defesa do piloto Rogério Antunes afirmou que tanto no caso conhecido
como “helicoca”, quanto no caso da aeronave apreendida em Arujá, o piloto
aceitou as propostas de voo em virtude da profissão. Além disso, ambas chamadas
foram em caráter de urgência e que Antunes “desconhecia qualquer indício de
ilicitude”.
Por
fim, a nota diz que “tanto em um caso como noutro, não surgiu e não surgirá,
nenhuma prova de que Rogério tivesse qualquer relacionamento antecedente com as
pessoas efetivamente envolvidas no ilícito”.
Esta publicação é de inteira responsabilidade do autor e do veículo que a divulgou. A nossa missão é manter informado àqueles que nos acompanham, de todos os fatos, que de alguma forma, estejam relacionados com a Guarda Portuária e a Segurança Portuária em todo o seu contexto. A matéria veiculada apresenta cunho jornalístico e informativo, inexistindo qualquer crítica política ou juízo de valor.
* Direitos Autorais: Os artigos e notícias, originais deste Portal, tem a reprodução autorizada pelo autor, desde que, seja mencionada a fonte e um link seja posto para o mesmo. O mínimo que se espera é o respeito com quem se dedica para obter a informação, a fim de poder retransmitir aos outros.
COMENTÁRIOS
Os comentários publicados não representam a opinião do Portal Segurança Portuária Em Foco. A responsabilidade é do autor da mensagem. Não serão aceitos comentários anônimos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários publicados não representam a opinião do Portal Segurança Portuária Em Foco. A responsabilidade é do autor da mensagem. Não serão aceitos comentários anônimos. Caso não tenha conta no Google, entre como anônimo mas se identique no final do seu comentário e insira o seu e-mail.