O alerta às autoridades federais sobre o ilícito ocorreu
pela Guarda Portuária, 30 horas após o ocorrido
O
embarque ilegal aconteceu às 2h de terça-feira (7) e foi registrado por uma
câmera de monitoramento do Centro de Controle de Operações e Monitoramento
(CCCOM) da Guarda Portuária, à qual a equipe da Alfândega teve acesso. Nas
imagens, uma pequena embarcação rápida de alumínio navega pelo Canal do
Estuário e se aproxima da lateral do navio para amarrar bolsas com cocaína a
cordas lançadas.
Segundo
estimativa da Receita Federal, entre oito e dez homens foram responsáveis por
içar 32 malas de 40 kg cada, aproximadamente, com tabletes de cocaína até o Navio
Grande Nigéria, atracado no cais do Saboó, no Porto de Santos. Um vídeo divulgado
pelo site G1/Santos mostra o momento em que narcotraficantes agem no cais para
tentar enviar a droga à Europa.
Segundo
a delegada da Polícia Federal Luciana Fuschini, em matéria divulgada no mesmo
site, dois barcos de pequeno porte e de rápida velocidade foram utilizados na
ação pelos criminosos. Um deles foi usado para transportar as bolsas com
cocaína, e o outro para fazer a escolta do carregamento. A bordo, trabalhadores
portuários ou tripulantes foram os responsáveis por içar as malas.
"Eu
estimo que de oito a dez homens puxaram as 32 malas com cocaína. Cada uma pesa
quase 40 kg, então, eles estavam bem preparados para isso. Toda a ação de
transporte e embarque durou cerca de uma hora", declarou o chefe da
Divisão de Vigilância e Controle Aduaneiro (Divig) da Alfândega do Porto de
Santos, Oswaldo Souza Dias Junior, ao G1.
O
alerta às autoridades federais sobre o ilícito ocorreu pela Guarda Portuária,
30 horas após o ocorrido, no início da tarde de quarta-feira (8). Somente
depois do aviso, equipes da Polícia Federal da Receita Federal e da Guarda
Portuária foram a bordo do Navio Grande Nigéria e localizaram as bolsas
escondidas em dois contêineres, ao final de cinco horas de procura.
A
demora da Guarda Portuária em notificar o fato impediu que os policiais
realizassem o eventual flagrante e prendessem a organização responsável pelo
esquema criminoso. A delegada que preside o caso afirmou que abriu um inquérito
para identificar os responsáveis pelo embarque e tentativa de envio ao Porto de
Antuérpia, na Bélgica, de 1.207,66 kg de cocaína.
A
Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) não quis comentar o motivo do
intervalo de quase dois dias para a Guarda comunicar às autoridades sobre as
atividades ilícitas no cais. O Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) do Porto de
Santos se recusou a informar ao G1 quantos trabalhadores foram escalados para a
operação no navio naquele turno da madrugada.
Suspeito de envolvimento é
ouvido e liberado pela PF
Um
homem, de 37 anos, foi levado por policiais militares das Rondas Ostensivas
Tobias de Aguiar (Rota) à Polícia Federal, por suspeita de envolvimento. O
celular dele foi apreendido. Um outro elemento que estava no carro na hora da abordagem fugiu.
A
delegada federal Luciana Fuschini, responsável pelas investigações do caso,
informou que o suspeito foi alvo de uma denúncia anônima feita pelo telefone
190 da Polícia Militar. Morador da cidade, o homem, que não teve a identidade
informada, já tem passagem por tráfico de drogas, inclusive internacional.
"Ouvimos
ele, que afirmou ter passagem por esse tipo de crime, mas como nada de ilícito
foi encontrado, esse suspeito foi liberado. Entretanto, o celular dele foi
apreendido, já que no aparelho há informações que podem ser úteis nas
investigações sobre o caso da invasão", informou a delegada ao site G1/Santos.
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