Após o ocorrido, o nível de segurança do cais santista foi
elevado pela Polícia Federal
Sete
estivadores, entre eles o presidente da entidade que representa a categoria,
Rodinei Oliveira da Silva, foram presos em flagrante pela Polícia Federal após
invadirem um terminal e um navio durante protesto no Porto de Santos, no
litoral de São Paulo, nesta quarta-feira (1º). Após o ocorrido, o nível de
segurança do cais foi elevado.
A
categoria está em greve desde às 7h, após alegar que as negociações com o
Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) para o
reajuste salarial deste ano foram frustradas. A entidade patronal, entretanto,
nega a alegação e afirma que pediu à Justiça para que fossem retomadas as
operações no Porto de Santos.
O
Sindicato dos Estivadores (Sindestiva) informou oficialmente que 2.500
trabalhadores cruzaram os braços. A paralisação foi planejada para ocorrer
durante seis horas no cais público, onde os trabalhadores avulsos são
requisitados, e de 72 horas para os terminais de contêineres localizados nas
duas margens do cais.
Durante
protesto pela manhã, entretanto, estivadores ocuparam o navio 'Mercosul Suape',
atracado na Libra Terminais, na Margem Direita. Os portuários afirmaram que a
empresa estava utilizando trabalhadores estrangeiros para realizar as operações
na embarcação e manifestaram a bordo. A legislação brasileira veta esse tipo de
atividade.
Policiais
federais foram acionados e, a bordo do navio, detiveram o grupo, composto por
diretores sindicais, entre eles o líder da categoria, e trabalhadores avulsos.
Ao serem encaminhados à Delegacia da PF, no Centro de Santos, foram indiciados
pela delegada plantonista pelo Artigo 202 do Código Penal, que é passível de
fiança.
Trata-se
da invasão ou ocupação de estabelecimento com o objetivo de impedir o curso dos
trabalhos. No entendimento dos federais, portanto, os estivadores cometeram
crime ao invadir o terminal e o navio. A pena para esse crime é de um a três
anos de prisão, além de multa. O valor da fiança não havia sido definido até o
fim da tarde.
Diante
da situação e possível chance de outras invasões, a Comissão Estadual de
Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Cesportos), também
coordenada pela Polícia Federal, elevou para o nível 2 a segurança no Porto de
Santos. Isso permite que órgãos de segurança estaduais, como a Polícia Militar,
possam entrar no cais.
Por
meio de nota, o Sopesp informou que estava ciente da possibilidade da greve,
uma vez que foi informado oficialmente pelo Sindestiva após decisão da
categoria, e negou qualquer utilização de mão de obra estrangeira nos navios.
As empresas ainda "proporão no Tribunal Regional do Trabalho o dissídio,
objetivando a retomada imediata das operações".
Fonte:
G1 Santos/SP
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