O novo titular da Delegacia da Polícia Federal em Santos,
Gilberto de Castro Júnior, apesar de atuar na função desde o mês passado, tomou
posse no dia 6 de junho
Intensificar
as ações de repressão ao tráfico internacional de drogas no Porto de Santos e
comandar investigações de escândalos de corrupção na região estão entre as
prioridades do novo delegado-chefe da Polícia Federal (PF) em Santos, Gilberto
Antônio de Castro Júnior. Apesar de atuar na função desde o mês passado, tomou
posse no dia 6 de junho, em cerimônia no Teatro Coliseu, em Santos.
O
novo delegado de Santos tem 43 anos e iniciou a carreira em Mato Grosso do Sul
(MS), em 2003.
Desde
então, atuou na Superintendência Regional da PF no Paraná, no Aeroporto
Internacional de Guarulhos e também em São Sebastião, no Litoral Norte.
Castro
Júnior substitui o delegado Júlio César Baida Filho, que foi chefe da PF por
cinco anos. Agora, o antecessor atua como coordenador-geral de Repressão a
Drogas e Facções Criminosas da corporação, em Brasília.
"A
PF atua no combate a um rol de crimes muito extenso, além das atividades
administrativas. Combater o tráfico internacional de drogas é um dos
principais. Apenas neste ano, foram 6 toneladas apreendidas de cocaína. Todas
as atividades são feitas em conjunto com a Receita Federal e demais órgãos.
Essa integração já existia e será mantida”, destacou o novo delegado-chefe.
Segundo
ele, entre suas metas, está a desmistificação de que combater os embarques de
drogas pelo cais santista é uma atividade que privilegia outros países.
“Acontece que o lucro desse tráfico internacional é recebido pelas organizações
criminosas nacionais que estão aqui e elas acabam contribuindo para inúmeros
outros crimes de natureza violenta”.
Para
o superintendente da PF em São Paulo, Disney Rosseti, atuar na repressão ao
tráfico de drogas e na segurança do Porto é o maior desafio de Castro Júnior à
frente da delegacia de Santos. Além disso, outra questão importante a ser
observada é a manutenção do nível de eficiência obtido pela corporação nos
últimos anos.
“Nós
sabemos que o Porto é complexo, assim como toda a atividade portuária. E a
segurança é um item fundamental para essa atividade. Não somente no transporte
da cargas mas também em relação a crimes que possam ocorrer ou não no Porto de
Santos”, destacou Rosseti.
Além
do combate ao tráfico, Castro Júnior destaca a forte atuação da delegacia da PF
em Santos nas investigações de crimes de corrupção. Ultimamente, muitos desses
casos envolvem escândalos no Porto, como suspeitas de favorecimentos a empresas
portuárias.
“(Atuamos
como) apoio, dependendo muito do alvo, da implicação nacional. Muitas vezes
você inicia uma operação, como ocorreu na Prato Feito (que apurou fraudes em
licitações de merenda escolar, uniformes, material didático e outros serviços
na área de educação) em determinado município, mas percebe que o grupo
criminoso estendeu seus tentáculos a diversos outros municípios. Nesse momento,
nós demos apenas o apoio”, destacou Castro Júnior.
Batismo de fogo
O
primeiro grande desafio do delegado-chefe em Santos foi a solução do conflito
com caminhoneiros, que bloquearam, por 10 dias, os acessos ao Porto, durante a
greve nacional da categoria iniciada no último dia 21 de maio. Para Rosseti,
esse foi o “batismo de fogo” de Castro Júnior.
“Passamos
por situações extraordinárias nos últimos dias. Acredito que tenhamos passado
com louvor porque resolvemos (o conflito) de forma pacífica. Lógico que é
sempre desejável que se solucionem todas as questões com a maior rapidez, mas
foi a rapidez possível diante de um quadro nacional”, destacou o novo delegado.
Para
Baida, que disse ter ficado feliz com a indicação de Castro Júnior ao cargo, a
solução deste primeiro conflito foi um reflexo do bom trabalho já desempenhado
pelo delegado em outras funções. Ao deixar o cargo, ele agradeceu a sua equipe
e pediu empenho do novo delegado ao projeto de uma nova sede da PF na Cidade.
“Foram
cinco anos de muito aprendizado em todas as áreas de polícia judiciária e
administrativa. É o maior porto da América Latina, nas áreas de segurança
portuária, tráfico de drogas, além de todas as atividades que se entendem por
24 municípios, da Baixada Santista, ao litoral Sul e Vale do Ribeira”, disse.
Fonte:
Jornal A Tribuna
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