A Guarda Portuária, representante da Autoridade Portuária
do porto, foi a primeira a comparecer ao Terminal da Multrio em apoio as ações
da Receita Federal na busca e apreensão da droga
Na
semana passada a Receita Federal (RF)do Porto do Rio de Janeiro apreendeu cerca
de 1.300 kg de cocaína. A operação contou com o apoio da Guarda Portuária,
Polícia Federal e Polícia Civil.
Na
noite da última quarta-feira (28), por volta das às 21h30m, os fiscais da Receita Federal suspeitaram da
procedência da carga do contêiner de prefixo TCLU2094075, armazenado no
terminal da Multirio, contendo material de construção, proveniente de uma exportadora
de médio porte da cidade de Santos. Ao
passar pelo scanner, foi detectada a suspeita de material ilícito no seu
interior, sendo então deixado de lado.
No
dia seguinte, às 9h57m, chegou ao mesmo terminal, proveniente da cidade de São
Paulo, o contêiner de prefixo MSCU5657761 com outra carga de material de
construção, proveniente de outra empresa exportadora de médio porte. Passado
também por um scanner, novamente acusou a suspeita de estar carregado com
material ilícito, sendo também separado para uma fiscalização mais apurada.
No
dia seguinte os agentes da Receita Federal utilizaram o trabalho dos cães
farejadores para confirmar as suspeitas. Após os animais detectarem a presença
de droga, os dois contêineres foram abertos. No seu interior foram encontradas
48 malas, contendo tabletes de cocaína envolvidos em orégano para tentar
encobrir o cheiro da droga. A parte externa dos invólucros plásticos exibia a
logomarca da rede de fast food Mac Donald, artifício geralmente usado pelas
quadrilhas para identificar o responsável pela droga.
Outro
contêiner com as mesmas características dos outros dois, que havia chegado ao
porto na quinta-feira também foi aberto, no entanto, como não havia drogas em
seu interior os agentes suspeitam que a droga pudesse vir a ser colocada dentro
do próprio terminal portuário.
Destino
Os
fiscais da Receita federal apuraram que os dois contêineres apreendidos com a
droga seriam embarcados no navio MSC Arica, com destino
ao Porto de Tema, em Gana, na África. No entanto, como o navio tinha como
destino o Porto de Antuérpia, na Bélgica, e somente após transbordo, partiriam
para o país africano, os agentes acreditam que a droga seria retirada nesse
porto.
Guarda Portuária
A
Guarda Portuária, representante da Autoridade Portuária do porto foi a primeira
a comparecer ao Terminal da Multrio em apoio às ações da Receita Federal na
busca e apreensão da droga. Duas viaturas e oitos homens se deslocaram de
imediato ao local assim que foram acionados, a fim de auxiliar nas buscas e
garantir a segurança dos agentes da RF.
Polícia Federal
O
delegado Carlos Eduardo Thomé, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes
(DRE) da Polícia Federal do Rio, acredita que, com o aumento da fiscalização no
Porto de Santos, que concentra a maior parte das ações de quadrilhas no país, o
Rio de Janeiro, tenha entrado na rota do tráfico internacional de drogas.
A
PF não estimou o valor dos 1.300kg de cocaína pura, mas fontes na polícia
indicam que, na Europa, eles poderiam ser vendidos por até R$ 250 milhões. No
Brasil, porém, a mesma carga estaria avaliada em cerca de R$ 50 milhões.
Polícia Civil
Segundo
o delegado Fabrício Oliveira, a Polícia Civil foi acionada porque mantém troca
de informações e dados de inteligência com a Polícia Federal, Receita Federal e
com a Polícia Rodoviária Federal. O braço da Polícia Civil na ação contou com
agentes da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e
da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
As
investigações, contudo, ficam a cargo da DRE-PF, que instaurou um inquérito
referente ao caso. Posteriormente, como informou o delegado Carlos Eduardo
Thomé, será solicitada à Justiça a autorização para a incineração da carga de
cocaína.
Intervenção no Rio
Segundo
o porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), coronel Roberto Itamar, a
fiscalização portuária não é uma das prioridades da intervenção na segurança do
Rio. No entanto, ele acredita que a integração dos setores de inteligência vai
aumentar o controle. A intervenção está mais voltada para a recuperação das
polícias e para a melhoria da segurança pública, disse o coronel.
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As autoridades federais não reconhecem e nem dão o valor merecido a Guarda Portuária do Pais. Seria justo os agentes da Guarda Portuária serem ligados a segurança publica, se tornando, então, Policia Portuária. Isso levando em consideração a grande relevância do serviço que prestam a sociedade em geral.
ResponderExcluirExcelente matéria! As fotografia ficaram show!!! Mostraram em loco os agentes e sua atividade. Parabéns!!!
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